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"DIA DOS NAMORADOS"




Clemildo Brunet*


Conhecido em muitos países como o Dia de Valentim, tendo como base a tradição cristã, romana e pagã. O Imperador romano Cláudio II, queria constituir um exército numeroso, no entanto não conseguia pelo simples fato dos homens não quererem deixar suas famílias. Então, o imperador proibiu o casamento entre jovens. Valentim sacerdote cristão contemporâneo de Cláudio II resolveu realizar casamentos secretos. Tendo sido descoberto, Valentim foi preso e condenado à morte. Muitos jovens na época foram-lhe atirar flores e bilhetes na prisão, dizendo que ainda acreditavam no amor. 

Uma jovem cega filha do carcereiro pediu permissão para visitar Valentim. Apaixonaram-se e ela milagrosamente recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem usando assinatura: “De seu Valentim”, expressão utilizada até hoje. Valentim foi decapitado em 14 de fevereiro de 270 depois D.C. Esta é a razão que em alguns países o dia dos namorados é celebrado em 14 de fevereiro.

Aqui no Brasil a data é 12 de junho véspera do dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro. Celebra-se neste dia a união entre os casais com a troca de mensagens e presentes, prática iniciada pelo comercio paulista passando depois para todo comercio brasileiro. A silhueta de um coração e a figura de um cupido com asas são símbolos modernos usados para identificar o amor entre os namorados.

Amor, romantismo, poesia, canção, tudo que esteja envolto a este assunto, só quem não sente é quem não tem coração. E não tendo coração não vive, vegeta. Passou apenas aqui sem amar ou nunca foi amado. Deus é um ser pessoal e seu amor divino é único e verdadeiro; na sua onisciência, Ele como Criador e mantenedor das coisas criadas, sabe o que se passa no coração humano sede das emoções dos indivíduos. 

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações”. Jr 17:9,10. O grande pregador Charles H. Spurgeon Exclamou: “Ai de nós! Nosso coração é nosso maior inimigo”

O amor é manifesto entre as pessoas de muitas maneiras. O nosso dialeto é vasto na discrição sobre o amor: Amor à primeira vista – amor súbito, ao primeiro encontro. Amor Carnal - O que busca a satisfação sexual, amor físico. Amor livre – o que repudia a consagração religiosa ou legal, representada pelo casamento. Amor platônico – ligação amorosa sem aproximação sexual. Dez mil amores – de todo gosto, com o maior prazer, com prazer. Fazer amor – ter relações sexuais, copular.
    
O AMOR INTERPRETADO POR MUITOS...

Pelo que se vê há no pensamento humano muito conceitos sobre o amor. Mas, o verdadeiro amor está expresso na bíblia: O apóstolo Paulo diz: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. 1 Co 13:4-7. Para o homem natural é difícil aceitar a definição dada pelo apóstolo dos gentios.

Este é o amor sacrifical não aceito pela maioria. No entanto, alguns já se dispuseram recebê-lo pela eficácia da graça de Cristo em suas vidas e afirmam esta verdade mediante as palavras de João o apóstolo do amor que declara: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro” 1 Jo. 4:19

O dia dos namorados, apesar da apelação feita pelos reclamos comerciais, é oportuno também para os casais fazerem uma reflexão sobre o amor. Pois muitos não fizeram vindo arrepender-se depois.

O livro Cântico ou cantares de Salomão nos mostra a pureza e beleza que existe no amor entre um homem e uma mulher. Revela ainda que por detrás de todo ser humano puro, se encontra o amor de Deus, o maior e mais profundo amor que existe. “As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de todo desprezado”. Ct 8:7. 

Nesta simples e singela homenagem que presto aos namorados de ontem, hoje e amanhã, deixo o poema de J.G. de Araújo Jorge: “Os versos que te dou”

Ouve estes versos que te dou, eu/ Os fiz hoje que sinto o coração Contente Enquanto o teu amor for meu Somente, Eu farei versos... e serei feliz.../ E hei de fazê-los pela vida afora, Versos de sonho e de amor,/ e hei Depois Relembrar o passado de nós dois... Esse passado que começa agora.../ Estes versos repletos de ternura são Versos meus, mas que são teus também... / Sozinha, hás de escutá-los sem ninguém que possa perturbar nossa ventura.../ Quando o tempo branquear os teus cabelos/ hás, de um dia, mais tarde, revivê-los nas Lembranças que a vida não desfez.../ E ao lê-los... com muita saudade em tua dor.../ Hás de rever, chorando, o nosso amor, Hás de lembrar, também, de quem os fez... / Se nesse tempo eu já tiver partido e outros versos quiseres, / teu pedido deixa Ao lado da cruz para onde eu vou.../ Quando lá novamente, então tu fores, Pode colher do chão todas as flores, / pois São versos de amor que ainda te dou.
Salve 12 de junho!


*Radialista e Escritor

"DIA DOS NAMORADOS"   "DIA DOS NAMORADOS" Reviewed by Clemildo Brunet on 6/10/2014 06:48:00 AM Rating: 5

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