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ZENAS MARTINS: BRINCALHÃO, MAS NÃO ORDINÁRIO!

Clemildo (Foto)
CLEMILDO BRUNET* Amizade que não se destrói é aquela sincera, nem o tempo pode apagar. Ficam sempre na lembrança dos amigos as brincadeiras de alguém que se foi para não mais voltar. Recordar só é possível na memória de quem nutriu uma amizade assim. A homenagem que vamos prestar é a um amigo que se foi do nosso convívio no dia 23 de agosto de 2007, vítima de doença coronária que teve como resultado de uma cirurgia a morte. ZENAS MARTINS FERREIRA nasceu em 23 de abril de 1951, filho de João Martins Ferreira e Auta Martins da Costa tendo como irmãos: Manoel (Nenen), Judith, Autinoel (Mananca), Ruth, Noemia, Oséas, Vassimon e Onete Em 22 de abril de 1976 Casou-se com a jovem Aurivete Alencar Martins. Deixou 6 filhos: Kaliana, Katyana, Júnior, André, Ítalo e Zanio. Desde cedo se dedicou ao trabalho e era querido por todos os irmãos, sendo motivo de alegria as suas brincadeiras nas conversas em família. Na hora de agir com coisa séria, estava sempre disposto a qualquer precisão dando o seu apoio e ajuda. A maior parte de seu trabalho foi em uma oficina mecânica de sua propriedade. Atendia sua clientela com o máximo de presteza e consideração, indistintamente, nunca dava um não, tinha sempre uma solução para resolver os problemas de quem o procurava no seu local de prestação de serviço. Conheci Zenas na época da minha adolescência, quando freqüentávamos a Escola Dominical e os Cultos da Igreja Presbiteriana de Pombal. Ele um pouco mais novo do que eu, saíamos a passear de bicicleta, tomar banho de rio, flertar as meninas e conversar sobre os sonhos de jovens da época. Depois de certo tempo, com as preocupações do cotidiano nos afastamos, mas a amizade continuou. Quando precisava de serviços de manutenção do meu carro, procurava sempre a oficina de Zenas e ali voltávamos a lembrar o tempo de jovem com as histórias do passado. Na condição de Diretor Comercial de Rádio, eu ia sempre à busca do comercial de sua oficina e em ocasiões especiais de cobertura jornalística ele nunca negou o seu patrocínio. Zenas gostava de participar de cursos de reciclagem de sua área de trabalho em várias cidades. Conta-se que em determinada ocasião quando participava de um curso, de repente ele foi visto dando aula para a turma que o escutava com atenção. Na sua bagagem escolar cursou somente até a 8ª Série do ensino fundamental. Entre outras ocupações que Zenas teve, podemos citar: Foi taxista um bom tempo tinha uma rural na praça servindo a passageiros que o procuravam para alguma viagem. Morou por um período em Cajazeiras onde prestou serviço ao Posto Texaco naquela cidade. Trabalhou de motorista para a Empresa Camargo Correia. Genival Severo que acompanhou Zenas em diversas viagens quando saiam para as festas realizadas fora de Pombal,conta que um dia a meia noite Zenas ao voltar do seu trabalho na Camargo Correia vinha com fome. Ao chegar a casa, sua genitora lhe disse que o jantar estava sobre o fogão. Zenas foi à procura do alimento e não encontrou. Perguntou para a sua mãe, onde havia deixado a comida, obtendo a mesma resposta, foi ao local e verificou que um gato havia se deliciado do prato. Com a fome que estava, pegou uma espingarda e atirou no felino. Dias depois o comerciante Chico Galego lamentou para Zenas que ele havia morto o gato que só vivia no seu armazém. Então ele respondeu: “Não foi seu gato que eu matei, e sim um ladrão que comeu minha comida”! Era ano eleitoral e a campanha estava em efervescência, determinada facção política preparou o centro da cidade colocando faixas de bem - vindo a um político de destaque no Estado. Todo preparativo havia sido feito durante a noite. Zenas que vinha do trabalho dirigindo uma caçamba da Camargo Correia chegou à meia noite na cidade. Vendo a Avenida da Praça Getúlio Vargas enfeitada, levantou o basculante e desfez toda ornamentação. Encontrei em um dos tópicos da comunidade no Orkut em homenagem a Zenas, criada pelos seus familiares a narração de um episódio feita pelo seu sobrinho Jordão Martins, a qual transcrevo na íntegra: PRESEPADAS COM O TARADÃO! “Tive o prazer de ter várias presepadas com Zeninha, mas a que me lembro foi: Uma vez a “Saveiro” dele estava abrindo as portas sozinhas, aí eu cheguei na oficina e ele me chamou para ir puxar um carro pro lado de Paulista, assim fomos, as portas começaram a se abrir logo na saída e a gente foi o caminho todo batendo essas portas e ele sempre dando aquelas “risadas” e batia uma porta com tanta força que abria a minha porta, parecia até aqueles carros de circo, mas ele achava tão boa a farra que fazia isso para continuar rindo da presepada, ele não esquentava com nada, era solidário e gostava de sua profissão, do que fazia... com certeza esse tarado vei, que tanto nos fez rir e contagiava-nos com a alegria dele, vai fazer muita falta”
A despeito de todas essas capilossadas, Zenas era benquisto em toda cidade. Era o seu jeito! Brincalhão! Cada um tem sua maneira de ser. Até na hora de se preparar para a cirurgia ainda manifestou seu lado humorístico brincando com aqueles que estavam com ele. No dia de seu sepultamento a cidade se comoveu e seus amigos compareceram ao velório prestando o seu pesar a família e manifestando o sentimento de tristeza pela perda irreparável deste amigo que se foi. Este era o nosso ZENAS MARTINS: BRINCALHÃO, MAS NÃO ORDINÁRIO! *RADIALISTA WEB. http://clemildo-brunet.blogspot.com/
ZENAS MARTINS: BRINCALHÃO, MAS NÃO ORDINÁRIO! ZENAS MARTINS: BRINCALHÃO, MAS NÃO ORDINÁRIO! Reviewed by Unknown on 8/20/2008 09:03:00 PM Rating: 5

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