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SER FILHO DE POMBAL

Jerdivan (Foto)
Jerdivan Nóbrega de Araújo
Meu caro Maciel
A vida é assim. Os jornais não trazem noticias minhas Não trazem noticias suas Não trazem noticias nossas. Nosso tempo já vai longe Já vão longe nossas estórias Nossos tombos, nossos escombros. Outras esquinas são as nossas. As estórias que temos para contar são de pessoas que não mais vem pro jantar. Quem não veio? Quem não mais virá? Nossos textos são assim! Falar de um tempo que já vai longe Dizer hoje dos filhos e amanhã dos netos. Contar nos dedos das mãos os amigos que Ainda estão por aqui. Na Rua Nova ti vi passar Na Matriz ti vi ajoelhar e rezar. Os cabelos brancos do velho professor Ali na mesa do lado. O rosto envelhecido dos alunos que fomos nós e que outrora tanto lhe deu trabalho. Agora é um espelho a nos refletir.Um rio inteiro para mergulhar Transforma-se em mergulho ao fundo Na saudade e na nostalgia. Os Pontões vão dançar. Façam silêncio!
Acho que vou chorar! Que noticias trás de lá?
Que noticias posso te dar? Faz diferença ta por lá? Dizer do cinema Diga-me dos sobrados Qualquer noticia de lá.
Quem é aquele lá? Você não lembra? Ele me abraçou tão forte.Um rosto familiar Tal qual rosto do nosso pai.A saudade é assim: Tanto pra falar E o silêncio é o que temos Para compartilhar.▬Foi bom te reencontrar...Meu caro Maciel continue a sua tela Não poupe na tinta, no pincel, Nos traços, mesmo se tortos. Sua tela tem histórias E elas são nossas. A Voz da Cidade e O Lord Amplificador Nunca silenciou em nós. Nosso tempo em uma cidade
Quando esta ainda existia Tem ecos eternos.
SER FILHO DE POMBAL SER FILHO DE POMBAL Reviewed by Clemildo Brunet on 6/13/2009 10:10:00 PM Rating: 5

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