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A IMPORTÂNCIA DO RÁDIO!

MACIEL GONZAGA DE LUNA* (Foto) EX-INTEGRANTE DA "VOZ DA CIDADE"- DE POMBAL
Aproveitando a temática do Blog, decidi escrever algumas linhas, sobre a importância do rádio. Aliás, um tema muito bem abordado por outros “bloguistas”. Mas, nunca é demais falar sobre a importância do rádio na comunicação. Veiculo tradicional de comunicação de massas, o rádio tem seu público cativo, que não é pequeno. Como jornalista, homem de televisão e amante e praticante da Ciência do Direito, continuo acreditando na força do rádio como instrumento social de comunicação. Aliás, gosto sempre de caracterizá-lo como de massa, entendido sob dois aspectos: o quantitativo e o qualitativo. Uso aqui o quantitativo na relação com "massa" para chamar a atenção para o fato de que hoje são quase 4 mil emissoras de rádio espalhadas por todo o território nacional, segundo o Ministério das Comunicações, atendendo aos locais mais distantes, muitos dos quais desprovidos do sinal de televisão. O qualitativo é utilizado para destacar o fato de que as "massas", em uma acepção popular, têm no rádio um meio de amplo uso, já que ele atinge de forma mais direta as populações de baixa renda e a juventude. O Brasil tem um dos mais altos índices de analfabetismo do mundo – 22,8 milhões de brasileiros, o que corresponde a 13,8% da população com mais de 15 anos de idade. Pelos dados do IBGE, além dos analfabetos propriamente ditos (ou absolutos), que não sabem ler nem escrever, existem 30,5% de analfabetos funcionais, aqueles com menos de quatro anos de escolaridade. O rádio, é bom que se diga, é o único meio de comunicação de massa que efetivamente não exige alfabetização do receptor. Recente pesquisa publicada na Revista Meio & Mensagem, atesta que 87% das pessoas assistem televisão e 68% ouvem rádio. É a velha constatação de que o rádio é o segundo veículo de massa, embora não venha recebendo por parte das agências e anunciantes maiores investimentos de mídia, sobretudo atualmente com as mudanças na economia brasileira e com a estabilização da moeda provocando fortes reduções nas verbas de publicidade. Os planejadores de mídia são levados a dar mais ênfase a prioridades que beneficiam a televisão que, pelos seus elevados custos exaure vigorosamente as verbas, deixando o rádio mais secundário do que na verdade ele é. No entanto, o rádio é um veículo de massa da maior importância para a cobertura das necessidades de comunicação de qualquer produto. É o veiculo que, com custos absolutamente inferiores aos da televisão, tem assegurada penetração em todas as localidades do Estado, tornando-se indispensável ao processo de interiorização das mensagens. O universo de ouvintes de rádio é abrangente nas diversas camadas da sociedade, por sexo, classe social, faixa etária e suas diversas atividades. É o único veículo que tem a faculdade de ser percebido em todo lugar, nos carros, nas ruas, nos bares, com as pessoas andando ou trabalhando, conversando ou brincando, enfim, descompromissadas de qualquer postura para ouvi-lo. De um modo geral a importância do rádio, como mídia, é indispensável tanto para campanhas institucionais como para o varejo e, para determinados produtos como bebidas e refrigerantes, por exemplo, os resultados podem atingir até 100%. Entretanto, é preciso destacar que o rádio chega aonde a TV não vai, é prático e portátil e está em 98% das casas, enquanto a TV em apenas 75%. E mais, o horário nobre do rádio dura 13 horas, enquanto o da TV, apenas três. Tudo isso numa constatação que agrada quem paga a conta. Sim, porque uma produção no rádio custa 95% menos que a da TV. Foi a partir do rádio que construí toda a minha vida profissional, quer como jornalista, homem de televisão e, depois, nas Ciências Jurídicas. Comecei na “Voz da Cidade”, sob o comando de Clemildo Brunet, ao lado de inesquecíveis nomes como Zéilton Trajano, Eurivo Donato, Genival Severo, Massilon Gonzaga (meu irmão e hoje professor universitário de rádio), Gago de Chicó, Pássaro Preto, Dia, e tantos outros. Me transferi no final da década de 60 para a cidade de Campina Grande e lá chegando, em menos de 60 dias, estava trabalhando na Rádio Caturité, onde fiquei 12 anos. Depois, passei pela Rádio Borborema, Correio FM, Campina FM. No final da década de 80 me transferi para Natal/RN e, aqui, onde moro até hoje, fiz carreira na Televisão (TV Ponta Negra e TV Potengi, onde trabalhei por 16 anos), chegando ao último posto (Diretor de Jornalismo). Depois, passei por jornais, assessorias político-administrativa, marketing político, relações públicas, etc. Quando ingressei na Faculdade de Direito não tive nenhum problema de enfrentar o embate jurídico, por um único motivo: vinha do rádio, conhecia os caminhos da palavra e da oratória. Hoje, agradeço tudo na minha vida ao RÁDIO POMBALENSE, onde aprendi mais do que ser profissional, ser homem e saber trilhar os caminhos tortuosos da vida, com responsabilidade, dignidade, ética e moral. O filho de Dona Rosa e Zé Preto, criado tomando banho nas águas do rio Piancó e jogando bola no campo do São Cristóvão, pode hoje dizer ao povo da MINHA TERRA que, Pombal, através da semente plantada por Clemildo Brunet, formou um digno profissional. E para as gerações de hoje e de amanhã, deixo um lembrete: é do interior, dos grotões - como se fala nas capitais – que sempre saíram e continuam saindo as melhores estrelas do rádio. Pombal foi e continua sendo um grande celeiro de radialistas. *JORNALISTA, ADVOGADO, APRESENTADOR DE TV E PROFESSOR. Natal/RN, 25/07/2007
A IMPORTÂNCIA DO RÁDIO! A IMPORTÂNCIA DO RÁDIO! Reviewed by Unknown on 8/14/2007 10:20:00 PM Rating: 5

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