O QUE FOMOS, SOMOS E SEREMOS

Genival T. Dantas

GENIVAL TORRES DANTAS*

A terra com 4.5 bilhões de anos, com possibilidade de existir por mais 500 milhões de anos, é o terceiro planeta em aproximação com o sol, o quinto maior do sistema solar e o único corpo celeste onde existe vida, essa vida que surgiu depois de 1 bilhão de anos após a formação do planeta.

No inicio a população cresceu em ritmo lento, consta que por volta de 2000 anos atrás tínhamos 300 milhões de habitantes e esse número de pessoas dobrou depois de 1600 anos DC.

Em 1750, portanto, 150 anos depois, já éramos 791 milhões de seremos humanos e levamos mais 52 anos, aproximadamente, para atingirmos o número histórico de 1 bilhão de habitantes. Éramos um povo nômade em busca da sobrevivência a margem dos rios e encostas dos oceanos. Passados 125 anos, em 1927, dobramos o número e chegamos aos 2 bilhões.

Levamos apenas 34 anos, ano de 1961, para atingirmos os 3 bilhões de seres humanos. Nessa fase iniciamos um novo comportamento, formando grandes cidades, despovoando os campos e acentuando-se verdadeiros agrupamentos de moradias sub-humanas, quando o homem foi em busca de oportunidades na indústria, responsável pelo consumismo desordenado.

Era 1974, em 13 anos apenas, atingimos 4 bilhões de pessoas no planeta terra, o Brasil ultrapassava seus 107.14 milhões de torcedores. Mais 13 anos, em 1987 chegávamos aos 5 bilhões, o Brasil atingia a marca dos 136.56 habitantes, e conquistando com Nelson Piquet o tricampeonato da fórmula 1.

1999, ano em que o mundo chegava aos seus 6 bilhões e o Brasil atingia o número de 163.94 habitantes, e na noite de 11 de março, grande parte do território nacional conhecia o segundo maior apagão da sua história do Brasil.

Finalmente, 2011, madrugada do primeiro dia do mês de novembro passamos a ser 7 bilhões de seres humanos, levamos apenas 12 anos para atingirmos essa marca. E agora, o que contabilizar, o que fizemos de positivo e negativo nesse crescimento, nesse inchaço, e na evolução que tivemos em tantos setores da vida, nos transformando em ocupantes de um planeta explorado, dilapidado em suas reservas minerais e vegetais, na ocupação desordenada e irresponsável por nós que nos dizemos e nos achamos tão racionais. Já começamos a formar mais um novo contingente de 1 bilhão, em pouco tempo seremos 8 bilhões, quando chegarmos aos 13 bilhões entraremos na faixa de risco, limite para o equilíbrio da humanidade, o planeta pode entrar em colapso, estudos nos direciona para essa posição.

Com a melhoria nas condições sociais, o que antes era um problema, a fome, hoje temos novos fatores de risco para a humanidade, passamos a consumir mais alimentos, principalmente nos países emergentes sem nenhuma educação alimentar, isso desencadeia problemas de saúde, o que já ocorre em países desenvolvidos, obesidade e cardiovasculares, problemas que assolam grande massa da população.

No contraponto temos a escassez de alimentos por falta de uma logística racional, por essa e outras razões ainda temos um grande número de miseráveis e famintos espalhados principalmente nos países africanos. Não esquecendo que aqui no Brasil, apesar dos esforços na área social ainda temos setores de pobreza bem próxima a miséria. Ainda, problemas na área do narcotráfico que para superar é necessário um esforço dos poderes constituídos, massificando a educação aos jovens favelados nos grandes centros, com uma proposta de socialização e trabalho junto aos menores a partir dos 14 anos.

Para termos um mundo mais justo se faz necessário que sejamos justos com o próprio planeta, respeitando seus limites, não sugar seus nutrientes sem repô-los, com correções do solo, não poluindo seus mares, toda vez que jogamos lixo ao mar estamos depositando no seu fundo as sujeiras e por conseqüência elevando o nível das águas independentemente do degelo tão comum ultimamente. Estamos sendo responsáveis e ao mesmo tempo não estamos sendo responsabilizados pelas tragédias nos últimos tempos, todos nós temos que ouvir os gritos de lamento da natureza, e cada um, e em conjunto, formarmos um exército em defesa do que ainda resta dessa terra maravilhosa que nos acolheu e está nos acolhendo durante a nossa rápida passagem por aqui.

*Pombalense, Empresário em Navegantes SC.