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HOMENAGEM AO GRANDE HOMEM, ILUSTRADO MAESTRO E ADMIRÁVEL AMIGO.

EMUDECEU O SOM DO NOSSO SAX DE OURO!
Toda história tem seu começo e fim. E, todo ser que nasce inicia a sua história única e insubstituível. Partindo destas premissas, notificamos que em 26 de dezembro de 1928, nasceu no nosso Torrão natal, uma criança que na expressão popular, clamaram: “é homem!” E, no Batismo recebeu o nome de Manoel de Souza. De origem humilde, Maria Luzia da Conceição, sua genitora, resolveu doá-lo a saudosa senhora Donária, que honrou a sua maternidade com muita dedicação e amor. Esta foi a razão de ficar conhecido por Manoel de Donária. Manoel recebeu uma formação condigna como filho e como um ser social. Conviveu com sua irmandade em plena harmonia recebendo todo carinho e amor. Com essa influência recebida ele tornou-se um rapaz educado e afetuoso. Vale ressaltar, que, Manoel, desde criança manifestou inclinação para a música. Lembro-me bem, quando em João Pessoa, há muitos anos passados, visitei Negreiro, filho adotivo de professor Newton. Ele com ansiedade de saber notícias de Pombal e dos seus amigos contemporâneos, perguntou por Manoel de Donária, quanto à música. Eu respondi que ele era um maestro de polpa, e, imediatamente Negreiro evidenciou um fato, que Manoel, aos oito anos, já tocava Brasileirinho num realejo, enfatizando ainda, que ele seria, com certeza, um grande músico.
O talento é dádiva de Deus e Manoel jamais fugiria dos ditames da sua infância, abraçando o desafio, unindo o seu pendor ao seu sentimento de prazer, procedeu no uso de instrumentos, repercutindo como um excelente saxofonista e grande maestro. Foi funcionário público federal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, em João Pessoa, localizado na Praça Pedro Américo. E, como de costume, nas horas de lazer, deleitava-se com a bela música. Expandiu a sua juventude feliz e realizada. Notadamente foi flechado pelo cupido, contraindo núpcias com a jovem Maria do Socorro Clemente, compondo uma família de quatro filhos: Maria de Fátima, Manoelzinho, (em memória), Maria da Glória e Marcélio, dos quais, obteve oito netos.
O segundo matrimônio, com a jovem Maria Clidismar Silva, em que, Bibia e eu, tivemos a honra de sermos testemunhas por força de amizade, sobretudo, com ela que era minha amiga desde a infância. Formando um par bonito e sensível ao amor, construiu uma prole de cinco filhos: Márcia Maria, Malba Delian, Magda Cilene, Marcelo e Márcio Wendel, estes, os coroaram com onze netos. Possuía ainda três filhos de relacionamentos extraconjugais: José Nildo, (em memória), Cleide e Maria.
Atuou como regente dos corais das Igrejas: “Nossa Senhora do Bom Sucesso”, “Igreja do Rosário” e a de “São Pedro” todas em nossa cidade.
O amor e a dedicação pela música fizeram de Manoel um brilhante músico na coordenação de eméritos maestros, a exemplo de João Pereira Fontes, Elizeu Veríssimo, João Alfredo de Sousa, destacando-se finalmente como um extraordinário maestro. Participou em diversas Bandas: “Santa Terezinha”, “João Alfredo”, estas, em nossa Terra e a da Prefeitura de Catolé do Rocha sendo o maestro desta, por volta de 1991 a 1997. Faço conhecer aos nossos leitores, que Manoel foi incumbido pelo seu maestro João Fontes, para copiar a partitura do Hino de Pombal, no “Velho Arraial de Piranhas” (Pombal), primeiro livro da história da nossa terra, escrito pelo emérito historiador e escritor sertanejo e paraibano, Wilson Nóbrega Seixas.
Evidencio ainda um fato muito importante do seu atendimento para comigo. Ao precisar da sua participação no acompanhamento instrumental, para uma montagem que realizei, registrando obras importantes da nossa terrinha, em que seria exibida numa Gincana, do Festival de Destaque da Cultura e da Arte, na cidade de São Bento de Brejo do Cruz, cuja tarefa predeterminada era apresentar as obras Culturais e Artísticas de sua cidade, em que um grupo de alunas do “Josué Bezerra”, recebeu aplausos e foi destacada a nossa cidade, principalmente pelo brilho deslumbrante de sua participação. O nosso trabalho, em epígrafe, . Homenagem pelo aniversário de nossa cidade, (participação minha); . Apresentação do livro: “O Velho Arraial de Piranhas”, (pelas alunas de (Pombal); . Execução do Hino de Pombal, (pelo Coral de São Pedro e grupo (Seresteiro); . Execução da Canção popular, Maringá, (por Bilino Queiroga); . Execução da Marchinha Rancho, “Meu Pombal”, da autoria do pombalense, Anísio Medeiros, que também era músico e poeta, executada pelos mesmos grupos de seresteiro e coral de São Pedro. Valendo a pena, dizer que, todos estes trabalhos foram acompanhados com brilhante maestria por Manoel, fazendo a nossa cidade em Destaque. (Ficarei devendo a exibição dessa montagem em CD, noutra oportunidade, por via rádio), para que nós pombalense possamos crer a importância do nosso querido e saudoso maestro, Manoel. Manoel foi sem duvida, um grande contribuinte como instrumentista nas Belezas da melodia da nossa terrinha.
Após os setenta anos entra em depressão, motivado pela saúde e lamentavelmente afastou-se de todo convívio amigo, até mesmo do maior, que era o seu sax. Foi acometido por uma insuficiência vascular cerebral que levou a morte, O HOMEM DE POUCAS PALAVRAS, MAS DE MUITOS AMORES E AMIGOS! UM AMANTE DA MÚSICA E DOS ANIMAIS! (filhos) O nosso querido maestro partiu para a morada eterna, naquele dia 8 de dezembro de 2008, simbolizado na figura de Nossa Senhora da Conceição, aos setenta e nove anos de idade, deixando o exemplo de sua bondade, humildade e de seu firme caráter de pombalense que amava a sua terrinha, abrindo nos nossos corações um espaço ocupado pela SAUDADE!
É necessário que se faça homenagem a este grande pombalense, pois homenagear é uma manifestação de sensibilidade daqueles que amam e reconhecem o mérito dos amigos! Conhecer o homem é preciso conviver com ele, procurando entendê-lo em todas as circunstâncias de vida. Ser amigo é saber transmitir confiança ao outro, é praticar a fidelidade no seu convívio, é amar com segurança, aceitando as diferenças dos outros.
Eis ai, com muita vigor de carinho, a nossa HOMENAGEM AO GRANDE HOMEM, ILUSTRADO MAESTRO E ADMIRÁVEL AMIGO! Carinhosamente dizendo que: EMUDECEU O NOSSO SAX DE OURO!
Maria do Bom Sucesso de Lacerda Fernandes. Poetisa e escritora de Pombal. Para contato: cessalacerda@yahoo.com.br Para comentário: www.clemildo-brunet.blogspot.com
HOMENAGEM AO GRANDE HOMEM, ILUSTRADO MAESTRO E ADMIRÁVEL AMIGO. HOMENAGEM AO GRANDE HOMEM, ILUSTRADO MAESTRO E ADMIRÁVEL AMIGO. Reviewed by Clemildo Brunet on 1/17/2009 07:16:00 PM Rating: 5

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