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"FOI NUMA LEVA QUE A CABOCLA MARINGÁ"

CONTADA POR JOSÉ ALVES Professor Clemildo, permita-me tratá-lo assim, porque desde os idos de 1980, quando de forma acanhada cheguei ao Lord Amplificador para começar a minha vida radiofônica. Naquela época, ser apresentador para mim era um sonho quase impossível de ser alcançado, mas me espelhando em profissionais como você CONSEGUIU. Na época se fazia tudo, produzir, dirigir e apresentar era tarefa unificada, assim sendo foi ao ar o programa Clube dos Artistas, apresentado por mim e pela inesquecível Valdecira Barbosa (Decira). O Lord Amplificador realmente foi uma grande faculdade de comunicação para muitos, logo aprendi um pouco e procurei novos desafios, chegando assim na nossa querida e eterna Rádio Maringá de Pombal – A Caboclinha do Sertão. Nos idos de 1980, foi ao ar o meu primeiro programa de rádio, independente, em horário nobre todos os domingos de 8 as 10 “CULTURA VIVA”, para que esse programa fosse levado ao ar contei com o apoio indispensável dos amigos Mariano e Tereza, franqueadores do BOTICÁRIO. Lembro-me bem do produto que lançamos na época, STYLETO, talvez a grafia não seja essa, mas a pronuncia ficou guardada em minha memória, pois sem este apoio não poderíamos manter o programa. Nesta época conheci uma figura que de cara me convenceu a abrir espaço em meu programa, falo do grande companheiro, que começou sua vida radiofônica naquela época o meu amigo Bertrand Chaves, que mostrou no, “CULTURA VIVA” todo o seu potencial e que hoje muito me honra em saber que venceu e continua no rádio. Daí pra frente minha historia se misturou a histórias de muitos outros colegas. Na Maringá assumi em épocas diferentes várias posições: controlista, locutor, redator e diretor de programação. Amigo Clemildo a saudade é grande! Nossas festinhas eram momentos únicos, onde na sala da redação encontrávamos todos, a exemplo da festinha do dia do radialista que comemoramos em 21 de setembro de 1985 (ver foto), onde estávamos: eu, Clemildo Brunet e esposa, Cara-de-Pinha e esposa (que saudade), Olivan Lucena e esposa, meus padrinhos de casamento Cesário de Almeida e esposa, minha amiga, confidente, e conselheira Fátima Jó, Vital Cavalcante o homem das meninas, nosso querido diretor, que nem mesmo parecia diretor, era mais uma amigo, o professor Renan, dona Maria (que saudade dos seus cafezinhos), e tantos outros. Cada um teve sua história que juntando forma uma grande bíblia da radiofonia pombalense. Clemildo falar na Maringá e não falar no “CANTINHO DA SAUDADE” é impossível, foram várias noites que trabalhei como controlista, e noite adentra, ficava a trocar as fitas K7, intercalando sua apresentação com musicas e comerciais, para logo às 10 horas da noite ouvir o encerramento da emissora, que mesmo rodando todas as noites, emocionava sempre como se fosse a primeira vez, ou mesmo a última. O BG retratava o nosso amor pelo que fazíamos “Foi numa leva que a cabocla Maringá ficou sendo a retirante...” Neste momento o amigo Moacir que ficava solitário em nossos transmissores botava a mão na chave geral e muitas vezes o cansaço lhe estimulava e chave era desligada mesmo antes de terminar a vinheta de encerramento. (Amigo Moacir, você se eternizou na minha história). Quem não se lembra das nossas transmissões de futebol, onde nosso Moacir assumia mais uma profissão, agora passando de operador de transmissor para técnico, com seu apoio, as emoções do esporte pombalense atravessa fronteiras nas vozes de Zé Alves, não eu e sim o outro Zé Alves que hoje é bancário, e ainda na voz de Carlão dos Correios. Como tudo não são flores, em determinada noite, estávamos no riacho do bode na casa de seu Chico, já era madrugada, depois da realização de um grande comício de campanha eleitoral, chegou a noticia que a radio estava em chamas. Que dia! Até parecia que estávamos perdendo tudo. O sentimento naquele momento era de impotência, mas nossa equipe era unida e forte, nem mesmo o fogo conseguiu apagar nossos sonhos, a Maringá fechou por pouco tempo, e das cinzas ressurgiu com mais força e agora está ai em duas freqüências. Nos idos de 90, passei a integrar uma nova família, Bonsucesso. Lá tive oportunidades de conviver com grandes nomes, com quem aprendi muito, dentre eles destaco: Gregório Dantas (in memória) que tinha uma marca registrada, mesmo com seu jeito moleque de ser ele colocava muito bem suas posições sobre os temas em discussão a época. O grande Horácio Bandeira (paraibeabá), ele mesmo, o repórter policial mais temido pelos bandidos, ele apresentava os fatos reais em tempo real e onde o fato acontecesse, (parabéns Horácio, você já é terno na nossa história). Serginho (que saudade bate agora meu coração), Sergio Lucena o nosso inesquecível PEZÃO, meninão, mas cumpridor das suas tarefas, você sempre será um ícone da voz pombalense. Hi! Acho que já falei demais, Clemildo se fosse possível passaríamos dias e dias falando das nossas histórias, mas vou parar, deixo aqui o meu agradecimento especial a você por tão brilhante idéia. Espero rever todos os amigos dos velhos tempos, sei que o coração poderá até nem suportar, mas se nesta noite de 14 de novembro o mundo acabar, certamente estaremos lá, para começarmos tudo outra vez. Abraço. *EX- INTEGRANTE DA RADIOFONIA POMBALENSE.
"FOI NUMA LEVA QUE A CABOCLA MARINGÁ" <strong>"FOI NUMA LEVA QUE A CABOCLA MARINGÁ"</strong> Reviewed by Unknown on 10/19/2007 10:59:00 PM Rating: 5

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