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Banalidades dos Podres Poderes

Genival Torres Dantas
Genival Torres Dantas*

Insólito é ver o atual estágio político em que nos encontramos e verificar nos anais da história da República brasileira que não há parâmetros para medirmos a gravidade reais dos fatos a que fomos submetidas. Não há precedente para nos basearmos e começarmos a discutir a extensão e as peculiaridades relativas a profundidade das mazelas que nos submeteram durante todo o decorrer do governo populista e enfadonho do petismo aloprado e desgovernado que praticaram por 13 longos anos de tortura cultural, alicerçado em manobras dilacerantes e
de práticas estritamente esdrúxulas direcionado unicamente a prática do corporativismo de quinta.
Muito nos assustam os podres poderes que nos regem, o pior da conta do vigário é que dois dos quais foram eleitos pela nossa consciência falha e hipócrita, o terceiro constituído pelos nossos favoritos e colocado com toda pompa para concertar os desacertos seculares que impregnam salas e corredores dos Palácios da Corte. Essa é nossa história, a qual faz seus momentos de escuros descaminhos e perdulários viajantes nos caminhos da devastada Pátria mal amada e desconstruída por quem deveria amá-la em toda sua plenitude e meiguice.
Já fomos à terra dos sonhos e do futuro, hoje representamos o passado que sempre acreditou e nunca buscou o que se esperava para que a esperança se concretizasse nos futuros dias, mesmo que longínquos, porém sonhados e esperados, o amanhã foi sempre postergado de forma absolutamente irresponsável por quem deveria está construindo suas escadas e estradas até atingirmos sua plenitude, mesmo com fraturas expostas e vozes roucas  a ecoar nos planaltos e sertões dessa extensa terra seca e de agonia triste e de mazelas contínuas sem a menor dó do sertanejo sofrido e afetado pelas tragédias resultantes da nossa sina.
Sonhar já foi preciso para amenizar o pesado fardo que carregamos às costas com todo peso das incertezas e mazelas a nos fragilizar, em vida tivermos, não nos respeitam na infância e juventude, não nos poupam na nossa mocidade quando temos toda vitalidade para reagirmos e fortalecermos nosso futuro, piora a situação em nossa velhice quando tentam abreviar nosso tempo com  restrições e salários da fome, numa tentativa de fortalecer o Cofre da Nação e submeter nosso futuro aos caprichos dos gestores cercados por atos e gestos indigestos e indiferentes aos seres humanos, uma tentativa real é manter um projeto político em evidência, buscando, tão somente, o privilégio dos seus cumplices e partidários.
            O que nos deixa na perplexidade é a exaustão da recorrência, não existe um só ato de complacência nem de amor ao já exaurido sênior, que, cansado da sua luta e no final da sua vida é submetido aos mais diversos calvários, inacreditavelmente essa era uma tônica do Governo anterior, e está sendo adaptado pelo atual, com requintes de crueldade, como a empregar toda dureza de um coração machucado com tendências a uma vingança maligna e inescrupulosa. Confesso, não esperava esse tipo de atitude por quem se vangloriava do seu espírito Republicano e praticante da Democracia plena e absoluta, devoto e de profundas juras de amor ao comportamento sábio das práticas humanitárias, tudo que vimos até hoje não passou de uma oportunidade barata de conseguir o poder e dele se apropriar custe o que custar, essa é mais uma decepção que carregaremos até o final dos meus dias. Que assim seja, infelizmente!
*Escritor e Poeta

genival_dantas@hotmail.com
Banalidades dos Podres Poderes Banalidades dos Podres Poderes Reviewed by Clemildo Brunet on 12/11/2016 05:53:00 PM Rating: 5

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