Um país em decadência
Genival Torres Dantas |
Genival
Torres Dantas*
Não é novidade para ninguém que faz 13
anos que estamos num processo de decadência que se não mudarmos alguns
paradigmas comportamentais não vamos desacelerar o ritmo e a colisão com a
tragédia total será inevitável. Tudo começou com o discurso mentiroso que se
fundamentou o Partido dos Trabalhadores (PT), para conseguir o poder, aliado a
outros partidos que lhe deram e dão sustentação na governança do Brasil. Muitas
coisas foram prometidas tais como, reformas estruturantes e
Hoje constatamos, o Brasil vive tentando
sair do seu marasmo mergulhado numa decadência moral e financeira sobejamente
cantada em verso e prosa pelos analistas políticos que tem amor pela terra mãe
e não abrem mão da sua dignidade e compromisso com a verdade dos fatos. Quando
foi feita a promessa da terra prometida baseada em peças de marketing com
objetivos escusos, porém, direcionadas ao objetivo de arrematar o poder de
governança, quando esse fato foi detectado na mídia nacional muitas foram às
crônicas apontando o caminho que apontava para o atual quadro de incongruência
política e moral que estamos convivendo, numa verdadeira bancarrota financeira
aonde chegamos ao quase fundo do poço.
Muitos são os exercícios e exemplos que
nos mostram o atual estágio, e para chegarmos a esse descaminho muita desídia
foi praticada, com a conjunção do opróbio e agruras. O ranking internacional
nos aponta o 76°, uma queda de sete pontos percentuais, nessa fase do atual
governo, está mais mal colocada que países Africanos como Namíbia e Botsuana.
Não caímos por bestialidades apenas do governo central, estamos colhendo as
tempestades plantadas pela absoluta falta de parcimônia dos nossos governantes,
que sem nenhuma noção da administração pública, de modo sorrateiro foi jogando
a nação no abismo da incompetência e imoralidade humana, local onde a justiça,
a verdade e a vergonha são padrões esquecidos e não relevados. Lugar onde se
exibe a maledicência, e ela são fartamente festejados desde que praticada
contra os auditores do Estado.
Agora que o processo do Impeachment da
presidente Dilma Rousseff, caminha para o seu desfecho, o maior partido do
país, PMDB, da base aliada do governo, se sentiu no direito de se retirar de
sua posição de apoiador dos desmandos praticados pelo mesmo governo Dilma,
ostentando o título de defensor da honradez, como se assim fosse.
Lamentavelmente, trata-se de um partido oportunista e aproveitador das benesses
que o poder proporciona, independentemente de ideologia partidária, se
importando apenas com o benefício dos seus, e suas oligarquias.
No momento o PMDB não representa nem uma
fatia da oposição brasileira, mesmo que queira se infiltrar nela, a oposição,
não tem méritos para tanto, diferentemente de outras épocas que realmente foi
oposição e abraçou a causa de muitos brasileiros que freneticamente ficaram
jubilosos pelos seus atos de bravura e brasilidade. Hoje é apenas um partido de
50 anos, mas, mergulhado na sua infantilidade e mesmice. Tendo ele, o partido o
PMDB, em suas hastes i Vice-Presidente da República, Michel Temer, fica
patenteado à ocupação do cargo por esse partido, caso haja vacância do cargo de
Presidente da República. Nesse caso há de se perguntar o que acontecerá com o
Brasil se o Vice-Presidente for impedido de ser empossado, pela sua participação
na Operação Lava Jato, denunciado por mais de uma vez; depois, tanto o
Presidente da Câmara como do Senado, Deputado Eduardo Cunha e Senador Renan
Calheiros, respectivamente, e ambos pertencentes ao mesmo PMDB, também
denunciados na Operação Lava Jato. Sobrará apenas o Judiciário a nos agasalhar
do desconforto da improbidade administrativa que se espalhou por entre as
sombras dos muros dos palácios dos poderes Executivo e Legislativo. Pobres
brasileiros pobres!
*Escritor e poeta
genival_dantas@hotmail.com
Um país em decadência
Reviewed by Clemildo Brunet
on
4/02/2016 06:11:00 PM
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