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POMBAL

Por Paulo Abrantes de Oliveira*
Há dias, neste blog tão visitado pelos leitores da nossa terra, publiquei com alegria, um artigo sobre o irmão de Galdino, de nome Geraldo Aquiles, filho do saudoso Afonso Mouta, do Cine Lux, que conheci na minha infância, e que foi, na época, um rapaz que se destacou pelas peraltices que fazia e que depois se tornou uma pessoa pacata, simples, amena e cortês. Outro dia, fiquei pensando comigo mesmo, as recordações de Pombal continuam as mesmas, no decorrer dos anos, entretanto os sentimentos é que se transformaram. O perpassar dos tempos não destruiu as lembranças da minha cidade natal e, quase como um milagre, as mantenho bem vivas no coração. Não posso esquecer nada de tudo o que se refira a minha infância; as atividades que desenvolvi com os colegas, vagabundeando pelas ruas, nos banhos de rio e no campo de futebol onde jogava na ponta direita do Panaty Esporte Clube, o que me dava como recompensa o conselho severo de meu pai, para não acontecer de quebrar a perna outra vez.
Há poucos meses, retornei àquela cidade depois de uma ausência muito prolongada. Emocionado, encontrei quase tudo aquilo que constituiu marco indelével de um passado que se encontra ligado a mim para sempre. A paisagem com que me deparei foi a mesma, muito pouco mudou. Andei pelas ruas, vielas e atalhos. Ressuscitei muita coisa que retive na memória. Foram momentos de emoção, ao mesmo tempo de tristeza e alegrias. Transformação alguma sofreu no período da minha ausência. Os personagens é que mudaram. Foi como se estivesse num lugar diferente. Rememorei, tal qual Joaquim Nabuco, depois de regressar ao seu Massangana, toda a gente do meu tempo. Vi figuras ilustres que dignificaram a terra. Homens que se impunham pela dignidade e respeito.
Varões que a esponja do tempo não conseguiu apagar porque ainda são venerados até hoje: Ruy Carneiro e Janduhi, Cel. Arruda e Cel. Avelino, Chico Pereira, Elry Medeiros, Dr. Atêncio, Dona Dalva Carneiro, Seu Napoleão Brunet, Seu Zuza Nicácio, Seu Lelé ( meu padrinho), Juca Arruda, Epitácio Queiroga, Dona Nena, Dr. Nelson Nóbrega, Zé Pretinho, Paulo Pereira, João Terto e Augusto Gervásio (meu pai), Filemon, Félix, Zé Ferreira e Ione(minha irmã), Seu Justo Ugulino, Seu Nicácio Arnaud e Hamlet, Dr. Lourival, Seu Avelino Queiroga, Dr. Wilson Seixas, Seu Delmiro Inácio, Orígenes e Veríssimo, Dr. Jerfesson Fernandes, Seu Vicente e Dona Maria Araújo, Saturnino e Zezinho Santana, Seu João Alfredo, Padre Luiz Gualberto, Padre Andrade e Padre Oriel Fernandes, Dona Sinhazinha e seu Santo Pereira, Dona Ana Benigno, Maria das Dores, Álvaro, Cândido, Joaquim, Deca, Dona Guiomar e Biró, da Rua do Comércio, etc.
Era um novo meio, um ambiente diverso daquele que deixei, o que me faz recordar velhas histórias e fazer conjecturas a respeito do espetáculo em que havia o que era bom e ruim para mim, coisas que me acompanharam pelos caminhos por onde tenho andado até hoje. Nos poucos dias da minha permanência ali foi para relembrar as aventuras do menino que fui, discípulo do aprendizado humano, na maioria das vezes bastante salgado, travoso, mas mesmo assim não trocaria, em hipótese alguma, por nada de bom porque às tenho ligados ao espírito e, sei perfeitamente, que permanecerá em mim ainda por muito tempo.
Pretendo, se Deus assim o permitir, noutra oportunidade, fazer nova visita aquele pedaço de chão, que considero sagrado, e me encontrar, mais uma vez, com Fan Arruda, Chiquinho Queiroga, Prof. Vieira, Eufrásio, Nininha, Alberto Bandeira, Kleber e Gracinha, Cadarço, Genival Severo, Jerdivan, Ignácio Tavares, Tia Elisa Abrantes e meus primos, com Francisco Dantas(Milico), Paulo Ney, Diana, Zuleide, Cessinha Benigno, Simone Salgado e Luizinha de Zuza, Dr. Onaldo e D. Márcia Queiroga, Des, Antonio Queiroga e Dona. Onélia, com Cessa Lacerda e Bibia, me encontrar com o menino que estudava no velho Ginásio Dicesano, aluno de Prof. Arlindo e Dona Sônia de Medeiros Ugulino e, jogava futebol no Estádio Vicente de Paula Leite.
*Escritor Pombalense, Engenheiro Civil e Professor Licenciado em Ciências pela UFPB.
POMBAL POMBAL Reviewed by Clemildo Brunet on 12/26/2009 09:33:00 PM Rating: 5

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