“VIVENDO DE MENTIRAS”
Clemildo Brunet |
CLEMILDO BRUNET*
Desde os tempos remotos que a raça
humana tem por costume viver de mentiras. A criança desde cedo cria dentro de
si um mundo imaginário de fantasia. A menina se apega ao brinquedo que mais lhe
agrada e brinca de casinha, boneca etc. O menino por sua vez brinca com carro
de mão, arma de brinquedo etc.
Tudo ilusão, pois logo com o passar
do tempo, ao chegar à fase adulta esses elementos são substituídos. Viver de
mentiras - é viver da aparência, muita gente age assim, querendo passar uma
imagem que não tem. Por esta razão há no mundo hoje centenas e
centenas de
pessoas frustradas. Isso se chama lei da compensação pelo que fizeram na vida:
Viveram de mentiras!
Viver de mentirinhas - é o que a
criança aprende de muitos pais que lhe dão instruções incorretas de como manter
sua integridade moral diante de fatos onde a verdade deveria prevalecer. Viver
de Mentirinhas - é contar para o filho estórias apavorantes que amedrontam a
criança, quando esta não obedece aos pais. Viver de mentirinhas - é começar dar
ao filho tudo que ele quer ou levá-lo a um padrão de vida elevado que não
condiz com as condições financeiras da família. Viver de mentirinhas - é
ficarmos condicionados a assistir programas de televisão que em nada edificam
ou que nos ensinem para o bem, fazendo com que muitos sejam iludidos, virando
tragédia, quando a vida imita a arte.
Viver de Mentiras - é brincadeira de
mau gosto, desejar mal a alguém, colocar apelidos nos outros, maltratarem os
idosos, falar mal das pessoas, contar piadas picantes, ter inveja do próximo.
Afinal, somos todos iguais e não somos melhor que ninguém. Mesmo depois de
adultos ainda estamos infectados por esse mal. Fazemos tanto em estado
consciente como inconsciente; Machado de Assis retrata uma verdade: “Mentimos o tempo
todo, até sem perceber”.
A influência da mentira na vida das
pessoas é tão grande, que, como se não bastasse, os homens puseram no nosso
calendário - o dia da mentira. Partiu de uma (mentira) brincadeira registrada
na França. Teve início no Século XVI quando o ano novo era festejado em 25 de
março marcando o começo da primavera. Os festejos duravam uma semana e
terminavam em 1° de abril. O Rei Carlos IX de França em 1564, depois do
calendário Gregoriano, determinou que o ano novo fosse comemorado em 1° de
janeiro. Houve resistência dos franceses em aceitar esta data e ficaram com o
calendário antigo comemorando o começo do ano em 1° de abril. Eles foram
escarnecidos pelos que lhes enviavam presentes estranhos, convidando-os para
festas inexistentes. Essas brincadeiras receberam o nome de “Plaisanteries”. Na
França e Itália esse dia é conhecido de peixe de abril e em países da língua
inglesa, o dia da mentira é chamado dia dos tolos.
EXISTE UM ESFORÇO INTELECTUAL EM RELAÇÃO À MENTIRA
Uma pesquisa realizada em 2000, na
Universidade da Pensilvânia – Estados Unidos, concluiu que certas regiões do cérebro
mostram maior atividade diante da mentira. Quando os que participavam da
pesquisa não diziam a verdade, a área ligada à atenção e a concentração era
mais estimulada. Conclusão: O default do cérebro é a sinceridade. Mentir requer
esforço extra de organização.
A largada da mentira teve seu começo
no Jardim do Éden e se deu em uma conversa entre a serpente e a mulher. Deus
havia dito aos nossos primeiros pais que todas as ervas que dão semente e toda
árvore que há fruto foram-lhes dados para mantimento. Eles tinham tudo de graça
para se manter e estarem bem alimentados. “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis
que era muito bom” Gn.1:31. A serpente chega para a mulher com
uma pergunta insinuando uma mentira: “É assim que Deus disse: Não comereis
de toda árvore do jardim”? Gn.3:1b. A mulher respondeu que
podia comer de toda árvore que há; e revelou que Deus apenas proibiu comer do
fruto da árvore que está no meio do jardim; só que o Senhor lhes havia feito
uma advertência: Se comesse morreriam! Nesse momento a serpente solta a
mentira: “É certo que não morrereis”. Gn.3:4.
Apocalipse último livro da Bíblia diz
que o dragão, a antiga serpente é o diabo. Apocalipse 20:2.
Jesus disse que “o diabo é homicida
desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade,
quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai
da mentira”. Jo. 8:44.
O salmista exclamou: “Eu disse na minha
perturbação: Todo homem é mentiroso” Sl. 116:11.
A bíblia classifica os mentirosos
chamando-os de ímpios: “Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem
e já se desencaminham, proferindo mentiras”. Sl.58:3.
A bíblia diz que os homens se
perverteram tanto que mesmo tendo conhecimento de Deus, não o conheceram como
Deus. “Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus
incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível... Pois eles mudaram
a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do
Criador, o qual é bendito eternamente. Amém” Rm. 1: 22,23,25.
O escritor irlandês Oscar Wilde
(1854-1900) disse certa vez: “O objetivo do mentiroso é simplesmente encantar,
deliciar, dar prazer. Ele é a própria base da sociedade civilizada”.
A mentira ou mentirinhas espalhadas
pelo mundo têm trazido o caos à humanidade. Lembre-se que a desobediência a
Deus teve seu ponto de partida na mentira de satanás: “È certo que não
morrereis”.
E por causa da mentira do diabo, a
sentença divina passou a todos os homens: “E o pó volte á terra, como o era, e
o espírito volte a Deus, que o deu” Ec. 12: 7.
VIVA 1º DE ABRIL E MORRA À MENTIRA!
Pombal, 01 de abril de 2013 – O Ano
da Esoerança.
*Radialista, Blogueiro, Colunista
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“VIVENDO DE MENTIRAS”
Reviewed by Clemildo Brunet
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4/01/2013 01:47:00 PM
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