RC vai para o enfrentamento aos trânsfugas

João Costa

João Costa*

Para sua consideração – Vivemos uma crise institucional que ainda não sabemos como e quando vai terminar. A luta é de classes, não um pastoril profano com sua disputa alegre entre o encarnado e o azul, nem tão pouco programa de auditório para contagem cívica daqueles que ocupam as ruas. O fracasso das manifestações em homenagem ao AI-5 de 1968 foi um fracasso, mesmo se escondendo sob o falso lema de impeachment. A mídia nativa, porta voz da Casa Grande, em seus editoriais, desembarcou do conluio com o gangster Eduardo Cunha, ainda apostam na derrubada do governo, na base de que o impeachment deve ser “limpo” – sem truques regimentais no Parlamento. Simples: Cunha é descartável – não tem mais serventia.

Nesta altura da luta de classes, vale a defesa radical do estado de direito, por consequência, a defesa do restabelecimento do governo Dilma. Não deve haver pudores, nem escrúpulos ao desnudar os golpistas. E

apoiar as forças políticas que defendem o estado de direito. Os trânsfugas como o vice-presidente merecem ser desmascarados. O PMDB não ganha eleições, quer governar após a facada nas costas da Dilma Vana. É o inimigo da democracia revelado, a quinta-coluna; e o golpe nasceu e deve morrer no ninho tucano, e nas famíglias Marinho, Civita, Mesquita e Frias – e seus acólitos.  Não precisamos parecer aquilo que não somos.

O governador Ricardo Coutinho, de forma desassombrada, está indo para confronto em defesa do estado de direito. A ele, os paraibanos precisam tributar suas confianças na democracia.

 Os senadores Cássio e José Maranhão vão parecer ser aquilo que eles não são. Os parlamentares paraibanos ou não, partidários da ruptura do estado de direito precisam sem enfrentados; são quinta-colinas, portanto simpáticos, com imunidades e inimigos da democracia.

O golpe na democracia nasceu e se nutre no PSDB, vai levar junto o PMDB. Primeiro, derrotar esses trânsfugas. A crise só está no começo. Hora é de enfrentamento e de defesa da democracia, mas vigilantes no Minotauro que ameaça sair do Congresso e do Judiciário.

Nas crises políticas, o Brasil sempre optou pelo caminho da conciliação, do conchavo entre as forças políticas das elites. O parto agora é a fórceps.

*João Costa é radialista, jornalista e diretor de teatro, além de estudioso de assuntos ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br