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FESTA DO ROSÁRIO - MISTO DE FÉ E CALOR HUMANO.

Prof. Vieira
POR FRANCISCO VIEIRA*

Muito bem falou quem chamou nossa mais tradicional festa religiosa de Festa do Encontro – e do Reencontro – prá ser mais preciso. No mínimo, uma denominação sábia e coerente. De fato, além do cunho religioso, a Festa do Rosário de Pombal em seu caráter social apresenta ampla conotação amistosa.

Sob o prisma de uma visão amistosa a Associação dos Amigos e Filhos de Pombal realiza anualmente por ocasião da festa, o encontro dos filhos da Terra de Maringá, momento em que prestigia personalidades e entidades que fizeram nossa história. Assim, foi que neste ano, em sua 19ª edição, prestou justa e merecida homenagem ao Lord Amplificador, serviço de alto-falantes que funcionou em Pombal nos anos de 1960 a 1980, graças à garra do seu idealizador Clemildo Brunet, personagem que se tornou referência na radiofonia no estado e além fronteiras, cujo trabalho fez por merecer a Medalha Epitácio Pessoa – maior condecoração – outorgada pela Assembléia Legislativa da Paraíba.

O Encontro dos Filhos de Pombal é um momento ímpar que se repete a cada ano. É como se fosse o primeiro, o único ou derradeiro. Em síntese, é algo inexplicável e indescritível, portanto, impossível transmitir em palavras sua importância, salvo os poetas que são privilegiados de Deus.

Ratifico, foi deveras um momento ímpar. Momento de confraternização entre amigos vindos de lugares diversos e distâncias quilométricas, superadas pelo amor filial e o desejo de voltar a terra mãe. Formou-se uma multidão que se aglomerava tal qual peixes em piracema. Cada um procurava o melhor lugar e o melhor jeito para com espontaneidade abraçar o amigo que não via há anos e esbanjar a intensa alegria expressa no semblante de cada um. Os braços se entrelaçavam em abraços e apertos de mão que se misturavam as gargalhadas pelas histórias do passado trazidas para o presente.

Inserido nesse clima contagiante revi amigos, fortaleci amizades, relatei fatos. E por falar em amigos lembro que as amizades de infância são como sementes em solo fértil, resistem ao tempo, portanto, perduram para sempre. O bom é que se fortalecem a cada reencontro. Assim, foi que revivi a alegria e a felicidade de reencontrar amigos como os irmãos Maciel e Massilon Gonzaga, Zé Coelho, Paulo e Carlos (Carlito) Abrantes, Severino Coelho, Verneck. Que honra ter assistido o lançamento do livro “EM UM LUGAR CHAMADO POMBAL”, obra dos ícones da literatura pombalense Inácio e Jerdivan Tavares. Que bom o contato com o inesquecível amigo de infância Verneck a quem chamo Nequinho de Lelé, como nos velhos tempos. Enfim, quão grande e maravilhosa foi a surpresa em rever José Geraldo (Zé de Anália) e João Costa (João de Chicó), os quais não os via há aproximadamente 40 anos. Sem desmerecer foi bom rever a todos, inclusive aqueles que vemos freqüentemente. O bom mesmo é o prazer de revê-los. Pena que passa tão rápido. Talvez por isso aumente em nós a ansiedade de um novo encontro no próximo ano. Afinal, a Festa do Rosário é como vinho, quanto mais velho mais gostoso.

Bem, fico por aqui alegre e saudoso, contudo, confiante em DEUS de estar presente no próximo ano onde viverei novas e inesquecíveis emoções. Portanto, vou esperar. Vou iniciar a contagem regressiva com a mesma ansiedade com o que o carioca espera o próximo carnaval.

Até lá, se Deus quiser, quando renovaremos esse misto de fé e calor humano.

Pombal, 12 de outubro de 2010.
*Professor, Ex Diretor da Escola Estadual João da Mata e Ex Secretário de Administração Municipal de Pombal.
FESTA DO ROSÁRIO - MISTO DE FÉ E CALOR HUMANO. FESTA DO ROSÁRIO - MISTO DE FÉ E CALOR HUMANO. Reviewed by Clemildo Brunet on 10/13/2010 06:05:00 AM Rating: 5

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