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EX-INTEGRANTE DO LORD AMPLIFICADOR EM BUSCA DE NOVOS RUMOS!

CONTADO POR GENIVAL TORRES DANTAS (Foto) APRESENTAÇÃO Meu caro Clemildo, bom dia... Acabei de fazer revisão de um livro que vou liberar para a editora ainda nesse mês de outubro, nesse momento lembrei-me do seu pedido para que eu fizesse meu “ curriculum vitae” . Inicialmente vou fazer uma retrospectiva da minha vida particular e enviarei um resumo da história do Sergio Kante, pseudônimo que mais tenho usado como poeta e contista, pois tenho outros pseudônimos que os uso eventualmente. Sou nascido no dia 07 de março de 1953, vim ao mundo pelas mãos da parteira Marôla , um sábado, portanto, dia de feira em Pombal, na rua Estreita, talvez por isso sinto-me bem melhor nesse dia. Sou filho de Francisco Cândido Dantas e Maria Cristina Torres Dantas, eles tiveram 14 filhos e sobreviveram 07, sendo: Genildo, já falecido e residia em Campina Grande, eu sou o segundo e hoje resido em Navegantes-SC, depois vem a Genilza, Genilma e Genilmar, residentes em Recife-PE juntamente com a minha mãe. O Genilvam é residente em Maceió-AL e o Genilson reside em Ribeirão Preto-SP. Todos nós começamos nossos estudos em Pombal, eu fiz o jardim da infância e o primário no Grupo Escolar João da Mata e na escolinha da Dona Anita, ficava na Igreja do Rosário, depois fui fazer o admissão no Colégio Diocesano de Pombal e finalmente fui estudar no Colégio Estadual. Na seqüência fui para o Recife, continuei meus estudos e trabalhava como propagandista de laboratório, ainda menor. Ingressei na UFPE estudando Letras, depois vim a SP onde fiz Administração com especialização em Administração hospitalar no São Camilo. Em SP trabalhei em duas multinacionais por muito tempo, sendo executivo em ambas, sendo responsável pela operacionalidade de uma delas em todo interior de SP, sul de Minas e MT. Na outra fui dirigir o Centro-Oeste. Larguei tudo em função de uma doença chamada Síndrome do Pânico e me estabeleci na cidade de Barretos quando comprei um laboratório farmacêutico, fiquei por lá 16 anos. Hoje estou em Navegantes, tenho uma empresa e escrevo para jornais e sou redator da Revista dos Municípios, órgão da ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE ASSISTÊNCIA AOS MUNICÍPIOS, onde exerço a função de Diretor Executivo. Sou Espírita Kardecista, casado( 30 anos ) com a Dra. Maria Luiza do Amparo Lima Dantas, Bioquímica em atividade, tenho dois filhos advogados, o Dr. Genival Torres Dantas(28 anos) é Defensor Público no Estado de SP, exercendo suas atividades em Ribeirão Preto e a Isabel Cristina Lima Dantas(25 anos) está estagiando no MP de Barretos-SP, segue no próximo ano para Ribeirão-Preto. Quanto a história da literatura em minha vida vide anexo sobre o assunto, ele foi bem detalhado pela escritora Maria Helena Brant: A vida trouxe este Paraibano de Pombal até Navegantes, Santa Catarina, depois de passar por vários Estados, não como retirante, mas como um andarilho na eterna e sôfrega procura de novos rumos, inspiração e algo que o aproximasse da perfeição. Filho de um comerciante paraibano e de uma valente mulher que sempre transmitiu aos filhos as mais nobres virtudes, principalmente a arte de viver com dignidade. Seu pai, apesar de semi-analfabeto, era um homem inteligente, cativante e, acima de tudo, muito humano e de uma grande visão futurista, admirador da arte dos repentistas nordestinos e da cultura de cordel. Sergio Kante herdou do pai o gosto pela arte regional transformando-a em versos poéticos que falam de temas ligados ao seu povo, lembranças da infância e as histórias ouvidas nas mesas de bares, onde predominam os desencontros e desabafos dos amores mal resolvidos. Percebe-se, ainda, a manifestação do sofrimento por ele sentido na pele, a dor daqueles que saem de suas terras em busca de uma vida menos sofrida que a vivida no alto sertão nordestino. Adotou como pseudônimo dois nomes: Sérgio, um saudoso amigo da juventude que faleceu precocemente e gostava da filosofia do alemão Emanuel Kante. Daí surgiu Sérgio Kante. No começo, seus versos eram descomprometidos, livres, sem grande rigidez gramatical, com o objetivo único de espantar os males trazidos pela síndrome do pânico que, apesar de todos os tratamentos e tentativas para se livrar, deixou-lhe resquícios: insônia, noites mal dormidas e tormentos da alma. Espírita Kardecista, leitor assíduo do Mestre Chico Xavier, traz em alguns de seus poemas uma manifestação melancólica de tristeza inexplicável e contida, resíduos de uma vida de luta e tristeza em ver as desigualdades sociais, sentimento exposto nos seus versos, principalmente quando escreve sobre festas comemorativas e muito representativas para a humanidade, como o natal e ano novo, que deveriam ser uma união das classes sociais, mas é justamente quando é mais visível a desigualdade. Coloca em seus versos a visão melancólica dos menos favorecidos, como os homens de rua, tema constante em seus escritos, e a revolta com o desrespeito para com a vida humana. Sua sensibilidade não está presente só na visão realista e sofrida da vida, mas também no romantismo dos versos de amor nas suas várias formas. Observei as várias faces de uma vida expressas em forma delicada de poema: saudosa e sentida, com a ausência da família; leve em seu romantismo; cruel na frieza que a realidade nos traz; indecisa diante da confusão de sentimentos dos que amam; mas sereno quando fala do ser humano. Rainha proibida, um misto de realidade e utopia em forma de versos colocados no papel para tocar corações, forçando-nos a uma reflexão sobre os nossos valores e a postura a assumir diante da vida. É uma seleção entre vários trabalhos onde se pode perceber a maturidade que a vida nos traz, como disse Bernardo Soares (Fernando Pessoa) “o vapor em que parti chegou barco a vela”, mas sem perder o que há de melhor, a simplicidade. É uma leitura para se divertir, alimentar a alma e refletir... Maria Helena Brant. Continuando minha história: UM SONHO E UMA NECESSIDADE REALIZADOS PELO LORD AMPLIFICADOR! Os anos 60 (sessenta) a jovem guarda já estava chegando ao final do seu ciclo musical, Roberto Carlos já não era uma brasa, mora? Erasmo carlos começava a desistir de ser o tremendão, Wanderleia não era mais vista como a ternurinha, outros astros começavam a declinar junto ao seu público, casos específicos de Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Ronnie Von, e tantos outros que fizeram história nas tardes de domingo. O lord Amplificador continuava fiel na sua programação prestigiando os ouvintes e seus ídolos já em declínio. Na época eu tinha um sonho e uma necessidade, não sei qual era maior, se o sonho ou a necessidade. Tinha que iniciar por algum lugar, comecei a freqüentar os estúdios daquele serviço de alto-falantes com o objetivo principal de arrumar algum serviço na radiofonia e ali era a única oportunidade que existia para exercer essa atividade para por conseqüência suprir minha necessidade de emprego. Não demorou muito, fiz amizade com o Massilon Gonzaga que começou a me ensinar a sonoplastia, quando o Clemildo teve a necessidade de uma pessoa para aquela função eu já estava pronto. Ainda não era o que eu queria, mas era um bom começo. Numa noite o próprio Massilon Gonzaga faltou e sem alternativa peguei o microfone e comecei a ler os textos, normalmente elaborados pelo Clemildo, que atento ao som do Lord Amplificador, veio ao estúdio saber o que estava acontecendo, ele conhecia bem a voz dos seus locutores, eu simplesmente era um intruso naquele instante. Mas o Clemildo não reclamou muito, apenas ficou atento por alguns minutos e foi embora, eu continuei na minha tarefa. No dia seguinte ele, o Clemildo, me procurou para conversar e me efetivou como locutor por um período mínimo e era reserva na ausência dos titulares. Assim comecei minha história na radiofonia pombalence, na seqüência tanto eu quanto o Massilon Gonzaga fazíamos as seleções musicais após o encerramento das transmissões. Ficávamos até tarde, principalmente quando o Clemildo vinha de Campina Grande, João Pessoa ou Recife, com novos discos, recordo-me bem que um disco que ele nunca deixava de comprar era as 14 mais da CBS, naquela época, o selo que mais cantor de sucesso tinha no seu elenco de artistas, tendo como astro maior o Roberto Carlos. Só saí do Lord Amplificador quando o Arruda, um ex colaborador do Clemildo, me fez um convite para trabalhar na Farmácia Central , do Sr. Walmiro José de Assis, seu Nenen, grande exemplo na minha vida, de retidão e personalidade, ele, seu Nenen era casado com uma tia do Arruda, por isso ocorreu o convite para que eu fosse trabalhar na farmácia onde fiquei até dia 31/12/1969. Dia 01/01/1970, ainda menor de idade, mas com emprego arrumado, embarquei para Recife para trabalhar e estudar, portanto, fazem 37 anos que me ausentei da minha terra. Abraços fraternos: Genival Torres Dantas - Navegantes-Santa Catarina.
EX-INTEGRANTE DO LORD AMPLIFICADOR EM BUSCA DE NOVOS RUMOS! <strong>EX-INTEGRANTE DO LORD AMPLIFICADOR EM BUSCA DE NOVOS RUMOS!</strong> Reviewed by Unknown on 11/02/2007 06:10:00 PM Rating: 5

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