SEIS DE DEZEMBRO: DIA NACIONAL DO EXTENSIONISTA RURAL

Verneck Abrantes

Síntese histórica de datas.

O trabalho de Extensão Rural teve seu inicio nos primórdios do ano de 1948, com a criação da ACAR-Associação de Credito e Assistência Rural, em Minas Gerais.

Em 1955 surge a ANCAR-Associação Nordestina de Crédito e Assistência Rural, com sede em Recife-PE, centralizando os trabalhos de oito Estados, inclusive a Paraíba.

Em 1964 o serviço de Extensão Rural da Paraíba transforma-se em associação independente, filiada a ABCAR-Associação Brasileira de Credito Assistência Rural, com sede no Rio de Janeiro.

Em 1975 é criada a EMBRATER-Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural, em substituição a ABCAR, e com sede em Brasília-DF. No mesmo ano ocorre a formalização da EMATER Paraíba, como instituição de Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, com dois objetivos básicos:

I – Colaborar com os órgãos competentes da Secretaria da Agricultura e Abastecimento e do Ministério da Agricultura na formalização e execução das políticas de assistência técnica e extensão rural.

II – Planejar, coordenar e executar programas de assistência técnica e extensão rural, visando à difusão de conhecimentos de natureza técnica, econômica e social, para aumento da produção e produtividade agrícola e a melhoria das condições de vida no meio rural do Estado da Paraíba, de acordo com a política de ação dos Governos Federais e Estadual.

Em 1990, ocorre à extinção da EMBRATER, ficando as EMATERs na responsabilidade dos Go-vernos Estaduais e, no mesmo ano, é criada a ASBRAER – Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural, com sede em Brasilia-DF.

Hoje, um pouco da EMATER-PB.

Inicialmente, os trabalhos da EMATER diziam mais respeito à transferência de tecnologias agropecuária e gerencial, emanados pelos serviços de pesquisas. Um trabalho que foi até então questionado pelo educador Paulo Freire, quando escreveu o livro: Extensão ou Comunicação? Que tinha como resposta a negatividade à Extensão e aprovação da Comunicação. Hoje, no processo de mudança institucional, sabemos que o significado de Extensão Rural difere do tempo escrito por Paulo Freire. O trabalho do Extensionista, hoje, flexibiliza a educação informal colhendo frutos na comunicação, na reciprocidade do diálogo com os agricultores(as), abolindo o difusionismo tecnológico, quando se volta para o construtivismo das ações no campo, socializando o conhecimento científico e os conhecimentos dos agricultores(as) no desenvolvimento regional, conseqüentemente, animando transformações no meio rural através da: Organização e inclusão social, saúde e educação informal, organização da produção para comercialização, acesso a serviços e políticas publicas, manejo integrado e sustentável de sistemas agroambientais, agricultura orgânica, entre outras atividades variáveis.

Assim, ao longo dos anos, A EMATER-PB vem se destacando como instituição publica, estabe-lecendo uma trajetória institucional vencedora, se identificando com os valores éticos dos trabalhadores(as) rurais, considerando suas diferenças e desigualdades, respeitando e aplicando bem os recursos públicos, zelando pelo seu patrimônio humano e material.

Nesse 06 de dezembro, ressaltamos o Serviço de Extensão e seus abnegados Extensionistas Rurais. 64 anos nos contempla nessa epopéia de luta, força e energia junto aos Trabalhadores Rurais do Brasil.