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A LUA E HOMEM.

Severino Coelho Viana (Foto)
Por Severino Coelho Viana*
A lua geofisicamente é o satélite natural do planeta Terra, mas poético e liricamente é o mundo dos poetas e dos sonhadores onde encontram inspiração e dos enamorados da noite que procuram um ponto de referência para a evasão dos sonhos irrealizáveis e das esperanças do porvir. Dimensiona-se como um vasto campo para o mundo supersticioso que alimenta as satisfações oníricas e descreve as linhas imaginárias do agouro e do insucesso no caminho insondável do mundo místico. É o luar encantador das caatingas no sertão nordestino e um quadro desenhado pelo pintor da natureza quando visto da orla marítima que embeleza o marejar das ondas do mar.
E a confusão continua e continuará por muito tempo ainda no âmbito das duas alas que acreditam ou não na aterrissagem do homem no solo lunar depois de quarenta anos que se passaram, ocorrido no dia 20 de julho de 1969. A polêmica é salutar, faz parte do jogo democrático, e cada ala tem fortíssimos argumentos na defesa de suas proposições. Os realistas afirmam que sim, os oponentes asseguram que o fato não passou de uma tremenda conspiração planejada pela NASA.
Antes, porém, de adentrar no âmago da discussão, o homem de cultura mediana cada um tem as reservas para os aspectos lunares de acordo com o seu próprio sistema interior de observação da vida e dos fatos. A lua é muitas vezes encarada de forma negativa - O que talvez se deva ao fato de, ao contrário do Sol, não ter nem gerar luz própria. A variação aparente de sua forma permaneceu durante muito tempo misteriosa. Também se especulou muito sobre a influência indecifrável que este satélite da Terra exercia sobre as mulheres, o humor dos indivíduos (até provocar a loucura, pretende a lenda), o movimento das marés e as ondas do mar. A selenologia, ou estudo da Lua, afirma que a fase quarto crescente favorece tudo o que cresce, quer se fale de empreendimentos, da cultura da terra, da felicidade ou de infelicidade (até à lua cheia, incluindo essa data); a quarto minguante é 'favorável' a tudo o que declina e se fortalece do interior (as colheitas...). Cortar o cabelo ou as unhas, praticar uma sangria ou um purgante: todas estas operações estavam outrora sujeitas às datas das fases da Lua. Influência sobre os animais - Em Espanha, outrora, evitavam-se cuidadosamente os períodos de lua cheia para matar um porco; na verdade, temia-se que a carne se deteriorasse rapidamente e que se tornasse impossível conservá-la. Além disso, consta que os bezerros e os cordeiros concebidos durante esta fase não sobrevivem ou dão origem a partos difíceis. A linha da Lua - de noite, quando a Lua está visível, o seu reflexo desenha no mar uma linha que os pescadores irlandeses evitam passar por cima. O halo da Lua - este halo, quando aparece, anuncia chuva.
O nome do módulo, Apolo XI, chamava-se de Águia, e a águia é uma ave de rapina, quando Neil Armstrong pisou no solo lunar falou: “este é um pequeno passo para o homem, mas um gigante salto para a humanidade”.
Uma análise interessante, que combina com as linhas misteriosas do aspecto lunar, depois de decorridos 40 anos, dos três astronautas que compunham a cápsula , somente Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram o solo lunar, enquanto Michael Collins ficou dentro do módulo espacial. Todos os três têm a mesma idade, nasceram no ano de 1930. A vida dos dois que pisaram no solo lunar, parece que se conjugam com o sentido supersticioso da lua e não enveredaram muito para o lirismo poético. Por exemplo, Neil Armstrong se recusa a falar categoricamente sobre a viagem lunar e não dar autógrafo. Não gosta quando divulga comercial usando o nome dele. Em 1994, ele processou Hellmar Cards porque usou a sua imagem sem permissão. Em 2005, processou o barbeiro porque vendeu um molho de cabelo sem sua autorização. Por ocasião do divórcio, com sua primeira esposa, ela alegou que foram “anos de distância emocional”. Todavia, ele vive com a segunda esposa, Carol.
Buzz Aldrin, que pisou com Armstrong o terreno lunar, no retorno a Terra, caiu em depressão, leva uma vida de alcoólatra e permanece com colapso de nervo. Divorciou da primeira esposa e já se casou três vezes, sendo totalmente desligado com os assuntos familiares. Enquanto isso, Michael Collins, o único que não pisou o solo lunar, pois ficou no recinto do módulo espacial, por incrível que pareça, por ter ficado o menos famoso dos três astronautas, é o único que vive uma vida tranquila ao lado de sua primeira esposa, Pat.
Por outra banda, a teoria da conspiração à aterrissagem lunar, com os seus fortes indícios de convencimento, dentre tantos defensores, podemos citar, Marcus Allen, um famoso fotógrafo inglês, de carreira profissional, distribuidor da magazine Nexus, afirmou que a aterrissagem do homem na lua, não passou de uma tremenda fraude. Á época do fato, foram notícias omitidas, houve conspiração e assuntos inexplicados, alegando que o noticiário está completo de dúvidas, indicando que os trajes espaciais são inadequados, ineficácia da câmera de filmagem, não tinha visor nem focalizador e não tinha fotômetro de câmera uma vez que os pilotos não dispunham de lentes sofisticadas. A velocidade e o obturador eram manuais e precisavam ser recarregados. Para isso, eles teriam que fazer um trabalho muito resistente para suportar a pressão interna, levantando as seguintes questões: 1) as estrelas não aparecem na fotografia: 2) a bandeira flutuava quando na lua não tem vento; 3) a cápsula ficou plana na superfície lunar; 4) Neil Armstrong se recusa terminantemente a falar sobre a aterrissagem lunar; 5) a tecnologia da época era primitiva e incompatível com a nossa realidade. Isto é, se fosse hoje era possível fazer toda aquela filmagem divulgada pela NASA.
Esclarecendo resumidamente o projeto Apolo: Em 25 de maio de 1961, o presidente John F. Kennedy estabeleceu para os Estados Unidos a meta de, antes do final daquela década, colocar um homem na Lua e trazê-lo de volta com segurança a Terra.
Em 27 de janeiro de 1967, um incêndio a bordo da Apolo I matou três astronautas norte-americanos. Um curto-circuito pôs fogo na atmosfera de oxigênio puro da cápsula espacial, produzindo em segundos, muitíssimo calor. A mistura atmosférica depois foi alterada, tornando-se mais segura. Melhorias nas cápsulas Apolo, bem como em várias missões orbitais lunares Apolo, resultaram na aterrissagem triunfal da Apolo XI na Lua, no dia 20 de julho de 1969. A inscrição na placa do módulo de alunagem dizia: "Neste local homem do planeta Terra pela primeira vez pisou na Lua, julho de 1969 d.C. Viemos em paz em nome de toda a humanidade." Por ocasião do encerramento do programa Apolo, os astronautas norte-americanos tinham passado cerca de 160 homens-hora explorando a Lua, a pé e utilizando exploradores movidos à eletricidade. Os astronautas conduziram muitas experiências de vários tipos e trouxeram, ao todo, aproximadamente 360 quilos de rochas e solo lunar de suas missões.
AS PRINCIPAIS MISSÕES APOLO FORAM AS SEGUINTES
Apolo VIII: 21 a 27 de dezembro de 1968, fotografou a Lua enquanto estava em órbita. Os astronautas dessas missões foram Borman, Lovell e Anders. A Apolo VIII trouxe uma série notável de fotografias coloridas do lado escondido da Lua.
Apolo X: 18 a 26 de maio de 1969, foi um vôo orbital lunar tripulado pelos astronautas Stafford, Young e Cernan.
Apolo XI: 16 a 24 de julho de 1969, a primeira alunagem tripulada realizada pelos astronautas Armstrong e Aldrin. O astronauta Collins comandou a nave-mãe que permaneceu na órbita lunar, esperando o retorno dos primeiros homens a andar no solo Lua.
Apolo XII: 14 a 24 de novembro de 1969, outra alunagem lunar bem-sucedida, os astronautas Conrad e Bean caminharam na Lua e o astronauta Gordon ficou em órbita lunar aguardando seu retorno.
Apolo XIII: 11 a 17 de abril de 1970, astronautas Lovell, Swigert e Haise a bordo. A Apolo XIII foi o malfadado vôo, não foi tentada a aterrissagem na Lua por causa de uma misteriosa explosão ocorrida anteriormente num dos tanques de oxigênio. Porém, os astronautas da Apolo XIII cumpriram suas missões fotográficas a partir da órbita lunar.
Apolo XIV: 31 de janeiro a 9 de fevereiro de 1971, chegou à Lua sem dificuldades e aterrissou com segurança. Os astronautas Shepard e Mitchell caminharam na Lua enquanto o astronauta Rossa pilotava a nave-mãe na órbita lunar.
Apolo XV: 26 de julho a 7 de agosto de 1971, outra missão de aterrissagem bem-sucedida, os astronautas Scott e Irwin realizavam experiências na Lua, enquanto o astronauta Worden esperava seu retorno na nave-mãe. Deve-se dizer que todos os astronautas que pilotavam a nave-mãe tinham sua parte de experiências a realizar, bem como numerosas missões fotográficas. Além disso, as mensagens de rádio enviadas pelos astronautas que estavam na Lua eram transmitidas a Terra pela nave-mãe. O público deve entender que os astronautas que não puderam andar na Lua merecem tanto respeito e crédito quanto os que andaram.
Apolo XVI: 16 a 27 de abril de 1972, aterrissou na Lua, e os astronautas Young e Duke realizaram experimentos na superfície. O astronauta Mattingly ficou orbitando a Lua, esperando o regresso de seus companheiros exploradores lunares.
Apolo XVII: 7 a 19 de dezembro de 1972. Foi a última missão Apolo de alunagem, o local de alunagem ficava no vale Taurus-Littrow. A tripulação da Apolo XVII era composta pelo astronauta Cernan, cientista astronauta Schmitt, e o astronauta Evans, que ficou circulando na órbita lunar.
João Pessoa, 29 de outubro de 2009.
*Pombalense e Promotor Público em João Pessoa - PB. scoelho@globo.com
A LUA E HOMEM. A LUA E HOMEM. Reviewed by Clemildo Brunet on 10/30/2009 03:38:00 AM Rating: 5

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