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D. CESSA: COMENTÁRIO SOBRE OS DOIDOS DE POMBAL...

D. Cessa e o Troféu Imprensa Prezado compadre Vieira. O seu texto sobre os doidos foi demais interessante e convincente para os pombalenses, sobretudo, para aqueles que não conheceram estes personagens que legaram o seu papel e a sua cultura a nossa história, se bem que, na nossa infância e juventude, fases melhores da vida, não conhecíamos mordacidade, apenas nos divertíamos com singeleza e eles nos enlevavam aos entretenimentos ou diversões, sendo que sua contrapartida para aqueles que os importunavam era a fúria. Eram pessoas carentes de atenção e carinho, só insurgiam quando os torturavam com insultos ou ações mais violentas. Assim como diz a expressão popular: “todo doido tem passagem livre”, eu digo que, todo doido merece uma atenção desvelada, pois quando são amigos, são de verdade. Você citou um número de quinze, conheci todos eles, mas enfatizo uma proeza de Expedito, que além da mania de riqueza e de dançar, também dava uma de preguiçoso, pois freqüentava muito a casa de pai, para fazer refeição, quando pai trazia do sítio, um caminhão, (um misto), carregado de lenha e os meninos (filhos e netos) para se livrarem do descarrego chamavam Expedito para descarregar e ele começava a cantar na calçada: “eu quero comer mas trabalhar não quero não”, só dava para os meninos o colocarem para a rua. Eu admirava todos eles observando-os que também eram perceptivos. O Nonato era muito obediente as Fontes, pois era da casa delas. Existe outra controvérsia quanto a Dina, tinha boa conversação quando vendia as suas buchadas, falava muito explicado e o povo lhe aperreava tanto dizendo que ela tivesse medo de espírito e ela bem prontamente dizia pode pegar em vocês, em mim não, daí ela ficou impressionada. O Pildo era alto, delgado, muito elegante e tinha mania de importante e falante, empregava expressões que ninguém entendia a língua. Usava duas, três camisas e às vezes colocava um paletó e saia desfilando como um galante. Tinha o Padrinho, que andava aqui, só nas Missões de Frei Damião. Lapa era um negro alto que nas suas andanças fazia pergunta e ele mesmo respondia, fazendo um jeitinho no corpo, “pra que Lapa quer mulher? Pra lavar os pratos e enxugar as colher, pra lavar as panelas e torrar café”. Mané da Paciência insultavam perguntando como era o seu nome, ele, muito indolente respondia bem arrastado ou lento: “eu sou manué da paciência”. Severino de Gabriel, que era muito sensual, se apaixonava a primeira vista pelas mocinhas, quando nós íamos para o colégio, ele dizia: “se eu pegá fulana ela ró, pra meu lado ela ró”, expressando um sorriso de maldade. Desse, eu tinha muito temor. Elvira era muito selvagem, cara dura e mal falava só fazia um olhar amedrontador. Mulheres tinham ainda, Mônica Papoula, Juriti, esta, aperreavam assim: Juriti quebrou a asa, eu também quebrei a minha., eu colei com cola e Juriti com cocô de galinha. Talvez existiram outros mais. Escolhi para falar por último Zé Doido, um dos que eu mais admirava muito inteligente e metido a Geógrafo sabia de cor todos os estados e capitais, como também os acidentes físicos, podiam perguntar que ele dizia, era poeta, e metido a sabido decorava os discursos dos políticos, na época de José Américo e outros, ele era de Paulista e vinha todos os sábados para a feira. Certa vez uma pessoa perguntou em quem ele ia votar, respondeu em versos, numa sextilha: Em se tratar de política Eu já dei o meu despacho Eu não vou fazer poleiro Apenas pra subir macho Pra depois que tá de cima Cagar nos que tão debaixo. Fiquei muito feliz com o comentário que você levantou sobre o texto de BIRÓ. Foi uma surpresa aplausível, a sua abordagem. Obrigada pelas referências dirigidas a minha pessoa. Há quanto tempo você me conhece e mais ainda do que eu gosto de fazer. Meus escritos além de apolíticos são completamente transparentes, despidos de qualquer interesse. Servem tão somente, de alimento a minha índole literária. Escrevo com amor e por amor. Falar da importância de um cidadão de destaque em nossa terra é mais um reconhecimento pelos seus atos e um mérito pelo seu valor. Narrar a vida de Biró é preciso compilar um livro. Agora, sobre a nossa amizade, vinculada através da admiração que eu mantinha sobre os seus genitores. Galvinha era um nome na lista das minhas melhores amigas. Depois nos encontramos na sociedade pombalense dando expansão ao nosso lazer. Você bem sabe de tudo isto, sendo motivo, até, do honroso convite para amadrinhar a nossa querida Fabíola, enfatizando o dizer popular, que, ser madrinha de filho (a), de amigo é uma das mais extremas considerações. E eu acredito piamente neste sagrado pensamento. O que posso dizer ainda? Que fomos colegas de magistério no renomado colégio “Josué Bezerra”, que sempre conheci a sua inteligência e capacidade. Como eficiente professor de Biologia eu imprimia confiança para o conhecimento do ser biológico que eu era. E assim foi a nossa afinidade. Foi aí, que comecei a ver a sua idoneidade. Digo que sempre lhe elogiei em todos os lugares onde podia difundir os seus trabalhos. Atualmente somos irmãos de ECC, onde também admiro o seu aprofundamento cristão, e, a sua capacidade de evangelizar. Você e a grande e guerreira mulher, minha comadre Lenice, formam um casal bonito e exemplar. Hoje você desponta como brilhante escritor neste espaço de comunicação a quem devemos ao Clemildo o rico incentivo para tal coisa. Isto é mais uma causa para a minha admiração a sua pessoa, contemplar os seus belos e bem estruturados textos neste tão precioso Blog. Parabéns por tudo que você é capaz de fazer. Sua comadre, confreira e amiga CESSA.
D. CESSA: COMENTÁRIO SOBRE OS DOIDOS DE POMBAL... D. CESSA: COMENTÁRIO SOBRE OS DOIDOS DE POMBAL... Reviewed by Unknown on 8/06/2008 08:01:00 AM Rating: 5

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