JERDIVAN NÓBREGA: O OBSTINADO ESCRITOR POMBALENSE!
Clemildo Brunet |
POR CLEMILDO
BRUNET*
Seu aniversário é hoje 23 de outubro?
Parabéns amigo véio Jerdivan Nobrega Araujo, um degrau a mais na sua vida,
faz-nos lembrar da grande contribuição que o nobre pesquisador e escritor tem
dado em todos esses anos, à História, Cultura e conhecimento para nossa gente.
Parabéns, feliz Aniversário, amigo e parceiro do blog www.clemildo-brunet.blogspot.com
Eis
a nossa homenagem ao pesquisador e
escritor “Jerdivan Nóbrega de Araújo”.
O que nos sugere colocarmos
o título acima é justamente a maneira do humor sutil como Jerdivan escreve as
histórias relacionadas a Pombal. Jerdivan nasceu aqui, viveu as décadas de 60 e
70, antenados aos acontecimentos, ouvindo histórias e acompanhando a política
cultural da nossa terra. Nos seus escritos ele conseguiu abrir para nós a
janela do tempo com suas crônicas de fácil entendimento.
Jerdivan Nóbrega de Araújo é
filho do casal Félix Tavares de Araújo (In Memoriam) e Gildethe Nóbrega de Araújo.
Formado em Direito, pesquisador profundo da história de Pombal, funcionário dos
Correios e Telégrafos, membro efetivo do grupo de estudos Benigno Cardoso
dArão, onde publicou diversos títulos, sempre com o apoio do diretor da coleção
mossorense.
Com maestria de hábil escritor, Jerdivan sabe narrar
fatos interessantes que envolvem pessoas, lugares, organizações e patrimônios
históricos da velha Pombal.
O Livro “Sob o Céu Estrelado de Pombal” fragmentos
recompostos, “os relatos” diz Verneck Abrantes, na apresentação da obra: “São
mistos de emoção, humor, clareza e marcados pela verdade dos fatos, assim,
dar-se mais um significativo passo para a memória pombalense, ávida de
registros, do contrário, poucos poderiam compreender o significado do amor que
se tem pela terra, especialmente aquele que nela nasceu, viveu e um dia
partiu”.
Já o autor nesse livro em um capítulo que tem
o título Ganhando o Mundo sem Perder Pombal, ele conta em um trecho o
sentimento de saudade e melancolia: “Não houve tempo de me despedir dos amigos.
Ainda Chegamos a combinar um rubacão na oiticica de Ana, mas não foi possível”.
Na viagem ele fazia planos de sua vida na nova
e estranha terra. E pensou em pelo menos passar dez anos sem vir a Pombal. E no
final do capítulo arremata: “Esquecer o passado é morrer em vida. É negar a
própria existência... Esquecer a cidade onde nascemos, os amigos, os folguedos
e as peripécias de criança é se tornar parte das pedras que calçam as ruas. Eu
quero que saibam que, mesmo longe, eu sempre estarei em cada esquina desta
velha cidade”.
Esse livro lhe rendeu uma moção de aplausos da Assembleia
Legislativa do Estado da Paraíba, propositura feita pelo Deputado Tião Gomes,
filho de Pombal, no entanto, não é favorito de votos nessa região. Na justificativa o deputado
Tião Gomes disse o seguinte:
“Jerdivan uniu a memória e a pesquisa para
resgatar as histórias e os costumes do povo mais simples de Pombal” Ele
destacou o livro como uma obra de grande importância para o Município: “É uma
obra que serve não apenas como leitura de entretenimento, mas como de um
documento vivo da história para as futuras gerações” declarou o parlamentar. Por sua vez, a Câmara Municipal de Pombal,
prestou uma homenagem a Jerdivan, por ocasião do lançamento do livro no dia 03
de outubro de 1997, na Festa do Rosário de nossa cidade.
Na Tela do Cine Lux de
Pombal, outra obra literária de Jerdivan.Esse teve o seu lançamento em Pombal
no dia 02 de outubro de 2002, também por ocasião da Festa do Rosário. O Cine
Lux que teve as suas portas fechadas em 1989, foi à razão maior das histórias
contadas nesta obra.
Depois de uma luta renhida de onze anos,
tentando o tombamento do Cine Lux de Pombal junto ao IPHAEP, não conseguindo
êxito, Jerdivan resolveu escrever esse livro, depois de ver derrubado o prédio
do Cine Lux, perdendo Pombal a chance de transformá-lo em Teatro, sendo enorme
o prejuízo para nossa cultura.
Na história do livro, bêbados e loucos são
colocados no lugar de Prefeito, primeira dama e vereadores, que como os
políticos de verdade não puderam evitar que o velho cinema fosse destruído. Uma
verdadeira sátira aos políticos de Pombal que deixaram o patrimônio artístico e
cultural da cidade se transformar em pó,pois era hora, de se valorizar essa
riqueza como atrativo do turismo sustentável. Jerdivan fez a apresentação do
volume VIII da biografia do grande incentivador das artes: Vingt um Rosado
Maia. Fez publicações de Crônicas nos Jornais: A União, Correio da Paraíba, O
Norte e Correio das Artes e em 1998 “Os Trabalhadores em Correios e Telégrafos
Vão a Luta”; o que identifica bem a área de seu trabalho no campo secular.
Mais recentemente, com
Verneck Abrantes e Evandro Nóbrega fez a revisão crítica do livro “O Velho
Arraial de Piranhas” (Pombal) do ilustre historiador Wilson Seixas Nóbrega. Por último foram lançados mais duas obras do
autor: Em Algum Lugar Chamado Pombal
tendo como parceiro o escritor Ignácio Tavares e A Saga da Cabocla
Maringá.
Um buraco feito na parede da
Igreja do Rosário trouxe indignação a Jerdivan, que vendo as fotos do absurdo e
atendendo pedido de seu amigo Verneck, foi até o IPHAEP fazer a denuncia por
escrito. Nada serviu. Não havia dinheiro para a fiscalização chegar a Pombal.
Jerdivan viu aquele buraco na Igreja como um desacato aos nossos antepassados e
derramou toda sua indignação em um texto enorme e cheio de raiva foi até o
Jornal Correio da Paraíba, levando as fotos.
No dia seguinte estava tudo
ali nas páginas do Jornal. Segundo Jerdivan, “o Padre revoltado mandou tapar o
buraco, restando ainda à cicatriz para que chame atenção dos nossos jovens e
nunca mais se repita tamanha insensatez.”
Jerdivan conta que outra
luta foi para tirar as barracas de frente a Cadeia Velha. Diz Jerdivan: “Eu
sabia que os comerciantes que ali se instalaram tinham aquilo como meio de
sobrevivência, numa cidade onde se vive de emprego público, porém, não é justo
usar este argumento para deteriorar a nossa história e o nosso patrimônio.
Jerdivan então fez um texto para o Jornal o Norte, edição de 27/05/97, com o
título: “Pombal e o IPHAEP”, onde denunciou a situação do Patrimônio Histórico
de Pombal.
Em 28/06/97 o assunto foi
ventilado novamente no mesmo Jornal. No mês de outubro a frente da Cadeia
estava limpa, e aberta aos visitantes. Jerdivan ainda assistiu indignado a
História de Pombal sendo transformada em pó, quando fez petição no IPHAEP,
solicitando o tombamento do centro da nossa cidade, principalmente da Cadeia,
Igreja, Sobrados e Cine Lux. A Resposta que recebeu é que não era possível
enviar os engenheiros a Pombal, pois IPHAEP não tinha viaturas. “uma lástima,
uma vergonha” sentenciou Jerdivan.
E Aí fica a pergunta: Onde
estão os que se dizem representantes do povo de Pombal às Vésperas das
Eleições? Resgatar o apito da Brasil Oiticica que se confundia com o gemido do
Trem Asa Branca na curva do rói, foi reabrir uma janela fechada pelo tempo.
Trazer nomes de pessoas que já não estão entre nós e que fizeram história nesse
tempo passado, foi reabri um velho álbum de família que é o povo de Pombal.
Por isso que eu digo Jerdivan:
Você é o obstinado escritor
pombalense. PARABÉNS!
Pombal, 23 de outubro de 2012.
Clemildo Brunet
*Radialista, Blogueiro,
Colunista
Twiters @clemildobrunet e @clemildocomunica
JERDIVAN NÓBREGA: O OBSTINADO ESCRITOR POMBALENSE!
Reviewed by Clemildo Brunet
on
10/23/2012 09:35:00 AM
Rating:
2 comentários
Clemildo, bo dia
Como sempre , você muito gentil. Agradeço de coração as suas palavras. Chego a 51 anos com tudo a agradecer aos mês familiares e amigos como você que permitiu que seu blog fosse este veiculo de transporte para o que humildemente produzimos em favor da cidade de Pombal.
Essa aldeia onde nosso antepassados viveram e ajudaram na sua construção e que eu tive a sote de trazê-los de vota a memoria da nova geração.
Falem-me do banho no rio,
Do violão de Bideca,
Da cachaça gostosa,
Do Futebol nos bancos de areia e
Da bolacha peteca na padaria
De seu Napoleão.
Digam que a rua é Estreita,
Porém, mais estreita é a saudade
Que aperta o coração.
Abraço grade
Jerdiva
Clemildo, bom dia
Como sempre , você muito gentil. Agradeço de coração as suas palavras. Chego a 51 anos com tudo a agradecer aos mês familiares e amigos como você que permitiu que seu blog fosse este veiculo de transporte para o que humildemente produzimos em favor da cidade de Pombal.
Essa aldeia onde nosso antepassados viveram e ajudaram na sua construção e que eu tive a sote de trazê-los de vota a memoria da nova geração.
Falem-me do banho no rio,
Do violão de Bideca,
Da cachaça gostosa,
Do Futebol nos bancos de areia e
Da bolacha peteca na padaria
De seu Napoleão.
Digam que a rua é Estreita,
Porém, mais estreita é a saudade
Que aperta o coração.
Abraço grade
jerdivan
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