As bizarrices do atual governo vêm dos seus apedeutas assumidos
Genival Torres Dantas |
Genival
Torres Dantas*
Enquanto escrevo esse texto a Câmara
Federal continua na sua tarefa de fazer discursar todos os Deputados inscritos
a falarem sobre autorização ou não do impeachment da Presidente Dilma Rousseff,
cuja votação está prevista para amanhã (17), a partir das 14h00min horas, com
término anunciado a partir das 21h00min horas. Confesso que chega a ser
enfadonho ouvir tantas defesas e acusações de oradores, na grande maioria
defendendo apenas sua posição no atual governo ou no próximo, claro que não foi
possível ouvir a todos, mas, os que tiveram condições de me manter atento nas
suas explanações, à República nada ganhou, nem de uma ala ou de outra.
O momento brasileiro é de extremo
constrangimento para todos os políticos, principalmente os profissionais que
vivem e
As atitudes da Presidente Dilma já eram
de muito antes disfuncional, a renuncia fiscal feita no último ano de 2015 já
era fruto da sua forma de governar tentando atrair para o seu núcleo de
observância os setores produtivos em larga escala e de valor agregado alto,
destacando-se as montadoras de automóveis e a indústria branca, gerando um
rombo no orçamento do tamanho da sua indiferença ao erário público. Os saques a
descoberto junto aos Bancos Públicos, tomando como exemplo o Banco do Brasil e
Caixa Econômica Federal, tomou um rumo até mesmo indecente, não só pelos saques
irregulares como a quantidade de dinheiro e o tempo a descoberto, muitos foram
os bilhões negativos e não providenciados em tempo de não configurar verdadeira
falcatrua.
Além do já descrito tivemos o caso do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento econômico e Social), quando o governo
tenta renegociar dívidas de R$ 150 bilhões, cujo montante foi autorizado pelo
Governo Central aos amigos, de um grupo restrito e setores bem específicos, da
República dos penduricalhos e seus mancebos cromados ou não.
Enquanto se aguarda a hora exata do
inicio da declaração dos deputados pelo sim ou pelo não da admissibilidade do
impeachment da Presidente Dilma Rousseff, o Brasil fica refém da sua cultura
provinciana apostando qual será o resultado dessa contenda Democrática,
indiferente como será o amanhã seja qual for o resultado final. Nessa disputa
política e Judicializada, qualquer que seja o resultado para o sim ou para o não,
todos nós vamos sair perdendo. Os políticos, pelo seu desgaste natural depois
de uma barafunda tão indesejável para uma sociedade que já é marcada pelos seus
desmandos; o povo, pela falta de recursos e a maturação que teremos no tempo do
País se encontrar novamente com sua legalidade e atitudes que possam
restabelecer o grau de desenvolvimento inerente ao País que somos em termos de
tamanho e recursos que temos; o País em si, esse vai passar por um processo de
muita persistência e resiliência para conviver com uma nova realidade, dentro
de uma política mais próxima das nossas reais necessidade, onde o empregado
tenha tanta importância como o empregador, pois, ambos possuem a mesma
importância para a Nação, quem sabe não retornos ao País de todos nós sem a política
excludente que vivemos hoje, quando ficou estabelecido com ascensão do PT
(Partido dos Trabalhados), ao poder, definindo bem os nós e eles, destacando
quem era proletariado e abastados.
O jogo político imposto pela necessidade
do momento prostituiu mais ainda o Congresso Nacional, as notícias que correm
pelas sombras dos corredores dos Palácios da República, chega ser repugnante,
nos dão conta da compra de posição dos Deputados, o governo loteando cargos
para continuidade do seu sofrível governo, enquanto a oposição tenta fazer o
mesmo para fazer um novo governo de coalizão sustentável e de desenvolvimento
para o futuro, mesmo que seja um governo transitório.
No meio desse vendaval de ilusões,
sonhos e realidade triste, ficamos a berlinda do Deus dará, envergonhados que
estamos e necessitados que somos. Só temos um jeito, passarmos a limpo essa
Nação tão maltratada pelos que deveriam tratá-la com dignidade e o respeito que
ela merece, para tanto, se faz necessário que os marginais que assumiram o País
tenham um pouco de desconfiômetro e se recolham a sua insignificância,
permitindo que um novo comando assuma essa terra destruída pela soberba, pelo
orgulho da cretinice e falta de amor a terra em que nasceu. Lembrando que o
grupo que se propõe a governar o País nesse governo de transição não tem a
menor condição moral, é o mesmo grupo que estavam de mãos dados com o atual
governo, desde o período anterior, portanto, qualquer que seja o resultado o
final será o mesmo. Que Deus tenha pena de nós.
*Escritor e
Poeta
genivaldantas@hotmail.com
As bizarrices do atual governo vêm dos seus apedeutas assumidos
Reviewed by Clemildo Brunet
on
4/18/2016 07:05:00 AM
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