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O TEMPO É IMPLACÁVEL

Genival Torres Dantas
Genival Torres Dantas*


Em 03 de julho de 1822 o Príncipe Regente, Dom Pedro iniciava a formação do seu ministério com a denominação de Secretaria de Estado de Negócios da Justiça, dava-se inicio a história da formação dos ministérios, secretarias e órgãos, com status de ministério, diretamente ligados, inicialmente ao Regente e depois, com a implantação da República, ao Presidente.

A vida política brasileira registra 40 presidentes, contando com a Presidente Dilma, muitos dos ministérios não resistiram ao tempo e foram extintos ou agrupados. Muitos foram os ministros que não conseguiram chegar ao final do mandato dos seus respectivos chefes e foram exonerados antes do prazo previsto.

No inicio do primeiro governo de Getúlio Vargas, de 03/10/1930 até 29/10/1945 tínhamos uma formação ministerial constituído de 10 ministérios, 1 secretaria e 2 orgãos com status de ministério.

Hoje temos uma formação ministerial constituída de 24 ministérios, 9 secretarias e 6 orgãos com status de ministério.

Durante os primeiros 6 meses do mandato da Presidente Dilma tudo parecia um mar de calmaria, na seqüência, nunca antes visto nesse país, começa a onda de denuncismo, principalmente pela imprensa que se portou como um vigilante atento ao comportamento de alguns ministros, com levantamento de dados, apresentando números, colocando em questão a honra de alguns ministros, chegando ao limite do pedido de demissão, por parte do titular da pasta, com substituição imediata, sendo o cargo ocupado por outro indicado do mesmo partido político do ocupante anterior, exceção do Ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), único Ministro que caiu, em 04/08/11, sem nenhuma denuncia ao seu comportamento, substituído por Celso Amorim do PT.

O cronograma das exonerações, dos ministros denunciados, por pedido de demissão pelos próprios ocupantes dos respectivos cargos teve as seguintes datas: Em 07/06/11 cai Antonio Palocci (PT), Casa Civil, substituído por Gleisi Hoffmann (PT); 06/07/11, sai Alfredo Nascimento (PR), Transporte, entra Paulo Sérgio Passos (PR); 17/08/11, sai Wagner Rossi (PMDB), Agricultura, entra Mendes Ribeiro (PMDB); 14/09/11 sai Pedro Novais (PMDB), Turismo, entra gastão Vieira (PMDB); 26/10/11, sai Orlando Silva (PCdoB), Esporte, entra Aldo Ribeiro (PCdoB). Finalmente, em 04/11/11, sai Carlos Lupi (PDT), Trabalho, assume o secretário geral da Pasta, Paulo Roberto dos Santos Pinto (PDT).

A exoneração dos ministros denunciados teve um padrão curioso, primeiro havia a denúncia, depois a oposição considera o fato um escândalo, o ministro procura se defender e tinha o apoio da base aliada, as evidencias vão minando as forças do acusado e finalmente há o pedido de demissão aceito pela Presidente. A seqüência desses fatos chegou a ser enfadonho pois, parecia que a história de repetia.

Existe ainda dois ministros denunciados que devem seguir até a reforma, caso continuem no governo, que está por vim em janeiro próximo, segundo especulações, Ministro das Cidades, Mario Silvio Mendes Negromonte (PP) e Desenvolvimento, Ind e Com Exterior, Fernando Pimentel (PT).

Torcemos para que o próximo ano seja iniciado com mais tranqüilidade para nossa administração federal, pois, o tempo não perdoa nossos erros e é implacável para aqueles que persistem nas suas atitudes de cunho duvidoso e repetitivo, além disso, 2012 será um ano de eleições municipais, o povo está mais esperto que antes, a grande quantidade de informações que chegam aos mais distantes pontos do país é enorme, ainda bem.

*Pombalense, Empresário em Navegantes SC.
O TEMPO É IMPLACÁVEL O TEMPO É IMPLACÁVEL Reviewed by Clemildo Brunet on 12/13/2011 07:09:00 PM Rating: 5

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