O LIVRO DE CLEMILDO

Fátima Santos Jó

Por Fátima Jó*

Parabenizo ao amigo Clemildo pelo lançamento do seu livro, livro esse que sempre foi um grande sonho dele e que agora é uma realidade.  Sinto-me feliz porque sempre fiz parte desse sonho. Clemildo é assim gosta de compartilhar seus sonhos e realizações com todos os amigos. Ainda que seja um projeto, seu empenho é torna-lo realidade.

Clemildo é otimista carrega dentro si a certeza de que o que pensa fazer, sairá do modo como ele quer e gosta. O livro Histórias do Rádio em Pombal desvenda para nós os bastidores da radiofonia de nossa terra, antes desconhecida de muitos. Gostei muito do livro porque não tinha conhecimento do início do Lord amplificador e toda a equipe que participou

O livro tem sua importância vital e servirá não só para o conhecimento de quem labuta hoje no rádio, mas também para os que como eu, que fizeram parte dele. È gratificante saber dessa história que só se ouvia falar em retalhos contados de boca em boca.

Clemildo continua fazendo história e esse livro haverá de deixar sua contribuição às futuras gerações de radialistas que certamente o utilizarão como fonte de pesquisas o que não será apenas para profissionais, mas, também para os leigos, amantes do rádio.

A minha admiração por Clemildo vem desde o tempo do meu pai Francisco Jó, que era também um amante do rádio, pois não tendo nenhum um grau de escolaridade era admirador da comunicação e fã de Clemildo, com quem mantinha um relacionamento de amizade muito grande.

Meu pai gostava de conservar suas amizades às quais ele conquistava com muita rapidez, Clemildo sempre visitava meu pai quando ia pregar na nossa rua, na residência de José Pereira membro da Igreja presbiteriana. Já nas pregações o jovem comunicador de nossa terra, demonstrava a facilidade de se expressar e de chamar atenção de quem o ouvia.  Por isso digo: já o conheci comunicador; quem nunca ouviu uma pregação sua não tem noção de quanto ele prendia o ouvinte, pois sabia muito bem falar das coisas de Deus. Daí a minha admiração por Clemildo. 

O processo de comunicação consiste na transmissão de informação entre um emissor e um receptor que descodifica e interpreta uma determinada mensagem é falar e ser entendido é chamar a atenção para o que falamos.

Quando passei a integrar a equipe da Rádio Maringá AM tive o privilégio de conviver e conhecer melhor a pessoa de Clemildo, um ser muito humano e que sempre fez questão de ensinar a quem quisesse aprender os caminhos do rádio, apaixonado pelo mesmo e pela comunicação, sempre fez questão de demonstrar isso, e exigia de cada um o melhor. 

Mesmo aposentado por problemas de saúde, o rádio e a comunicação não conseguiram sair dele, era um amor tão grande pelo rádio que o seu afastamento estava deixando-o cada vez mais doente, mas os seus verdadeiros amigos não permitiram que isso acontecesse e juntos conseguiram levantar o seu ânimo, amigos da juventude que pouco os conheço de quem Clemildo costuma falar da gratidão que tem por eles. O seu desejo foi ficando cada vez mais perto até a sua realização: Escrever e registrar a história da Radiofonia de Pombal em livro.

Nunca fomos homenageados por ninguém, infelizmente muitos ainda não sabem o poder de um microfone em mãos, mas ele sim apostou no projeto do Troféu Imprensa e o realizou com muito empenho; uma belíssima festa para homenagear a imprensa de Pombal, onde pela primeira vez fomos vistos com outros olhos e na consciência de muitos a responsabilidade e a importância da imprensa na vida da gente. Mas, voltando a Clemildo, tive conhecimento através dele da vontade de escrever um livro desde que era só um projeto e vê-lo realizado só me deixa super. Feliz, por termos no nosso meio um grande comunicador.

Parabéns Clemildo pelo seu livro sucesso e que venha outros e outros projetos e a concretização de todos. É claro que ainda falta muito para chegarmos onde nossa classe deverá chegar: Desejamos: respeito, liberdade de expressão não só no papel, como exemplo temos a jornalista do SBT Rachel Sheherazade que por várias vezes é ameaçada, criticada por querer usar o seu direito de se expressar com liberdade. Salários dignos, saúde e lazer, com todas os direitos que merecemos, dedicamos as nossas vidas a serviço de uma cidade, de um povo e do mundo inteiro, quando digo nós, é porque quem faz parte da imprensa jamais o deixará de fazer parece que está no sangue. Ultimamente a imprensa vem sendo agredida por palavras, atitudes de violência e ate morte.

Embora muitos não saibam, o profissional de comunicação possui uma responsabilidade tão grande com o que passa para a população, que se torna um trabalho muito árduo e pouco reconhecido, mas, ao mesmo tempo é fascinado por ele. Os da imprensa colocam em riscos suas vidas para desempenhar bem o seu papel.  

Como não pude comparecer ao lançamento do livro, pois a minha agenda é Deus quem organiza, deixo aqui a minha alegria registrada também pela passagem do Dia Nacional da Imprensa Brasileira.

*Primeira voz feminina no rádio pombalense, ex-integrante das Rádios Maringá AM e FM de Pombal.