O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO
Francisco Vieira |
Por Francisco Vieira*
Ratificando o
cantor e compositor Gilberto Gil, o Rio de Janeiro continua lindo.
Oh!
Quão bela é a cidade. Sua beleza exuberante, emoldurada por praias e lagos,
serras e florestas se confunde com um emaranhado de arranha - céus, onde o
antigo se mistura a modernidade, dando ao lugar uma beleza única. Nem mesmo o
contraste entre prédios seculares, morros e favelas inibe seu encantamento, dando-lhe
conotação cosmopolita que une diferentes classes sociais. É mesmo um cartão
postal, cuja paisagem justifica o título de Cidade Maravilhosa. A ela, nada é
comparado.
Conhecer
o Rio foi durante décadas meu sonho de consumo. Queria ver in-loco o que
aprendi nas memoráveis aulas de geografia de Osa Rodrigues e História de
Ivonildes Bandeira no Ginásio Diocesano e
o que vi na tela do cinema e revista O Cruzeiro.
Em
que pese o alto índice de violência, causa de insegurança e intranquilidade, a
cidade do Rio, está cada vez mais atraente. Quão fascinante seus pontos turísticos
como o Pão de Açúcar, a Urca e o Corcovado, onde o Cristo Redentor se destaca
imponente, encantando a todos com uma visão privilegiada. Lá no alto, de braços
abertos, está a receber os mais de um
milhão de turistas que nos visitam anualmente. Cada morro oferece uma visão
panorâmica e deslumbrante cenário da Floresta da Tijuca, Arpoador, Baia da
Guanabara, Lagoa Rodrigo de Freitas, além das praias de Copacabana, Ipanema,
Leblon, tantas vezes decantadas na música e poesia e que tive o prazer de
visitar.
Um
vasto leque de opções encanta nossos olhos e enriquece nosso conhecimento
histórico. O Centro Cultural do Banco do Brasil exibe a história da moeda, e o
Museu do Amanhã, com arte e ciência, adverte sobre os perigos das mudanças
climáticas e degradação ambiental causada pelo homem. A Marquês de Sapucaí, passarela
do carnaval, exibe a maior festa popular do mundo, enquanto o Bairro da Lapa,
palco da boêmia carioca, mantêm a tradição apresentando aos visitantes nossa mais
autêntica música, o samba.
O
conjunto de praias como Copacabana, Ipanema, Tijuca, Arpoador, Botafogo e
outras, é um presente da natureza imprimindo ao Rio um caráter singular.
Copacabana é uma beleza a parte. Centenas de boates e arranha céus contemplam o
fluxo e refluxo das ondas enquanto mulheres de corpos esculturais desfilam exibindo
suas curvas no calçadão de linhas sinuosas.
A
religiosidade, está presente na história da cidade. Desde a fundação, se faz
representada por suntuosos templos coloniais como a Igreja da Candelária e da
Ordem Terceira de N. S do Carmo que se contrastam com a arquitetura moderna da
Catedral de São Sebastião, além de outros. Volta e meia nos deparamos com
importantes logradouros públicos que se tornaram pontos famosos, tais como:
Largos da Carioca, da Lapa e do Machado, Praças Onze, Quinze, Tiradentes, Mauá,
Cruz Vermelha e outras, onde alguns existem desde o início do povoamento.
Realmente
maravilhoso, entretanto, nada mais emocionante do que a visita ao Estádio
Nilton Santos e Gen. Severiano, sede do Botafogo, clube do coração e que
inaugurada em 1928, ainda conserva a arquitetura original. Por demais
emcionante para o torcedor avistar a distância o bandeirão do clube medindo 4 x
6 metros e desfraldado num mastro de 22
metros de altura. Confesso, não contive a emoção e junto a estátua do
Manequinho - chorei copiosamente.
O
interior da sede retrata toda uma história de conquistas e vitórias, daí o cognome de O Glorioso,
narrada em detalhes por Bibi, a guia turística. Tem como atrativo documentos,
fotos antigas, camisas e outros materias de ex. jogadores que fizeram história.
O salão de taças, troféus e túnel do tempo a disposição do torcedor, evidenciam
o espírito vencedor da agremiação.
A
visita me trouxe lembranças da infância e adolescência, quando me tornei
torcedor, a partir dos anos 60, tempos aureos do Botafogo que conhecia apenas
pelo rádio e Revista do Esporte. Impossível resistir ao time que detinha no
elenco grandes cracks como Manga, Garrincha, Didi, Quarentinha, Amarildo,
Zagalo, Nilton Santo, Rildo, Leônidas e depois, a geração de Jairzinho, Gerson,
Brito, Carlos Alberto, Roberto, Paulo Cesar Caju, times quase imbatíveis que
conquistaram dezenas de grandes títulos em pouco tempo. Naturalmente me vieram
a lembrança botafoguenses como Ghandy, Jair de D. Lídia, Esdras, Amauri Leite,
Almivan, Fan Arruda, Zé Filho Formiga, Jotinha, Cadarço, Manoel Vieira, João
Nunes, Edilson Bandeira e outros.
E,
como se não bastasse assistir ao clássico Botafogo x Vasco, visitei o Estádio
Nilton Santos – O Engenhão – onde posei com o vice-presidente Márcio Padilha e
o nosso ídolo, goleiro Jefferson. Durante o tour me fiz acompanhado pela esposa
Lenice e o genro Fernando que se prestou eficiente como cicerone e qualificado
cinegrafista.
Passear
na Cidade Maravilhosa é vivenciar uma experiência indescritível que de tão
contagiante nos convida a voltar. E voltarei sim, para conhecer outros pontos
turísticos, a exemplo da Quinta da Boa Vista, Museus Nacional e Imperial,
Jardins Botânico e Zoológico, Maracanã – Templo Sagrado do Futebol - visto só externamente
devido a visitação suspensa.
Enfim,
o sonho acalentado tornou-se uma feliz realidade.
Exultante de
alegria volto pra casa, assegurando que O Rio de Janeiro continua lindo.
Aquele abraço.
Pombal, 04 de maio de 2017
*Professor
e Escritor pombalense
O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO
Reviewed by Clemildo Brunet
on
5/05/2017 05:24:00 PM
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