Idas e vindas, insegurança ou incapacidade
Genival Torres Dantas |
Genival
Torres Dantas*
Depois
que a Presidente Dilma Rousseff se recolheu ao palácio da Alvorado, logo após a
suspensão provisória da sua atividade presidencial e a automática posse do seu
substituto, Vice-Presidente Michel Temer, por até 180 dias, o Brasil segue o
rumo da normalidade constitucional, com alguns solavanques por conta das idas e
vindas às tomadas de decisões do empossado presidente neófito que tenta se
mantiver de pé, mesmo estando numa verdadeira corda bamba, tendo que se segurar
em acordos tão desditosos quanto incomuns, pelos interlocutores impostos pela
situação política do país. Fazendo uma análise fria, verdadeiramente, muitos
dos que fazem parte do ministério do presidente em exercício não são as pessoas
que deveriam compor o novo governo, assim como o governo anterior, populista,
incompetente e
esdrúxulo, o novo governo tem aprimorado as facetas no trato com a comunicação até mesmo dentro da sua seara mais próxima e de alcance técnico e político.
esdrúxulo, o novo governo tem aprimorado as facetas no trato com a comunicação até mesmo dentro da sua seara mais próxima e de alcance técnico e político.
As atitudes disjuntivas e cheias de
acharques por parte dos membros do PT (Partido dos Trabalhadores), e seus
séquitos, trouxeram ao país uma sensação de incompetência a todos os
brasileiros que em nada tendo com o desgoverno implantado pela absoluta falta
de competência e poder de comando, foi sendo tomado por uma quase certeza de
desesperança e colapso do país como um todo, tamanha era a falta de crédito que
era repassado pela administração federal. Agora nos vemos as voltas com as
primeiras atitudes do governo Temer, sem, entretanto, entender algumas ações
difusas e sem muita lógica por parte do presidente. Mas, não podemos esquecer
que grande parte dos desencontros e ruídos na comunicação entre os membros dos
eleitos pelo presidente Michel Temer foram em consequência do afobamento e a
pressa das futuras autoridades que tentaram, de alguma forma, se dizer presente
nesse momento de verdadeira pasmaceira. Tantos eram os disparates que o próprio
presidente teve que acorrer muitos desses, procurando centrar o foco na situação
real do momento de crise e o que estava por vir no futuro próximo.
Essa disritmia verborrágica causou uma
série de desconforto em todos aqueles que lutaram e tomaram posição em pró do
afastamento da Presidente Dilma Rousseff, mesmo tendo acuidades com a
dramaticidade que o momento exige, não poderíamos de forma alguma fazer de
conta que o que estava ocorrendo nada tinha a ver com as nossas vidas e do
futuro do Brasil. Michel Temer não tem um Curriculum voltado ao executivo, foi
sempre do legislativo, no âmbito federal, e suas escolhas foram preocupantes e
ainda está sendo um assunto de muita análise.
Ficou claro e evidente que a área
econômica estava bem servida, com Henrique Meirelles no comando do Ministério
da Fazenda temos o alento que muitas coisas vão ser mudadas e para melhor. José
Serra como Chanceler é um ponto positivo para a política externa, foi um grande
ministro da saúde, desenvolvendo o trabalho exemplar no comando da pasta e um
governador, de São Paulo, com mudanças e reformas profícuas. O ministério da
educação foi o centro das atenções desde o início do governo Temer,
principalmente por ter incorporado o ministério da cultura, entretanto, depois
de muita pressão novamente o ministério da cultura foi recriado, Mendonça Filho
fica com o ministério da educação que por si só já é uma pasta muito desgastante; Enquanto Marcelo Calero
assume o ministério da cultura, ele que estava na secretaria.
Alexandre de Moraes, Ministro da
Justiça, procura alinhar o governo ao trabalho feito na Lava Jato pela Polícia
e a Justiça Federal, desfazendo as manobras esquerdistas quando afirmavam que o
novo governo tinha como objetivo desmobilizar a Operação Lava Jato. Ricardo
Marcos passou a responder pelo ministério da saúde e pelo que tem afirmado
deseja dar uma nova cara ao ministério que é um dos mais criticados pela falta
de serviços ofertados pela grande massa de trabalhadores que exige mais
eficiência e eficácia, coisas que ficaram no passado.
O calcanhar de Aquiles, de todos os
ministérios mais visados, ficou por conta do Planejamento. Nele está alojado
Romero Jucá envolvido até o pescoço em várias operações, portanto, grande
desgaste para o governo e sua equipe que tem outros envolvidos principalmente
na Lava Jato. Esse fato nos deixa surpreso, pois, mesmo diminuindo o número de
ministérios, Michel Temer não teve como escolher 23 ministros fora do alcance
da corrupção, isso é uma vergonha para um país de mais de 200 milhões de
habitantes e constante entre os países emergentes. É preocupante o quadro do
novo governo, Michel Temer vai ter que provar muita coisa boa para superar os
180 dias do afastamento da presidente afastada Dilma Rousseff.
Caso o seu trabalho não seja de agrado
da opinião pública ele não vai ter sustentação, se isso acontecer só terá uma
chance, novas eleições. A sequência sucessória é muito ruim, tanto o Eduardo
Cunha quanto o Waldir Maranhão, na Presidência da Câmara não oferecem nenhuma
segurança ao país. O Renan Calheiros como Presidente do Senado como do
Congresso, está mergulhado nos desserviços à Nação. Portanto, ou Temer muda
suas atitudes de idas e vindas, mostrando firmeza nas suas atitudes ou teremos
muitas dores de cabeça até 2018, caso Dilma Rousseff seja efetivamente cassada.
*Escritor e
Poeta
Genival_dantas@hotmail.com
Idas e vindas, insegurança ou incapacidade
Reviewed by Clemildo Brunet
on
5/23/2016 07:04:00 AM
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