8 DE AGOSTO: PARABÉNS AO HISTORIADOR VERNECK ABRANTES
Natural de Pombal-PB – VERNECK
ABRANTES DE SOUSA nasceu no dia 08 de agosto. Filho de José Benigno de
Sousa (Lelé) e Elisa Abrantes de Sousa (In
memoriam), Irmão de: Elieaer Ghandi Abrantes de Sousa (In Memoriam),
Elisane, Eliene, Maria do Socorro (In Memoriam), José Filho, Francisco José e
Cândida Abrantes de Sousa. O nosso homenageado tem nível superior de engenheiro
agrônomo formado pela CCT/UFPB - Campos III de Areia com formação profissional
tendo cursos de especialização em Agronegócio, Agente de Inovação e Difusão
tecnológica, e Irrigação e Drenagem, todos esses pelo Campus II da UFPB de
Campina Grande. Ativo na sua área de trabalho participou de vários Seminários e
Congressos. Sua consorte é Berta Leonia e da união conjugal nasceu Alana
Alcântara Formiga de Abrantes. Verneck exerce a função de Assessor Regional da
Emater com sede em Campina Grande.
Foi eleito em 2005
Coordenador Regional do Sindicato dos Engenheiros no Estado da Paraíba e
Conselheiro do CREA-PB. Eleito em 2007 para Academia Brasileira de Extensão
Rural com sede em Brasília. É sócio honorário do Instituto Histórico e
Geográfico do Cariri Paraibano. No ano de 2002, foi eleito Titular do Conselho
Fiscal do Sindicato dos Trabalhadores em Extensão Rural da Paraíba-SINTER-PB.
Coleciona e
possui um grande arquivo
fotográfico sobre a cidade de Pombal e sua gente. Em 2005 fez viagem
internacional chegando a conhecer, Portugal-Lisboa e Fátima; Itália-Roma,
Pádua, Assis, Veneza; Suíça - Lucerna; França – Paris.
VERNECK,
O PESQUISADOR
O nosso homenageado
demonstrando a sua vocação de escritor e historiador, começou a fazer pesquisas
em torno da história de Pombal e desvendou alguns mistérios que deixavam dúvida.
Por exemplo, o caso da Cabocla Maringá. Diz Verneck: “uma Canção homenageia a cidade
de Pombal. Maria é um nome comum nos sertões nordestinos. Ingá, uma cidade do
agreste paraibano. A junção de Maria com Ingá deu formação à palavra Maringá,
por exigência métrica de composição”. Em outro trecho do livreto Nossa
História, Nossa gente Nº 03, ele retrata com precisão a existência dessa
cabocla: “Acredita-se que ela morou no sertão da Paraíba nos idos da seca de
1921, mais precisamente em uma das ruas periféricas da então pequenina e
graciosa cidade de Pombal, e depois de ali viver por indeterminado tempo,
partiu numa leva de retirantes a caminho de outras paragens, onde o céu fosse
mais complacente e a terra menos desventurada”. O certo é que Maria
partiu deixando uma lacuna entre os pombalenses que ficaram, segundo
informações de Ruy Carneiro na época um jovem que gostava de serestas aos 20
anos de idade.
Segundo comentários, Ruy
Carneiro, que depois daquela época viria a ser Interventor da Paraíba, Senador
da República e que em 1932 era chefe de gabinete do então Ministro da Aviação e
Obras públicas José Américo de Almeida, teria comentado de forma sutil no Rio
de Janeiro no momento de uma conversa informal os sentimentos de saudade por
essa cabocla, quando no diálogo com um consagrado músico e um político,
comentando as coisas do sertão; como as secas e as levas de retirantes. Ruy
Carneiro instigou o poeta a compor uma música que falasse sobre a seca no
sertão. Esse poeta era o compositor Joubert de Carvalho, que de inicio, pensou
na cidade do Ministro; como a cidade de Areia não dava rima, virou-se para Ruy
Carneiro e perguntou: onde você nasceu? Nasci em Pombal Sertão da Paraíba.
Pombal da rima e ai Ruy começou a contar sobre a devastação da seca citando vários
lugares, destacando a cidade de Ingá. E assim o compositor fez a
junção das palavras e deu Maringá. “Há quem diga que Ruy Carneiro colaborou na
letra e na música”
ORIGEM
DO NOME POMBAL
Outro ponto da história de
Verneck: Foi à questão do nome Vila Nova de Pombal, que segundo Irineu Joffily,
quando escreveu, “Notas Sobre a Paraíba” deu a versão que era em homenagem ao
Marquês de Pombal, I Ministro de Dom José I, rei de Portugal e que foi recebida
sem averiguações por todos os autores que lhe seguiram, daí o equivoco. O nome
veio em decorrência de se homenagear uma cidade de Portugal chamada Pombal. A
carta Régia de 22 de julho de 1766 mandava erigir novas vilas e denominá-las
com nome de localidades e cidades de Portugal.
AS
TRÊS DATAS
Em um de seus escritos
publicado em 2004, Vernekc destaca a importância das três datas de Pombal. “Pombal
foi o primeiro núcleo populacional do sertão paraibano, tem 306 anos de
fundação, 232 de Vila e Emancipação Política e, 142 de cidade”. Quanto mais
antigo o lugar, maior referencial histórico e cultural para os seus filhos,
portanto, é interessante valorizar e divulgar a data de sua Fundação, 27 de
julho de 1698, a qual contempla Pombal com 306 anos de fundação. “Propagar” isso não é
difícil, “porque o dia do aniversário da cidade é 21 de julho e da fundação 27
de julho, as datas estão próximas, assim, na mesma semana poderemos comemorar
as duas datas, claro, referenciando a maior e, logicamente, mantendo a tradição
da festa no mês referenciado. Esperando a quebra do paradigma e a valorização
da nossa história”.
DEFENSOR
DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Verneck é um historiador que
não somente se preocupa com a veracidade dos fatos, como também é um defensor
intransigente do nosso patrimônio histórico. Numa determinada ocasião em uma
Festa do Rosário, em um compartimento da velha Igreja, alguém entendeu de
realizar uma reforma para o estabelecimento de uma cantina que serviria para a
barraca da Igreja, ocasionando mudança no aspecto físico do imóvel sem o mínimo
respeito ao patrimônio histórico; pois bem, Verneck juntamente com o seu amigo
também escritor Jerdivan Nóbrega, protestou contra tal absurdo, ocupando
emissoras de rádio e denunciando aos órgãos competentes, até que medidas foram
tomadas no sentido de repor tudo no seu devido lugar.
FESTA
DO ROSÁRIO
Outro ponto importante a se
destacar é quanto a referencia feita a maior festa frequentada por pombalenses
que estão distantes e turistas, e que alguns por desconhecimento de causa a
chamam de Festa de Nossa Senhora do Rosário, Verneck conseguiu nas suas pesquisas
um dado importante: “A Festa não é de Nossa Senhora do Rosário é simplesmente Festa do
Rosário, numa alusão ao rosário e não a Santa do Rosário”.
EM
DEFESA DA CASA DA
CULTURA
Em 2004 Verneck Abrantes
juntamente com o colunista José Tavares Neto, enfrentou uma luta em defesa da
conservação da Casa da Cultura de Pombal que tem como sede o prédio da Cadeia
Velha de nossa cidade. É que na época a Casa da Cultura estava uma lástima
sofrendo um desprezo total por parte do Poder Público Municipal, já que os
fundadores da instituição abandonaram de vez o órgão e estava entregue ao
deus-dará. Foi publicado em livro e distribuído gratuitamente com a população
um manifesto em defesa do Patrimônio Histórico, intitulado “A Cadeia Velha de
Pombal”. Obra da lavra de Verneck e José Tavares, onde consta o protesto de
muitos pombalenses em torno do assunto. Graças a essa manifestação o Poder
Público Municipal resolveu tomar conta e restaurou a Casa da Cultura que hoje
se encontra aberta para visitação de todos. Além das publicações em Revistas e
Jornais desde histórias de Pombal as mais antigas até os dias atuais,
OBRAS
PUBLICADAS
Verneck tem também escrito
sobre assuntos relacionados com o profissionalismo que ele exerce e a sua
função na Emater em Campina Grande. Dentre os livros publicados do nosso
homenageado, podemos destacar: A Cadeia Velha de Pombal - manifesto em defesa
do patrimônio histórico com José Tavares. (Gráfica Andyara) 2004; Um Olhar
sobre Pombal Antigo- (Editora União) 2002; A Trajetória Política de
Pombal-(Editora Imprell)1999; O Velho Arraial de Piranhas (Pombal) de Wilson
Seixas. Revisão crítica com Evandro da Nóbrega e Jerdivan Araújo-2004;
Belarmino de França – Um Trovador do Sertão-com Irani Medeiros-2006; Série Nossa
história, nossa gente- A Cadeia Velha de Pombal; A Cruz da Menina de Pombal e
Maringá. E em 2012 no Sesquicentenário de Pombal publicou o livro “Memorial
fotográfico” FESTA DO CENTENÁRIO DA CIDADE DE POMBAL-PB 21 de julho de 1962.
Verneck tem uma atuação na
vida cultural e social de Pombal, já atuou em teatro e até como figurante na
longa metragem “O Salário da Morte”, filme rodado em Pombal por iniciativa de
W.J.SOLHA, assim como na Diretoria da Associação dos Estudantes Universitários
de Pombal (AEUP).
Nesta justa homenagem que
prestamos ao jovem escritor e historiador, nada mais justo de chamá-lo de O
HISTORIÓGRAFO NATO como ele muito bem expressa:
“Pombal foi o berço, a porta
de entrada para a civilização sertaneja. Arraial, Vila e Cidade de Pombal; Os
caminhos de luta fazem sua sequência histórica”.
PARABÉNS
VERNECK, FELIZ ANIVERSÁRIO!
Pombal, 07 de agosto de 2013
Verneck Abrantes de Sousa mencionou você em um
comentário.
|
Verneck escreveu: "Clemildo
Brunet de Sá. A você que sempre buscou difundir a cultura da nossa terra,
que deu organização e identidade ao radio pombalense, com louvor recebeu a
alta condecoração Medalha Epitácio Pessoa, o meu muito obrigado pelas
referências e considerações ao o amigo.
Um abraço. |
8 DE AGOSTO: PARABÉNS AO HISTORIADOR VERNECK ABRANTES
Reviewed by Clemildo Brunet
on
8/07/2013 08:56:00 AM
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