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A DIFÍCIL LUTA DA SOBREVIVÊNCIA!

Genival
Genival Torres Dantas*


Chegamos ao final de mais um ano, no próximo domingo teremos um novo ano se iniciando, novos sonhos e objetivos na mira de todos nós. Não podemos esquecer que o resultado colhido em 2011 foi fruto de um processo evolutivo das administrações passadas, e o resultado do próximo ano será o empenho desprendido até hoje.

No mundo tivemos um ano difícil, crise financeira, principalmente na Europa, onde o euro impôs o ritmo desacelerado das economias nos países que adotaram aquela moeda. Esse fato contribuiu com o resultado negativo em outros continentes, levando a recessão aos povos de muitas economias até então considerada estáveis.

O Brasil se manteve cauteloso e firme, principalmente por ter conseguido gorduras, na sua economia, graças ao bom desempenho das nossas autoridades da área econômica, para poder queimar em situações desconfortáveis, o que aconteceu na realidade.

Fomos o destaque na economia mundial, conseguimos o 6° lugar entre as grandes potencias com um PIB (Produto Interno Bruto) de US$2.246.079 bi, desbancamos o Reino Unido. Muito embora o nosso PIB per capita tenha apresentado números modestos, US$10.710 mil, figurando na 82ª colocação, temos que comemorar o resultado nunca antes obtido. Até então tínhamos uma 8ª colocação no regime militar e estávamos num honroso 7° lugar até ser anunciado os últimos resultados.

Essa é a notícia boa para o Brasil, entretanto, temos de fazer muitos ajustes para melhorarmos como país potencia nos próximos anos, segundo o próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, para alcançarmos padrão europeu, precisamos triplicar nosso salário mínimo, fazendo uma distribuição de renda mais justa. Melhoramos bastante graças ao plano real, iniciado no governo Itamar Franco, implementado no Governo Fernando Henrique Cardoso, mantido e ampliado no governo Lula, e seguido pelo governo Dilma.

Infelizmente o Brasil vive uma crise tão ruim ou pior que a crise financeira que é a crise moral, o que ainda é mais grave, dentro dos três poderes constituídos.

O nosso poder executivo depois de um ano de crise nos seus ministérios, com a saída de sete ministros, seis dos quais envolvidos em escândalos de irregularidades diversas, por força das contingências políticas, muitos dos seus ministros vão disputar eleições no próximo ano, a presidente Dilma vai ter que fazer substituições.

Essas substituições vão mexer com os partidos da base aliada que vem dando sustentação política ao governo Dilma. Essa é uma grande oportunidade que a presidente tem para enxugar a máquina, eliminando alguns ministérios que não se justificam, alguns pela absoluta falta de desempenho dos seus titulares, outros pela sobreposição com outras pastas, existindo apenas como cabide de emprego, trazendo custos para o governo e problemas para a máquina administrativa como um todo.

O legislativo se mantém fiel ao executivo em troca de cargos e verbas. O poder central, executivo, tem 83% de apóio do congresso, número significativo para manter a governabilidade sem risco, mas, com um custo muito alto para a nossa população. Se os desvios de verbas fossem aplicados nos projetos originais certamente teríamos um país melhor e mais decente, sem essa vergonha que nos acompanha por tantos governos e décadas.

A oposição com apenas 17% de congressistas e poucos representantes de peso, como em outras ocasiões, se debate e nada pode fazer, e sem esses fiscais, oposição, para acompanhar o trabalho do executivo, fica difícil a cobrança e levantamento de dados para julgamento da história no futuro.

O Judiciário entrou num processo nada convencional se envolvendo em conflito institucional, colocando sob suspeita a isenção dos magistrados ao julgar seus próprios pares, é lamentável que isso ocorra exatamente naquele poder, e nesse momento, onde toda a população espera respaldo jurídico para os problemas que envolvem os outros dois poderes mergulhados numa crise moral sem precedentes.

Assim, parte da população brasileira luta desesperadamente para conseguir sobreviver às suas próprias crises, sem interferência do Estado, com problemas relacionados de casos fortuitos e da natureza, com secas e enchentes regionais, famílias tentando recuperar seus filhos viciados e adotados pelo mundo do crime e da miséria humana, na esperança que no próximo ano suas preces sejam ouvidas, por quem de direito, e todos façam parte desse Brasil legal, com chances reais de acompanhar o ritmo do desenvolvimento sustentado e desejado por todas as nações de um mundo globalizado nos problemas, soluções, fé e esperanças.

*Pombalense e Empresário em Navegantes SC
A DIFÍCIL LUTA DA SOBREVIVÊNCIA! A DIFÍCIL LUTA DA SOBREVIVÊNCIA! Reviewed by Clemildo Brunet on 12/27/2011 11:20:00 PM Rating: 5

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