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OBESIDADE INFANTIL: PROBLEMA QUE SALTA AOS OLHOS

Cessinha (Foto)
Por Mª do Bonsucesso Lacerda Fernandes Neta*
A obesidade é um distúrbio multifatorial, sendo descrito, resumidamente, como uma desordem no balanço energético do corpo, provocada pelo excesso de gordura resultante de sucessivos balanços energéticos positivos, o que torna a quantidade de energia ingerida maior do que a quantidade gasta. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a obesidade é considerada uma epidemia global. (WHO, 1998)
Quando o indivíduo se alimenta, certas substâncias, tais como: a insulina (produzida nas células Beta do pâncreas) e, principalmente, a leptina (presente nos adipócitos), através de sistema aferente, atingem a região hipotalâmica (ao nível de sistema nervoso central) inibindo vias anabólicas e ativando vias catabólicas. Como resposta, através de sistema eferente, o indivíduo diminui a ingestão de alimentos e aumenta o dispêndio de energia, regulando assim o balanço energético. Quando as reservas energéticas diminuem, o indivíduo é estimulado a se alimentar. A ausência das substâncias anteriormente citadas pode causar acúmulo energético que se deposita no organismo em forma de gordura (tecido adiposo). (ROBINS, 2005)
Atualmente, o número de obesos vem crescendo em todo o mundo; e o mais grave: a obesidade infantil está aumentando. De acordo com relatos da Organização Mundial de Saúde, a prevalência de obesidade infantil tem crescido em torno de 10% a 40% na maioria dos países europeus nos últimos 10 anos. Além disso, no Brasil, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, a incidência de obesidade infanto-juvenil aumentou 240% nos últimos 20 anos.
Alguns estudos afirmam que, aproximadamente, 20% das crianças obesas podem se tornar adultos obesos; outros ressaltam que, quanto menor a idade em que a obesidade se manifesta, maior a chance de a criança se tornar um adolescente/adulto obeso (Fisberg, 1995). Sabendo-se que a obesidade está relacionada a várias doenças crônico-degenerativas, tais como: hipertensão arterial sistêmica e diabetes, e a observância dessas patologias em indivíduos cada vez mais jovens, é algo preocupante. Existem inúmeras causas de obesidade, desde orgânicas (genéticas, hormonais), sócio-econômicas, envolvendo hábitos alimentares e atividade física, até psicológicas. Observa-se ainda que alguns medicamentos podem gerar obesidade. No tocante às causas genéticas, há várias síndromes que cursam com obesidade, entre elas a Síndrome de Prader-Willi; síndrome de Cushing, hipotireoidismo, insulinoma, hipogonadismo são distúrbios endócrinos que também podem cursar com obesidade.
Em geral, 99% dos casos de obesidade são considerados de causa exógena, resultantes de ingestão excessiva de alimentos (Damiani, Carvalho & Oliveira, 2000). Nos últimos anos, houve mudanças no padrão de dieta da população, com aumento na ingestão de açúcares e gorduras, em detrimento da ingestão de frutas e fibras alimentares. Segundo uma pesquisa feita com 900 alunos em 40 escolas do estado de Pernambuco (50% públicas e 50% privadas), constatou-se que as crianças comem poucas frutas e verduras, ingerem muita gordura e comem mais nos períodos livres, especialmente quando vêem TV.
Houve alterações também quanto à prática de exercícios físicos. Com o surgimento dos computadores, vídeo-games e outras facilidades do mundo moderno, tais como: controle remoto e escada-rolante, o sedentarismo acaba sendo valorizado.
Quanto às causas psicológicas, verifica-se que a ansiedade, o estresse e a insônia, por exemplo, presentes na vida de diversas pessoas nos dias atuais, muitas vezes, provocam comportamento compensatório através da alimentação e isso se transforma em um ciclo infindo.
Todas essas mudanças de hábitos observadas, no cenário da modernidade, vêm contribuindo de forma significativa para o crescimento da obesidade.
Para combater esse mal, são importantes prevenção e terapêutica adequadas. É necessária uma equipe multidisciplinar, a qual promoverá um programa de reeducação alimentar associado à atividade física e suporte psicológico. É interessante que toda a família do paciente participe das mudanças nos hábitos de vida, pois dessa forma, será possível obter sucesso.
Diante do exposto, os pais precisam estar atentos aos seus filhos, averiguando alimentação, prática de esportes; verificar a prevalência de obesidade na família e, dessa forma, evitar o surgimento desse distúrbio é interessante.
Lembrem-se: na luta contra a obesidade, só um ganha; então se esforce para que seja você o vencedor!
Para maiores esclarecimentos, consulte um pediatra ou um endocrinologista. Em caso de dúvidas, e-mail para contato: sucessomed@hotmail.com
*(Natural de Patos-PB, 20 anos, mais conhecida como Cessinha, acadêmica do 6º período de medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande, filha de Francisco Fernandes da Silva Júnior e Zeneida Furtado Leite Fernandes, donos da Hiperfarma Bom Sucesso em Patos.)
OBESIDADE INFANTIL: PROBLEMA QUE SALTA AOS OLHOS OBESIDADE INFANTIL: PROBLEMA QUE SALTA AOS OLHOS Reviewed by Clemildo Brunet on 5/13/2009 09:21:00 AM Rating: 5

Um comentário

Anônimo disse...

Parabéns minha filha, por tamanha dedicação que tens pela vida humana, pesquisando e buscando sempre atualizar o leitor, orientando a prevenção, para que ele não seja um futuro paciente sem obter a cura ou tratamento médico, para qualquer que seja a patologia.

Francisco Fernandes da Silva Júnior
Júnior da Farmacia - Patos PB. 15/05/09.

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