Nos controles não há eficiência nem eficácia
Genival Torres Dantas |
Genival Torres Dantas*
É
repulsivo o comportamento de alguns políticos nesse momento de luto na política
nacional, quando a prebenda de muitos alocados em cargos públicos enoja uma
nação pasma pelo noticiário policial, transformando senhores até então tidos
como probos, transformados em ratos de rapina, pelas suas próprias ações.
O meritíssimo juiz federal, do Paraná,
Sergio moro, ao despachar sobre os executivos citados de envolvimento no
escândalo da Petrobras, escreveu: “Quem é vítima de concussão procura a
polícia, não as sombras”. O magistrado considera plausível a possibilidade de o
caso ser mais extenso que os tentáculos até aqui encontrados no corpo
disseminador e
nefasto da corrupção ativa e passiva encrustada na pessoa
jurídica da Petrobras, vítima principal dos nefastos delinquentes.
O Procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, fala a respeito do caso, corroborando com a tese do Juiz Moro,
considerando-o como um cenário desastroso, sugerindo, até, demissão da
diretoria da nossa maior empresa, e uma das maiores no plano internacional,
hoje sendo sacudida e desmoralizada junto aos seus acionistas internacionais
que tentam recuperar, via judiciário, prejuízos tidos durante essa situação
embaraçosa em que está sendo submetida; por conta de uma facção delituosa que
tomou conta da administração dessa, já é vista como a maior devedora no cenário
mundial, numa transmutação criminosa, levando-a ao precipício da
desorganização, com práticas ilegais, quando na realidade sempre foi tida como
uma das mais sérias do nosso país.
Usar a tese de que os empresários
foram acumpliciados no escândalo referenciado, é no mínimo idiotice ou conversa
de advogado na defesa do seu cliente, esses empresários usaram de práticas
ignóbeis, agora veem tergiversar na tentativa de se eximir de um ou mais crimes,
claros e contundentes, associando-se a barnabés, mesmo em posições de destaques
na hierarquia pública, devemos trata-los como despiciendos.
Para elucidar a questão, não podemos
esquecer, o ministro-chefe da Controladoria –Geral da União (CGU), Jorge Hage,
deixou claro, em pronunciamento, na conferência de combate à corrupção,
anunciando sua demissão do cargo, para aposentadoria, pouco ou quase nada foi
feito pelo Estado, leia-se presidência da República; para fortalecer esse órgão
tão importante no controle das contas públicas, no cruzamento de dados dos
setores governamentais, entretanto, justificando seu desencanto com a situação
presente, as estatais não estão sujeitas aos controles da (CGU), tendo essas
empresas sistemas próprios de licitação na
compra de matérias, tornando-as vulneráveis aos mal feitos. Isso é um
fato.
*Escritor
e Poeta
Nos controles não há eficiência nem eficácia
Reviewed by Clemildo Brunet
on
12/11/2014 07:08:00 AM
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