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Os embusteiros da República grassam a desgraça no país

Genival Torres Dantas
Genival Torres Dantas*

Definitivamente o final de 2015 e começo de 2016 não foi um dos melhores a serem comemorados, particularmente tive contratempos na passagem do Natal, com silêncio total no meu telefone fixo e celular sem acesso a qualquer interurbano que tentasse fazer, não direi o nome das operadoras em respeito aos funcionários das empresas que nada fazem para justificar o nome nos meios de comunicação. É uma pena que tenhamos que conviver com esse tipo de empresários que não honram compromissos assumidos levando grande massa de consumidores a se
sentirem prejudicados pela postura desses oportunistas de plantão disseminados no meio empresarial nacional.
Desculpem o desabafo inicial, apenas para me sentir mais leve ao escrever essa peça que nada tem a ver com desditosas barafundas do dia a dia do brasileiro comum, assim como eu. Mas, falando de Brasil, nada mudou nos últimos dias, se tiveram mudanças foi para pior para aqueles que esperavam notícias de alento para esse início de ano. Os números apresentados pelos indicadores econômicos, dos números oficiais e oficiosos, nos dão uma dimensão de como fechamos 2015 e as projeções não são nada alvissareiras a nos esperar.
Parece até que estamos à época do Império Romana que era proibida a travessia do Rubicão, materialização do limite sul da Província da Gallia Cisalpina, ao norte, separando da velha Itália ao sul. E assim estamos, impedidos de bocejar os nossos queixumes sob pena de sermos condenados pela situação bolchevique que inerte, à sua insignificância história, sobrevive a custa dos furos da Lei e dos ditames dos podres poderes desfigurados.
A situação atual lembra muito o roto pedindo esmola, de cuia e caneca, ao esfarrapado, no caso, governadores desorientados correndo ao governo central, em busca de socorro financeiro, na tentativa de aliviarem suas mazelas, provocadas pela completa falta de recursos orçamentários para cobrir os serviços sociais, já tão depauperados, cuja precariedade supera a linha do bom senso e da dignidade humana, tangenciando a incredulidade.
Que saudades da época da distribuição de renda com crescimento econômico, lembram-se dessas mentiras esfarrapadas? Hoje amargamos uma realidade de conteúdo amargo, de doloridas cicatrizes e repugnante aparência física, uma imagem desfigurada pelas próprias palavras infestadas de ódio e ressentimento de governistas inescrupulosos na tentativa de incutir na população a responsabilidade da tragédia brasileira aos governantes da direita as mazelas atuais, produtos da incapacidade de governança dos lesam pátria que administram, se é que podemos chamar de administração tamanho descalabro que reina em nossa terra.
Quem diria que um dia íamos depender, em termos de exportação, das importações de commodities da China, aquele país pobre, dos anos 1950/1960, diziam que era um país amarelo pelo fato de só comerem arroz, produto de larga produção naquela terra meritória que teve que abrir sua economia ao capital estrangeiro para ver os horizontes comerciais se alargarem e invadir fronteiras além-continentais, se constituindo numa das maiores economias, ostentando a posição nobre de segundo colocado mundialmente, perdendo apenas para os EUA. E nós retrocedemos nos números, somos largados no mundo dos
inoperantes. Quando a bolsa de valores da China abriu no primeiro dia útil (04), com queda histórica, o mundo tremeu de receio, o Brasil ficou pasmado e a nossa bolsa despencou em direção ao fundo do poço, ficamos mais acuados com a abrupta queda dos preços internacionais do petróleo, chegando ao preço máximo de U$36, dólares americanos, péssima notícia para a Petrobras que espera um mínimo de U$50, dólares americanos, para o petróleo bruto, para que o pré-sal fique viável na extração das reservas brasileiras.
Que fará o governo brasileiro sem nenhuma credibilidade interna e externamente, pressionado por um processo de Impeachment em andamento na Câmara Federal, da atual presidente, um vice-presidente sendo citado no caso Lava Jato, além do próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) e o presidente do Senado e do Congresso, Renan Calheiros (PMDB/AL); o governo com uma rejeição superior a 70%, a economia em estado de calamidade, com inflação crescente, juros altos e desemprego atingindo mais de 01 milhão de desempregados em todo território nacional. Para complicar, a natureza não perdoa o nordeste com uma seca comparável a de 1915, o sul sendo devastado pelas águas de verão, principalmente o RS que já sofre com a calamitosa situação financeira, fruto de uma precária administração anterior, do PT, impondo aos funcionários públicos uma vergonhosa situação de penúria, recendo salários parcelados e com atrasos. Sem contar com a situação falimentar da indústria nacional, tendo que conviver com uma recessão descomunal, tendo que demitir funcionários e cortar custos para não fechar as portas dos seus negócios.
Esperamos que os ares do novo ano sirvam de inspiração para aqueles que detêm o poder, iluminando seus espíritos e façam o que tiver que ser feito, com ações Republicanas, seja ela qual for, não mergulhando o país nas sombras da escuridão perversa e causticante, num caminho de duro retorno com torrente de lágrimas do nosso povo.
*Escritor e Poeta

Genvial_dantas@hotmail.com
Os embusteiros da República grassam a desgraça no país Os embusteiros da República grassam a desgraça no país Reviewed by Clemildo Brunet on 1/09/2016 08:08:00 AM Rating: 5

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