Dilma não tem condições de governar; Temer menos ainda!
João Costa*
João Costa |
Para sua consideração – O golpe de
estado parlamentar foi consumado de forma vil, avassaladora e, para não fugir
do destino da Nação, circense. Mesmo com o advento desta ferramenta de
comunicação (a internet e suas redes sociais) navegamos em meio a verdades,
meia-verdades e mentiras.
Verdade – O golpe, a se concretizar no
Senado, é irreversível. Dilma Vana não governa mais, e não tem condições de
seguir governando menos ainda. Se Dilma não tem mais condições de governar,
Michael Miguel Elias Temer Lulia, TAMBÉM NÃO! Estamos prestes a repetir novo
engodo político, recorrente na história da Nação, a chamada conciliação
nacional. Como conciliar um país apartado historicamente? Só através do engodo.
Se o poder emana do povo, está no voto a legitimidade do poder logo, a palavra
de ordem Diretas, Já! – certa feita negada pelo próprio Congresso num momento
também difícil da Nação – precisa ser retomada.
Leio que entidades e
Meias-verdades – A entrevista da
presidenta Vana pós golpe foi das mais corajosas, mas eivada de meias-verdades.
Quando aponta para seu vice como conspirador de primeira hora e quando aponta
para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como sócio nessa patranha que eles
e a mídia nativa chamam de impeachment, diz uma meia-verdade. Temer e Cunha são
apenas uma face da mesma moeda. Os dois são marionetes. A matriz do golpe
parlamentar está na outra face da moeda. E quem são eles? O presidente da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a mãe do golpe, Paulo Skaf
(este é industrial de quê mesmo?). As famíglias Marinho, Civita, Frias e
Mesquita. A presidenta Dilma para eles não apontou o dedo da verdade.
Limitar-se aos mamulengos, evitando os verdadeiros mamulengueiros, é uma
meia-verdade, e aqueles que lutam pelo estado democrático de direito não podem
aceitar. Ponto parágrafo
As mentiras – São tantas e jorram como
torrentes. O lamento cívico é inútil. Identificar traições de ex-ministros é
uma infantilidade. Apenas um exemplo: faz sentido a presidenta Vana afirmar que
o voto do deputado Aguinaldo Ribeiro foi como uma facada no peito? O deputado
tem sua origem no grupo político das Várzeas paraibanas, composto por usineiros
e latifundiários, todos de triste memória na política paraibana. Por qual
motivo ele votaria contra o golpe parlamentar que trará dividendos políticos
para ele e seu grupo? Achar que ele e outros paraibanos simpatizam com o mesmo
campo do MST, não é infantilidade apenas. É burrice.
Tal deputado foi a duas convenções
partidárias, elaborou duas atas, para na undécima hora tomar uma decisão
política, tal qual aquele ex-governador paraibano que tinha duas cartas na
manga durante o golpe militar: uma para os generais, outra para Jango. As
gerações oligarcas da Paraíba se repetem – como farsantes. Essa história não tem ponto final.
*João Costa é
radialista, jornalista e diretor de teatro, além de estudioso de assuntos
ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do
Paraíba.com.br
Dilma não tem condições de governar; Temer menos ainda!
Reviewed by Clemildo Brunet
on
4/20/2016 10:09:00 AM
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