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O apologético discurso governista continua permeado de pseudolalia

Genival Torres Dantas
Genival Torres Dantas*
O que nos causa espanto não é a situação calamitosa e de penúria que atravessamos desde que foi conhecido o resultado das urnas do último pleito. O governo que já vinha tratando a economia de forma amadora, sem medir consequências futuras, tenta transmitir à opinião pública que o país está passando por um momento de turbulência e
os ajustes anunciados foram feitos para manter o ritmo de crescimento apresentado no decorrer do governo esquerdista do petismo.
Tudo bem se a interveniência governista não passasse de uma loa provocada pela insanidade dos que procuram menoscabar a capacidade de análise e a inteligência dos interlocutores. Com o uso indevido de uma propaganda viciada, sem nenhuma probidade, de profundo efeito discursivo, na tentativa iminente de mascarar os efeitos da maligna administração inaudita do petismo desvairado. Passamos a ser reféns das regras estabelecidas na Democracia fantasiosa, sistema da invencionice adotada por aqueles que para manter-se no poder extrapola qualquer regra, usa todos os artifícios, manipula e se esconde nos buracos das Leis, trai o aliado e o despeja do alojamento que outrora serviu de guarida e segurança enquanto os caminhos eram perigosos e ardilosos.
Finalmente o país conhece o tamanho do prejuízo causado pelo despreparo do nosso governo, sem nenhuma temperança faz o povo pagar por um conta que não é sua, faz contingenciamento exatamente nos recursos destinados ao bem estar geral da nação. Para anunciar a extensão dos despropérios, o brasileiro se viu desprotegido da presença da única figura que ainda transmite um pouco de credibilidade dos que fazem parte do atual governo. O ministro Joaquim Levy, foi substituído por outro  ministro, o Nelson Barbosa (Planejamento), teve que anunciar o pacote da injustiça social, cujos efeitos dar-se-á no decorrer da sua aplicação, cujos setores penitenciados foram escolhidos de forma desconforme, com as necessidades de cada um, ficando a menor e como se segue de forma decrescente, e em Reais, ministério: Cidade 17.232 bi; Saúde 11.774 bi; Educação 9.423 bi; Transporte 5.735 bi; Defesa 5.617 bi; Integração Nacional 2.162 bi; Ciência 1.844 bi; Des. Agrário 1.844 bi; Aviação Civil 1.457 bi, Justiça 1.448bi; Agricultura 1.395 bi; Des. Social 1.391 bi; Turismo 1.345 bi; Fazenda 1.194 bi; Esporte 601 mi; Pesca e Aquicultura 574 mi; Cultura 466 mi; Desenvolvimento 432 mi; Planejamento 350 mi; Comunicações 317 mi; Meio Ambiente 288 mi; Trabalho 287 mi; Minas e Energia 241 mi; Direitos Humanos 192 mi; Portos 177 mi; Presidência da República 164 mi; Advocacia Geral da União 153 mi; Previdência Social 126 mi; Políticas para as mulheres 109 mi; Relações Exteriores 41 mi; Igualdade Racial 38 mi; Micro e Pequena Empresa 29 mi; Assuntos Estratégicos 12 mi; Controladoria-Geral da União 1 mi; e Vice-Presidência da República 0.
Muito embora Cidades, Saúde e Educação tenham sidos os ministérios de maiores cortes em termos de valores, em percentual o da Pesca e Aquicultura foi o que mais perdeu, ou seja, 78% do seu orçamento foi cortado. Vale dizer, como tantas outras, trata-se muito mais de uma pasta decorativa, com finalidade específica de acomodar aliados e segurar votos no Legislativo, modalidade administrativa que não foi criada no atual governo, mas, sobejamente ampliado nos últimos 12 anos e meses.
O que mais lamentamos nessa tomada de posição do governo federal é exatamente o corte feito nos investimentos que alimentam sonhos de brasileiros que buscam novas oportunidades não só para si,  mas para o futuro dos seus. O programa minha casa minha vida, mesmo sendo realizado de forma desestruturada vem alimentando esperanças do sonho da casa própria, mesmo que o imóvel que lhe foi entregue seja feito com falhas na construção, como rachaduras e infiltrações e sem serviços de apoio e logística, principalmente em condomínios construídos no interior do Brasil. Esse programa vem trazendo alento aos que precisam mais da atuação do governo, não como favor, mas como direcionamento de recursos aos mais carentes e necessitados. Os 6.9 bi de Reais retirados do Nossa Casa Nossa Vida vai significar muito para muitos brasileiros que terão seus sonhos adiados.
Na área da educação, principalmente, os estudantes que não conseguiram o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), esses mais de 200 mil, são jovens que tiveram seus projetos cancelados, suspensos, desconsiderados, por conseguinte, tiveram suas fantasias rasgadas pelos malfadados administradores do perjuro. Muitos foram os sonhos adiados, casamentos desfeitos até outra oportunidade que surja e que possam novamente planeja-los para pós-formaturas.
A sofrência atual não será longeva, a redoma foi quebrada pela picardia dos malfeitores da Democracia, é o próprio veneno matando as serpentes dos alagados, as abelhas picando seus apicultores que se servem da doçura do seu mel, as águas salgadas dos mares tragando para suas profundezas todo e qualquer ser nocivo ao seu ambiente, é a terra cuspindo fogo do seu núcleo incandescente, irada e raivosa pelas pegadas cruéis nas suas costas e delicadas sendas. São fatos que trarão de volta não os mesmos, mas, os competentes que se completam em cada página lírica da história. O renitente brasileiro se transformou num remitente pela profusão de excrescência dos quiméricos apologistas da iniquidade.
*Escritor e Poeta

O apologético discurso governista continua permeado de pseudolalia O apologético discurso governista continua permeado de pseudolalia Reviewed by Clemildo Brunet on 5/24/2015 07:42:00 PM Rating: 5

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