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A BOLA ROLOU

Francisco Vieira
FRANCISCO VIEIRA*
              Foram sessenta e quatro anos de espera até chegar a Copa de 2014, numa ansiedade que se intensificou nos últimos quatro anos.
            Depois de críticas e protestos, a Copa do Mundo, esperada por muitos e ameaçada por outros, finalmente teve início no país do futebol. O maior evento esportivo da terra movimentou o mundo inteiro, principalmente o Brasil, que tem o futebol como sua maior paixão. Tamanho é o gosto que é impossível imaginar a
indiferença de algum brasileiro pelo esporte da bola.
      Assim o Brasil iniciou com vitória vencendo o primeiro jogo, rumo a conquista do almejado HEXA CAMPEONATO. Foi um jogo difícil, o que é natural em toda estréia. Em que pese ser o futebol um esporte coletivo, além de Thiago Silva que impôs raça e determinação, sem desmerecer os demais, Neymar autor de dois gols e Oscar um, foram os grandes protagonizadores da grande virada. Após um tremendo susto devido à infelicidade de Marcelo, marcando um gol contra seu próprio patrimônio, a seleção mostrou grande poder de reação, virando o jogo e proporcionando alegria a torcida brasileira. Agora, superadas as emoções e controlada a tensão nervosa da estréia, o time brasileiro, sob o comando de Felipão já pensa no 2º jogo, tendo o México como adversário, time forte, bem estruturado, com um bom histórico sobre o Brasil, por isso, digno de todo respeito e cautela.
            A abertura oficial infelizmente foi apática, não atendendo as nossas expectativas. Com pouco conhecimento de causa, a coreógrafa Belga e o diretor Italiano deixaram muito a desejar, apresentando ao mundo um Brasil aquém de sua vasta riqueza natural e diversificada cultura. Portanto, uma apresentação tímida.
            Quanto aos protestos - na maioria extra campo - não passam de manifestações de caráter político - o que é pior - com fins exclusivamente eleitoreiros. Assim, o que poderia ser um protesto em defesa dos direitos a dignidade, contra a corrupção e a impunidade são manifestações anarquistas. São movimentos desprovidos de caráter cívico a partir da inserção de vândalos que num gesto de covardia e violência destroem o patrimônio alheio. Seguramente, fingem não saber que a melhor e mais eficiente forma de protestar é através do voto livre e independente. Isso sim é cidadania. É através do voto que manifestamos nossa insatisfação ante os desmandos praticados em nosso país, nossa maior arma.
Em que pese os pontos negativos o espetáculo começou, afinal de contas, em futebol, a festa só começa depois que a bola rola. E quando isso acontece ninguém resiste. Todos os brasileiros de todas as torcidas se manifestam vestindo uma só camisa – a verde-amarela - da Seleção Brasileira – o time mais vezes campeão do mundo e o único presente em todas as copas.
            Ontem como em outros momentos o Brasil parou. Por um instante esqueceu os problemas e dificuldades existentes fazendo valer o espírito patriótico. Quer no Itaquerão, bares, residências e até mesmo no trabalho a população se uniu num só pensamento e junta gritou com todas as forças: GOOOOL.
            Enfim, é momento de unir nossos sentimentos e manifestar o espírito esportista que há dentro de nós. É tempo de fazer valer o sangue e a garra existente em nossas veias para no final gritar como ninguém a pequena-grande expressão que todos sonham: É CAMPEÃO – É CAMPEÃO – É CAMPEÃO.    
Pombal, 13 de junho de 2014.
*Professor e Escritor
A BOLA ROLOU A BOLA ROLOU Reviewed by Clemildo Brunet on 6/13/2014 06:40:00 PM Rating: 5

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