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VELHOS TEMPOS, BONS TEMPOS!

Genival Torres Dantas
Genival Torres Dantas*

Esse último final de semana não foi muito diferente dos demais até que comecei a ler os jornais de várias regiões e pude verificar o tema do momento, a maioria dos colunistas políticos focando copa do mundo de 2014 e o ministério do esporte, desautorização da FIFA do ministro Orlando Silva, para tratar do encaminhamento da copa, saia justa para a presidente Dilma, decepções, especulações um verdadeiro absurdo para um país que tem pretensões de fazer a melhor copa do mundo de futebol.

E, em falando de copa do mundo e decepções a primeira imagem que vem na nossa cabeça é a foto do goleiro Barbosa, quando do segundo gol do Uruguai na final no maracanã, desolação total, e a frase: “silêncio ensurdecedor”, depois de 61 anos continua a nos lembrar do nosso grande fracasso no futebol, era exatamente 16 de julho de 1950.
Goleiro Barbosa
O Brasil que vinha de duas vitorias espetaculares, 7x1 contra a Espanha e 6x1 nos suecos, nos bastava o empate, e a história nos conta que o mundo desmoronou sobre a cabeça do esquadrão que contou na final com: Barbosa, Augusto, Juvenal, Bauer, Danilo, Bigode, friaça, Zezinho, Ademir, Chico e Jair, Flávio Costa era o técnico.

Lembrei de uma pesquisa sobre a quinta participação do Brasil em Copa do Mundo, em 1954, quando o técnico Zezé Moreira montou uma seleção para ir à Suíça com os craques da época: Castilho, Djalma Santos, Pinheiro, Brandãozinho, , Bauer, Nilton Santos Julinho, Didi, Baltazar, Pinga e Rodrigues. Mais um fiasco da seleção brasileira, o destaque da Hungria e a Alemanha campeã.
Procurei melhorar o dia, buscando algo para ler, e na internet me deparei com algo mais ameno, entrei no blog do Clemildo Brunet de Sá, lá estava um assunto que me interessou e me fez mergulhar no passado definitivamente, mas, agora, com motivo alegre, embora nostálgico e cheio de fortes emoções: aniversário de dona Hermelinda de Souza Rocha, uma das minhas professoras, da infância e inicio da adolescência, pelas quais tenho profundo respeito e admiração, além da gratidão, pois, se hoje sou um homem com formação voltada para minha família, minha terra e meus amigos, devo aos meus pais e aos meus mestres que foram a base de tudo.

Voltando ao final dos anos 50 e inicio dos anos 60, rascunhos vieram de 1958, quando da copa do mundo na Suécia e a imagem da alegria daquela gente nordestina que tinha como contato com o evento apenas às ondas do rádio, médias e curtas da rádio Clube de Pernambuco, a emissora mais ouvida na minha casa, lembro ainda do Tavares Maciel com seu programa patrocinado pelas Casas Araujo, onde quem mandava era o freguês.
Mas, continuando com copa, o empresário paulista Paulo Machado de Carvalho, chefiou a delegação que tinha até psicólogo, Vicente Feola como técnico e a seguinte formação vitoriosa, entrando em campo na final com: Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Zito, Didi, Garrincha, Pelé, Vavá e Zagallo.

Começava ali a caminhada brasileira em busca da hegemonia mundial no campo do futebol. Busquei a sequência daquele novo rumo e a confirmação do nosso triunfo com o primeiro título mundial.

No Chile, em 1962, mesmo não podendo contar com Pelé, machucado no segundo jogo, contra a Tchecoslováquia, o seu substituto correspondeu à expectativa gerada nos brasileiros responsáveis pelo bi campeonato, comandados pelo mesmo Paulo Machado de Carvalho, agora tendo no comando técnico o Aymoré Moreira, o bi campeonato foi conquistado por: Gilmar, Djalma Santos, Mauro, Zózimo, Nilton Santos, Zito, Didi, Garrincha, Vavá, Amarildo e Zagallo.
Em 1966 mesmo sendo uma seleção favorita ao tri, na Inglaterra, malogramos diante de Portugal e fomos eliminados com uma equipe sem personalidade, quando o técnico que retornava ao comando não deu um padrão de jogo, Vicente Feola, responsável pela nossa primeira conquista em 1958, não teve fôlego, a pressão dos cartolas era muito grande, o resultado foi um hiato provocado pela eliminação. Na realidade a historia nos relata que efetivamente faltou comando à nossa seleção composta por: Goleiros – Gilmar e Manga; Zagueiros – Fidélis, Djalma Santos, Bellini, Brito, Orlando, Altair, Rildo e Paulo Henrique; Meias – Denílson, Zito e Gerson; Atacantes – Jairzinho, Garrincha, Alcindo, Tostão, Silva, Pelé, Edu e Paraná.

Finalmente chegamos ao ano de 1970, dessa época não há necessidade de pesquisas, vivemos a história dessa copa vendo os jogos pela televisão em preto e branco, a televisão em cores foi implantada em 1972. A seleção comandada por Mario Jorge Lobo Zagallo foi ao México buscar o tri campeonato com os seguintes convocados: Goleiros – Felix, Ado e Emerson Leão; Zagueiros – Brito, Piazza, Carlos Alberto, Marco Antonio, Baldocchi, Fontana, Everaldo, Joel e Zé Maria; Meias – Clodoaldo, Gerson, Rivelino e Paulo Cesar Caju; Atacantes – Jairzinho, Tostão, Pelé, Roberto Miranda, Edu e Dada Maravilha.

Esse foi o primeiro ciclo vitorioso do Futebol brasileiro, depois dessa fase, à grande maioria dos leitores sabem o que aconteceu, estão acompanhando e fazendo a historia desse esporte fantástico praticado e acompanhado de perto pelos brasileiros.

*Pombalense, ex-integrante do Lord Amplificador, atualmente Empresário Industrial bem sucedido em Navegantes –SC.
VELHOS TEMPOS, BONS TEMPOS! VELHOS TEMPOS, BONS TEMPOS! Reviewed by Clemildo Brunet on 10/24/2011 06:29:00 PM Rating: 5

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