JOSÉ PEREIRA MONTEIRO(Zé Monteiro)
Breves
Traços Biográficos- Perfil Familiar
Paulo Abrantes de Oliveira |
Por:
Paulo Abrantes de Oliveira*
O Poeta José Pereira
Monteiro (Zé Monteiro), nasceu a 18 de agosto de 1922 na pequenina e querida
cidade de Santana do Ipanema, situada no alto sertão do Estado de Alagoas.
Ainda moço veio morar com a família na Capital do Estado de Alagoas, em Maceió.
Era filho de seu Joaquim Monteiro, fazendeiro respeitado na região de Santana
do Ipanema e de Dona Ana Rosa Monteiro, de atividade doméstica e
nascida neste
mesmo lugar.
Ainda morando em Maceió, Zé Monteiro
perdeu o seu filho Silvio Roberto e mais tarde o seu irmão, o escritor, Raul
Pereira Monteiro, deixando forte marca em sua alma. Era Membro da Academia
Maceioense de Letras, Membro da Academia Paraibana de Poesia e Membro da
Associação Alagoana de Imprensa.
Na esfera familiar,
Zé Monteiro não relaxava com a sua família. Em casa estabelecia um ambiente
tranquilo junto a seus filhos, graças a ternura com que tratava a sua esposa
Dona Laura com seus 7(Sete) filhos: Silvio Roberto(In Memoriam); Rui, Rômulo,
Raul, Mércia, Regina e Rosângela; gemros, noras e netos; Irmãs Maria Luiza e
Margarida (In Memoriam); Lourdes, Berdé e Maria Monteiro.
Escreveu vários livros de poesias, no seu
quarto livro “Poço do Juá” foi dedicado a toda a sua Família. Extraordinária
era a sua disposição em escrever suas poesias, todas inspiradas com o seu
rincão natal, a sua querida Santana do Ipanema.
Já ultrapassando a casa de seus oitenta e
oito anos de idade e continuava assim, firme, em suas publicações literárias
sem lites. Chegar agora a impressionante sigla de oito livros publicados em 6
anos.. Diria uma olimpíada, para melhor classificar a pertinaz corrida que ele
apostou contra o tempo. Corrida vitoriosa, porque inspiração não lhe tinha
faltado. Não obstante oitentão, dizia que a vida era curta.
“Viver, amar, é uma
luta, mas se a vida é muito curta, vale a pena aproveitar”
Tem toda a razão o
poeta.
Fez poesia com dois
objetivos claros. O primeiro, o de dar vazão a sua vigorosa veia poética,
evocando o passado de sua terra e homenageando amigos e entes queridos, muitos
dos quais morando em outras dimensões. O segundo, o de encontrar na poesia o
atalho certo para entornar a solidão, a ociosidade de aposentado do Fisco
Estadual –AL.
Diz o
poeta Emanuel Fay: “Num mundo de transição violenta e tão cheio de novidades
atordoantes, não temos a menor dúvida, ainda é a poesia um bálsamo. Um
tranquilizante eficaz para nossas atribulações.”
Assim, foi ele administrando o tempo,
construindo versos em profusão até que a morte o levou. Faleceu no dia 20 de
janeiro de 2013, em Maceió, aos 91 anos de idade. Quando em vida, o poeta Zé
Monteiro, sempre dizia:” Ah, se o espinhaço da vida não entortasse, não
envelhecesse, com o” peso dos anos “. Ninguém envelheceria ,ninguém morreria, e
a vida continuaria sem fim.” Em verdade, para os escritores e os poetas, a vida
continua, porque eles deixam em seus livros, em seus poemas, o registro de vida
aqui vivida, imortalizada com memórias.
O poeta, também não esqueceu, aquela figura
muito conhecida do eleitor brasileiro:
“Vejo poesia na flor,
No sertão, no meu roçado
No cipó, na macambira,
Na promessa de mentira
De candidato safado”.
Assim foi, o poeta Zé
Monteiro, pessoa decente que deixou muita saudade na gente.
*Engenheiro Civil e Escritor
JOSÉ PEREIRA MONTEIRO(Zé Monteiro)
Reviewed by Clemildo Brunet
on
8/10/2014 09:16:00 AM
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