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E A LUTA CONTINUA

Genival Torres Dantas
Genival Torres Dantas*

Passado a ressaca das festas do final do ano voltamos ao ritmo normal da vida com todos os nossos problemas, sonhos e ambições.

Começa hoje nos EUA a corrida à Casa Branca, Republicanos, oito pré-candidatos, se lançam na tentativa de ganhar votos dos seus simpatizantes para concorrer em 06 de novembro próximo com o atual presidente, e por isso, como é candidato natural do seu partido, e por ser reeleição, não há necessidade de primárias para ele.

Nesse jeito diferente da nossa realidade democrática os americanos em 222 anos já escolheram 44 presidentes: professores, generais, protestantes, um negro e um católico (John F. Kennedy). Nesse ano a luta vai ser dura tanto para os Democratas, situação, quanto para os Republicanos, oposição, principalmente, pelo fato do ano de 2008 ainda não ter acabado, com toda sua tragédia econômica e ter trazido seqüelas não só para os americanos, como para a economia mundial.

Na Europa os países, total de 17, com a crise do Euro, que resiste a todas as tentativas de solução, principalmente pela Alemanha e França, que buscam incessantemente uma luz no fundo do poço para que volte a esperança de um reequilíbrio das suas economias, entram 2012 com sinais de cansaço, uma preocupação enorme toma conta de todos seus governantes, e o resto do mundo, por conseqüência, fica apreensivo.

Nos países emergentes, BRICS, está concentrada toda esperança de apoio aos países em crise, mas, tudo vai depender da recuperação da economia dos seus membros, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O Brasil encerrou o último trimestre com sua economia desacelerada.

A indústria chinesa dá sinas de fraqueza, isso é preocupante, pois, trata-se de grande importador de comodities, sendo o Brasil um dos seus principais fornecedores.

A índia se apresenta mais exposta às dificuldades dos mercados, necessitando de financiamento externo em decorrência do seu grande déficit da sua conta corrente.

Observando o Brasil isoladamente vamos ter um ano de muitos acertos.

Rússia e África do Sul vão se mantendo sem grandes preocupações, principalmente pela coerência na administração das suas economias com fatores de riscos menores.

A Presidente Dilma no seu retorno das férias vai ter que fazer ajuste na sua administração, trocando alguns ministros por conta de algumas candidaturas, teremos eleições municipais neste ano, viabilizar o projeto para a efetivação, ou continuidade, das obras para realização da copa de 2014 e olimpíadas de 2016, provocar um crescimento da nossa economia, quase parada no final do ano, e tornar possível à harmonia entre os três poderes que chegou ao final do ano bastante desgastada por uma série de fatores bem conhecidos por todos nós. Entretanto, nas reformas que já estão atrasadas, tanto na previdência pública como na área trabalhista e política, assuntos delicados, porém necessário que se coloque em pauta para uma solução mesmo que com todas as dificuldades já previstas.

No legislativo, depois do encerramento dos trabalhos no último final de ano com o vergonhoso jogo político, quando o executivo, a União, cedeu e teve que liberar R$300 milhões tanto para sua base aliada como para a oposição, Comissão Mista de Orçamento, para que fosse aprovado o orçamento de 2012.

Muitos projetos encontram-se no legislativo para aprovação, dentre os mais polêmicos podemos citar alguns que estão na fila: Projeto de reforma administrativa do Senado, Pedido de vista com o Senador Pedro Simon, o que adiou a votação para esse ano; Projeto de lei do ato médico, estabelecendo atividades que cabem exclusivamente ao médico; PEC que exige diploma de graduação em comunicação social para exercício da profissão de jornalista; Projeto anti-homofobia, que criminaliza a descriminação motivada na orientação sexual; Proposta que disciplina o poder do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para processar e punir juízes; e o novo Código Florestal, considerado prioritário pelo presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS).

Ainda tem um projeto apresentado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) que tenta impedir a formação de partidos de aluguel, estabelecendo prazo de cinco anos entre o registro do partido e o lançamento de candidaturas sob esta sigla.

Afora isso, existem situações de conflitos mesmo dentro de agremiações, da base aliada, caso específico do PMDB que tenta derrubar seu líder, senador Renan Calheiros (AL) e substituí-lo por um novo líder, desde que não seja o recém-empossado, senador Jader Barbalho (PA), já cogitado para o posto, tido para os opositores ao atual líder como continuação da atual liderança, pois, ele faz parte do grupo do senador Renan.

Só esperamos que o bom senso prevaleça entre os políticos, e pavimentem estradas que os levem aos ajustes sociais tão necessários ao nosso povo e não construam muros que venham dificultar o acesso da população aos seus direitos mais justos, como segurança, saúde, educação, e acima de tudo, dignidade humana.

*É Pombalense e Empresário em Navegantes SC.
E A LUTA CONTINUA E A LUTA CONTINUA Reviewed by Clemildo Brunet on 1/03/2012 06:29:00 PM Rating: 5

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