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Shaolin: O silêncio da alegria

Onaldo Queiroga
Onaldo Queiroga*

Guerras, desencontros, violência, fome, desamor e incredulidade. Qual o remédio para tanto sofrimento? A resposta está numa nascente perene chamada “humor”.
Esse estado de ânimo que nos impulsiona na vida, regula a nossa saúde física e espiritual. Os humoristas, com suas charges, piadas e vídeos engraçados, contagiam os ambientes por onde passam. Com o vento cortante do humor, aniquilam a tristeza, fazem gracejos, pilhérias e, com seus trejeitos divertem o público. Palhaços de ontem, humoristas de hoje, são todos seres que plantam alegria, colhem sorrisos e disseminam a felicidade. É a medicina humoral dos antigos gregos que ainda hoje funciona. Quando estamos tristes, acometidos de uma macacoa, não há remédio melhor do que um show de humor. O espírito relaxa diante do intenso movimento físico e
espiritual provocado pelas gargalhadas, que chegam até a transbordar lágrimas, que rolam pelo rosto da felicidade.
Há um humorista que jamais podemos esquecer. Ele nasceu das águas do açude de Coremas. O pequeno notável se fez forte como as águas de sua terra. Deixou o sertão e sob os ares frios da Serra, instalou-se na Campina, aquela dos antigos tropeiros, a Grande Rainha da Borborema. O tempo foi passando e o menino de Coremas, nas páginas do Jornal “A Palavra”, desenhou o humor através de suas charges. Depois vieram a 9-Idéia, as emissoras de rádio, o teatro e a televisão. O pequeno sertanejo, numa boa invernada, deixou o seu humor transpor paredes e seguir o curso do rio da alegria. Suas águas, denominadas “sorrisos”, desaguaram no Domingão do Faustão, na Praça é Nossa, no Show do Tom, até perceber que “Tudo é Possível”.
No palco, Leonardo, Joelma, Zezé de Camargo e Luiz Gonzaga, imitações que levaram o público ao delírio. Seu humor era contagiante. Foi através de um amigo comum, Alessandro Bonfim, que conheci esse extraordinário Shaolin. Um acidente silenciou a alegria. Depois de cinco anos de luta, uma madruga nos leva o humor. Na China, os Templos Shaolin reúnem mosteiros budistas e significam “Floresta Jovem”.
Na Paraíba, Shaolin era e sempre será uma floresta de alegria, força, coragem, amor, fé e esperança. Que Deus esteja com você, amigo!
*Onaldo Queiroga – Juiz de Direito

onaldoqueiroga@oi.com.br
Shaolin: O silêncio da alegria  Shaolin: O silêncio da alegria Reviewed by Clemildo Brunet on 1/15/2016 07:49:00 AM Rating: 5

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