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NOS 146 ANOS DE POMBAL A NOSSA HOMENAGEM A...

Zé Avelino (foto)
ZÉ AVELINO DO CARTÓRIO: AMIGO DILETO! CLEMILDO BRUNET* Conhecidíssimo por toda Pombal como Zé Avelino do Cartório, seu nome de batismo herdou de seu avô, coronel José Avelino da Fazenda Conceição no Município de Paulista Paraíba: JOSÉ AVELINO DE QUEIROGA NETO. Filho de Avelino Assis de Queiroga (saudosa memória) e de Bernadete Lourdes de Assis (dona Dete) nasceu no dia 04 de novembro de 1939 em Pombal Estado da Paraíba. Encontrou a sua cara metade em Maria Elias de Queiroga (Ivone), com quem casou em 22 de outubro de 1968 tendo os seguintes filhos: Joana Darc, Paulo Ney Sobrinho, Janaina e André Luiz. Após 38 anos de feliz união conjugal, faleceu a 18 de junho de 2006. Sua primeira escola foi o Grupo Escolar “João da Mata”, onde terminou o curso primário. Concluiu o curso ginasial no Colégio Diocesano de Patos. Mudou-se para Recife vindo a estudar naquela capital no mesmo Colégio com o Desembargador Antonio Elias de Queiroga, seu dileto primo. Aos 18 anos de idade serviu o exército brasileiro no Décimo Quarto Regimento de infantaria (14 R.I.) na capital Pernambucana. Terminado seu tempo de corporação regressou a sua terra Natal. Ainda no Recife Zé Avelino fez vestibular para medicina. Não quis dar continuidade aos estudos e chegando a Pombal, lecionou como Professor de Ciências no antigo Colégio Josué Bezerra. Zé Avelino foi Secretário geral da Prefeitura de Pombal em três administrações: Elry Medeiros Vieira (1955/1958) Dr. Azuil Arruda de Assis (1959/1962) e Dr. Avelino Elias de Queiroga (1963/1967. Em 1965 Foi nomeado Professor de Ciências físicas e biológicas do Colégio Diocesano sob a direção do Padre Luiz Gualberto de Andrade, ficando até o ano seguinte. Em 1966, por ato do Exmº Senhor Governador de então, Dr. João Agripino Filho, foi nomeado Tabelião e Escrivão Titular do Cartório do 2º Ofício da Comarca de Pombal, substituindo o seu pai Avelino, que se aposentou em razão da idade. Zé Avelino exerceu o cargo de Tabelião com muita galhardia recebendo elogios pela sua atuação frente a este ofício, sendo merecedor da confiança dos seus amigos pela eficiência de seus trabalhos notariais. Na condição de escrivão da 2ª Vara tendo por determinado tempo ficado a frente do Cartório Eleitoral, foi referenciado como exemplo de dignidade por juízes e corregedores da mais alta corte deste Estado. Era discreto no exercício do seu labor não revelando a ninguém a sua tendência política partidária, exceto na intimidade em família. Por isso, era respeitado e acatado por todas as facções políticas. Grande amigo, meu contato direto com ele se deu através de outro amigo da minha época, Genival Severo. A amizade que já desfrutava com Genival, possibilitou minha aproximação a Zé Avelino que se revelou depois um grande amigo. O Cartório do 2º Ofício a Rua Cel. José Fernandes nesta cidade, foi exatamente o local onde freqüentemente ia conversar com Genival. E nessa troca de palavras, Zé Avelino entrava sempre na nossa conversa. Pouco a pouco fui sentindo o grau de amizade que era nutrido por este cidadão e deste modo, eu não era mais simplesmente uma pessoa que ficava só na recepção do Cartório, agora tinha acesso às outras dependências do prédio No cotidiano de minhas atividades desde a Voz da Cidade, Lord Amplificador até as rádios de Pombal como radialista e jornalista, graças a Zé Avelino como tabelião público e escrivão do júri da Comarca de Pombal, fui apresentado a diversos magistrados que passaram por aqui, recebendo também o beneplácito da justiça comum e eleitoral em assuntos de furos de reportagens. Referindo-se a um juiz ou a um promotor, Genival sempre me dizia, o Dr. Fulano de Tal gosta muito de você. Acredito que isso se dava em razão das boas referências que eram transmitidas a esses defensores da justiça, pelo grande amigo José Avelino de Queiroga Neto. Todos nós como cidadãos comuns estamos propensos por circunstâncias alheias a nossa vontade enfrentar casos que são resolvidos na justiça. Por exemplo: Uma (questão de foro íntimo) que aconteceu comigo. Depois que o Divórcio virou Lei em nosso País contei com a valiosa colaboração do grande amigo Zé Avelino na elaboração da peça do processo, escolhendo ele mesmo um advogado amigo nosso, para tratar do caso. Conversando com dona Ivone ela me disse que seu esposo era uma pessoa maravilhosa, super educada, fino no trato com as pessoas, tanto fazia ser de casa ou não. Disse-me ela, que ele não sabia falar mal de ninguém e que não era do seu feitio conversar sobre a vida dos outros. Seu único problema era beber, pois gostava da boemia desde o tempo de jovem. Segundo Ivone, Zé Avelino tinha um carinho especial para com os filhos, lamentando tão somente o fato da bebida, coisa que somente prejudicava a ele mesmo. Falando sobre seu esposo, Ivone declarou que ele tinha medo da morte e por esta razão não ia a velório ou enterro por mais que a pessoa falecida fosse sua amiga. Não passava em frente de Cemitério e temia aparição de alma. Quando era informado da morte de um conhecido dormia segurado na mão dela. Ela ainda contou que certa vez, Epitácio Queiroga (saudosa memória), muito amigo do seu marido, preparou uma peripécia para Zé Avelino, convidando-o para uma festa de aniversário na casa de uma pessoa amiga; chegando ao local tratava-se de um velório, quando Zé deu de cara com o caixão, qual não foi à surpresa e o medo que sentiu! Nesta singela homenagem que presto ao dileto amigo Zé Avelino de saudosa memória, transcrevo os versos de autoria da dona Ivone, viúva do homenageado, que diz assim: Zeloso no trato com os amigos Eras tu uma estrela a brilhar, Ante a vida boemia de outrora Voz suave de eterno encantar, Embalando teus sonhos marotos Lenitivo era o teu trabalhar, Inconstante às vezes olvidavas Nossas vidas de humores mutantes Onde o amor nunca “fez esperar”. Certa ocasião ele participou do quadro “Minha Música Preferida” do Programa Saudade Não Tem Idade na Rádio Opção 104 FM. Na entrevista pedi que ele contasse sobre sua vida. Assumiu que era um boêmio desde a época que serviu o Exército brasileiro em Recife. Costumava aos sábados na sua folga, chegar ao bairro de Casa Amarela onde morava e ouvir a música “A Flor do Meu Bairro” na voz de Nelson Gonçalves tocada em uma difusora que havia naquele local. Era dentre outras como: Minha Rainha com Noite Ilustrada, essa, ele lembrava o sofrimento de dona Ivone pela vida de boêmio que levava e Farrapo de Calçada com Roberto Muller, suas músicas preferidas. Pela vida de boêmio varando as madrugadas manteve contatos com vários cantores populares de projeção nacional, uns que se apresentaram aqui, outros de passagem. Conheceu Nelson Gonçalves no bar de Zé Preto, Augusto Calheiros no bar de Pedro Junqueira, Bienvenido Granda no Grande Hotel, Altemar Dutra no Barraco de Biró pai do promotor Severino Coelho Viana, Alcides Gerardi em um banho no rio juntamente com Maurício Bandeira e Cláudia Barroso na companhia do radialista Zeilto Trajano. Ainda na entrevista ao Programa “Saudade Não Tem Idade”, Zé Avelino fez referências ao amigo Genival Severo, tendo-o na conta de não um funcionário seu, mas de um amigo do peito, pois havendo viajado diversas vezes para o Rio de Janeiro, entregava o Cartório aos cuidados dele (Genival), com total confiança, também considerava seu amigo do peito, como se fosse um irmão. Tenho em meus arquivos a gravação desse programa que foi levado ao “AR” pela segunda vez, após seu falecimento, como homenagem póstuma. Assim foi Zé Avelino do Cartório como era conhecido. Homem simples, dedicado a sua família e a seu trabalho. Fez grandes amizades. Lembrar Zé Avelino do Cartório é honrar o nome de um homem que deve ser imortalizado na história de Pombal e que prestou relevantes serviços ao judiciário e cartorário do nosso Município. *RADIALISTA. WEB. http://clemildo-brunet.blogspot.com/ CONTATO: brunetcomunicador@hotmail.com
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