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ALESSANDRA MOURA DE MEDEIROS: Dois anos de saudades!

Alessandra (Foto)



(*) José Romero Araújo Cardoso



Quando você falava em Sousa seu rosto se iluminava como uma chama, parecia até que você ia explodir de felicidades, era como se a paz estivesse se instalado de imediato em seu coração. A cidade sorriso, sem sombras de dúvidas, era sagrada para você, assim como é para mim, mas no seu caso era mais intensa a relação, pois nasceste nesta terra linda e exuberante às margens do rio do Peixe.
Ah, Alêzinha, quantas saudades, quantas dores, quantos sofrimentos nesses dois anos de sua partida, no dia primeiro de junho de 2008, às 1:30 da madrugada, justamente em Sousa, cidade que tanto amaste, tantos pensamentos dedicaste, tantas reflexões bonitas ficaram em seu diário, em suas anotações.
Quando chegava o fim de semana era difícil encontrá-la em Pombal, pois até parecia que você era tomada por um frenesí, uma vontade incontrolável de arrumar suas coisas e ir de encontro ao seu grande amor, a cidade de Sousa.
Nem sei contar quantas vezes cheguei atrasado ao curso de computação onde você ministrava aulas, para dar-lhe um abraço, quando chegava a Pombal, vindo de Mossoró, devido sua ânsia para ir correndo rever seus amigos e familiares em Sousa. Inúmeras vezes, incontáveis vezes.
Seu sorriso franco e meigo era simplesmente divino, parecia luz saída de um conto de verão, ou então emanada diretamente dos céus. Alê, você era um anjo de amizade, de respeito e de ternura. Você era o encanto em forma de gente, uma flor que enfeitou Pombal e Sousa.
Tão jovem, meu Deus, tão cheia de planos, tão sonhadora. Força era o que não faltava, pois nós, seus amigos sinceros, sempre torcíamos pelo seu sucesso, pela sua vitória em cada empreendimento, em cada plano, em cada projeto.
A última vez que nos falamos foi pela internet. Pelo msn você me disse estar ansiosa pela grande festa que seria o Sousafolia há dois anos. Não sei o motivo, mas naquele dia senti um arrepio percorrendo minha espinha, um pressentimento qualquer, não sei.
Não fui informado do que houve de imediato, apenas achei estranho quando entrei no orkut de alguns amigos em comum, de Pombal, e vi “LUTO” nos profiles. Fiquei desesperado, tentando saber o que estava acontecendo. Lecygley me deu a triste notícia. Quase não acreditei e chorei copiosamente, chorei demais, não era possível que aquilo tivesse acontecido.
Depois seus parentes, residentes em Mossoró, me contaram o que houve, a dor aumentou, a saudade recrudesceu, não era possível que minha amiga tinha partido daquela forma, pois você era um anjo Alêzinha, um anjo de bondade, um anjo de ternura e de meiguice. Seus familiares me disseram que seu corpinho serviu de isolamento, evitando que outras pessoas fossem vítimas da descarga elétrica. Até nisso você foi especial Alêzinha, até nisso, até na hora da partida você foi boa, evitou que outras pessoas morressem.
As lágrimas que já rolaram e rolam dos meus olhos são pedindo a Deus para que estejas nos campos floridos do paraíso celestial, pois apenas quem a conheceu sabe a grandeza da sua personalidade, a grandeza de sua figura humana ímpar.
A saudade que você deixou não tem como dimensionar, impossível, nada em Pombal é o mesmo depois de sua partida. Nem a festa do Rosário, quando a gente ia chupar abacaxi perto da roda gigante tem o mesmo sabor, impossível de ter, impossível minha querida amiga Alessandra Moura de Medeiros, minha amiga Alêzinha, minha menina-moça que sonhava, que adorava a vida, que amava os amigos, que amava o sertão, que amava Pombal e amava Sousa.
Desculpa Alêzinha, não tenho mais condições de prosseguir nesta homenagem, veja só, estou chorando minha querida, puxa vida, estou chorando, as lágrimas rolam dos meus olhos da mesma forma quando soube do que houve.
Deus Grande Arquiteto do universo acolha minha amiguinha, nunca a desampare, diga a ela que nós a amamos e sentimos muitas saudades a cada dia que passa, pois a dor da perda só é confortada com a certeza que nossa Alêzinha está à Sua Direita, lugar dos justos e dos bondosos!
(*) José Romero Araújo Cardoso, com muito orgulho amigo de Alessandra Moura de Medeiros (Alê), vítima de descarga elétrica há dois anos, no dia primeiro de junho de 2008, quando da realização do Sousa Folia
ALESSANDRA MOURA DE MEDEIROS: Dois anos de saudades! ALESSANDRA MOURA DE MEDEIROS: Dois anos de saudades! Reviewed by Clemildo Brunet on 5/16/2010 05:55:00 PM Rating: 5

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