Ovo da serpente chocou Bolsonaro e Elizas
João Costa |
João
Costa*
Para sua consideração – Na infância
existe uma brincadeira bancana chamada de Adivinha e que começa assim: o que é
o que é? Na prática, as crianças são levadas a diferenciar o que é daquilo que
parece ser. Logo, o jogo de adivinha requer das crianças talento no jogo de
palavras e associações semânticas que sejam ambíguas. Vivemos na política um
jogo de adivinha de extrema gravidade geopolítica, e começo dizendo o que penso
sobre o terrorismo em voga. O Estado Islâmico nem é estado, nem é islâmico. E
terrorismo é um método, não uma ideologia e
Mas as mídias nativas e ocidentais são useiras e vezeiras na arte de vender à população aquilo que parecer ser, mas que não é e nem nunca foi. Isto vale para o Daesh, que está em guerra com o Ocidente e vale, mais ainda, para o caldo de cultura que vivemos no Brasil, um processo acelerado de conservadorismo, em que a Direita assume forma e conteúdo na sinistra figura do deputado Jair Bolsonaro, recebido recentemente em João Pessoa com afagos e delírios por fascistas declarados e inocentes úteis; contingentes fáceis de encantamento com farsas de propaganda. Bolsonaro defende a família (qual?), e postula pura e simples pela restauração de uma ditadura militar, algo ainda possível no Brasil, porque por aqui, ditadura militar se instaura travestida de bons propósitos: defesa da família, contra a corrupção, ameaça do “inimigo interno”, e consideram homossexuais, mulheres negras ou não como malefícios decorrentes do mal, que é a liberdade individual – logo truculento e intolerante.
Bolsonaro é de direita, fascista mesmo,
e não se esconde – o que é um fator positivo para democracia e para o seu
enfrentamento, ao contrário de políticos ditos evangélicos; líderes
oportunistas desapeados do poder, mais ainda sedutores da simpatia do eleitor
ou daquele cidadão que professa honestidade e a usa como capa, que bate no
peito e brada: a corrupção é o mal, porque incorruptível sou! O cristianismo se
refere a eles como fariseus. Nesta categoria se enquadram os líderes mais
notáveis da política paraibana e do país. Bolsonaro não esconde que a
democracia é um meio e não o fim na política. Por isso deve ser enfrentado de
qualquer forma e sorte.
A Arte da Guerra recomenda combater
primeiro as alianças do inimigo, antes que este consolide suas forças. Assim,
Bolsonaro é uma ameaça latente, Eliza Virgínia a aliada que se apresenta como o
bem, e o mal é o outro. E os demais? Formam o lumpemproletariado – a história
ensina como trata-los.
*João Costa é
radialista, jornalista e diretor de teatro, além de estudioso de assuntos
ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br
Ovo da serpente chocou Bolsonaro e Elizas
Reviewed by Clemildo Brunet
on
11/21/2015 10:27:00 AM
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