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A ilação do presente é de torturante agonia

Genival Torres Dantas
Genival Torres Dantas*

É insofismável o caráter emergencial das políticas econômicas que venham tirar do fundo do poço, em estado de agonia, o Estado brasileiro, completamente engessado pela ineficiência governamental e a conduta do Legislativo brasileiro assoberbado de projetos pífios, mesmo denominados de Pauta Brasil, não podem ser considerados eficazes, nem mesmo eficientes, a por fim ao descalabro econômico que nos encontramos.
 A bancarrota que vive o Governo Federal levou em cascata muitos membros federativos, com destaque para o Estado do RS, o 4º maior PIB do Brasil, encontrando-se em situação de penúria, ao ponto de ter que pagar salários de seus funcionários em
parcelas divididas de conformidade com as condições de caixa, no decorrer do mês. Ficando ainda mais difícil a situação desse Estado a partir do momento que o Governo Federal bloqueou suas contas, do RS, até receber um atrasado mensal de R$280 mi, parcela da dívida que o Estado tem com o Governo Central. Com greve de advertência dos funcionários públicos, pela possibilidade de novo pagamento de salários parcelados, é de imaginar a situação de pressão que vive o governo dos pampas, sem caixa, sem crédito para levantar fundos fazendo frente as suas necessidades básicas.
Além desse Estado, no Sul do Brasil, temos no território nacional mais 20 outros Estados no limite da responsabilidade fiscal, sem maiores passibilidades de manejo, portanto, se ultrapassar o percentual de gastos com a folha acima do permitido podem incorrer em sérios riscos, cometendo a improbidade administrativa, com sérias sanções, ao extremo da cassação de mandato dos seus governadores.
O que nos deixa pasmo é perceber que nossos governantes não conseguem interpretar os recados das ruas, principalmente os do último domingo (16), quando parte da população politicamente ativa, sensibilizados pelos problemas que nos assolam, foram às ruas manifestarem contra os descasos para com o povo mais carente, e pacificamente, exigiram atitudes e providências imediatas com soluções emergenciais, não paliativos ao sabor dos sons das manifestações e de caráter imediatistas, mas, soluções pensadas, pesadas e administradas, tornando possível uma convivência pacífica e harmoniosa, com diálogos que possam resultar em propostas factíveis e positivas para a nação brasileira, e os políticos que ainda são portadores de credibilidade com um povo que não tem mais confiança na maioria dos seus eleitos.
Os números divulgados pelos indicadores econômicos têm mostrado que o nosso drama será mais extenso que o imaginado no inicio da crise, o governo não se preza a falar o verdadeiro estado de penúria que se encontra a sua área econômica, e quando fala, apresenta resultados entre linhas, ficando mais exposto às criticas e desconfianças, o que temos percebido, é um mercado nacional impactado pelos resultados negativos do último semestre, fazendo que as perspectivas para o futuro seja mais pessimista ainda. Já não se vislumbra mais um reaquecimento da economia nem mesmo para o próximo ano de 2016.
Os números refletem exatamente a situação que vivemos um Governo Central sem crédito, o Poder Legislativo, extorquindo o Executivo para favorecer a pauta favorável às políticas implementadas pela área econômica, portanto, não correspondendo ao seu verdadeiro papel de fiscal das ações governistas, sem a submissão nem conivência que salta aos olhos e ouvidos da nação, apenas um comportamento exemplar e de responsabilidade era tudo que esperávamos do Congresso Nacional.

*Escritor e Poeta/www.genivaldantas.com
A ilação do presente é de torturante agonia A ilação do presente é de torturante agonia Reviewed by Clemildo Brunet on 8/20/2015 08:24:00 AM Rating: 5

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