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A hora e a vez de Mandrake

João Costa
Por João Costa*

Para sua consideração – ESTOU COM A  CARA VANA, mas a hora e a vez de Michel Temer – o Mandrake. É possível que estejamos assistindo ao fim de uma geração que só conheceu a Democracia, e está na ponta da espada para conhecer um futuro tenebroso, porque existem  apenas três maneiras de resolver uma crise institucional e
econômica em que o Brasil Mergulhou: a  solução certa, pela forma errada, ou à maneira do Exército. Esta última maneira, a juventude ainda não conhece.
Na democracia, que desconfio está próxima do seu crepúsculo constitucional, foi possível reduzir a desigualdade, pela primeira vez na história, agredir uma mulher tornou-se crime - inafiançável, inclusive. A escravidão doméstica chegou ao início do fim. Lembro das manifestações de junho de 2013, que demorei a compreender. Quando se luta por mais educação, saúde, segurança e, até pelo passe livre, a luta é por mais democracia. Essa geração jovem está prestes a conhecer outras formas de governo, que não democracia.
Quem, tem mais de 60, como eu, conhecemos o que é um estado de exceção, o que é a ditadura. Se se é um ciclo, boa aventura para a nossa juventude, e aproveitem a democracia, pois ela está próxima do fim. De volta para o obscurantismo, um lugar até que duradouro na nossa história. Façam suas preces, jovem, pois os deuses estão contra vocês, também.
Mas a Casa Grande decidiu que não aceita mais resultado desfavorável nas urnas. O mar de lama na Petrobras é um fato. Seria de assustar na Dinamarca, mas por aqui a corrupção se assemelha à esperteza, e tem a verdadeira face do relativismo cristão, cujo livro sagrado tem um personagem definido como o “bom ladrão”, como se isso fosse possível.
Esqueçamos o Eduardo Cunha. É um escroque com dezenas de fieis escudeiros na Câmara e no Senado. Poderoso inclusive, pois associado às famíglias  proprietárias de emissoras de TV e jornais. No caso das TVs, que são concessões públicas, promovem o ódio, a discriminação e o engajamento político. Mas vamos ao ponto crítico: o PMDB, o fisiológico PMDB e seu Mandrake, que está no início da conspiração, o vice-presidente Michel temer.
Como o Mandrake, se comporta de forma escorregadia, dissimulado, uso seu “charme” de bom vivant, para trocar de roupa a cada vez que entra em cena. É esse Mandrake o beneficiário do golpe paraguaio. A política no Brasil é um tumor, e o seu corpo, os partidos, tem metástase. Michel Temer é governo, foi eleito com a Dilma Vana, um membro do corpo, como Dilma, não pode estar podre e o seu vice, não. A nação está lancetada e há pus no Judiciário, no governo e no Congresso. Por tabela, esse câncer tem metástase e o país todo tem suas células infectadas – da juventude à velhice do seu povo. Pelo estado de direito, estou como a CARA VANA.

*João Costa é radialista, jornalista e diretor de teatro, além de estudioso de assuntos ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br
A hora e a vez de Mandrake A hora e a vez de Mandrake Reviewed by Clemildo Brunet on 12/09/2015 07:15:00 AM Rating: 5

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