Os dias são assim
Onaldo Queiroga |
Onaldo
Queiroga*
Se os dias eram de repressão, de
censura, de tortura, de exílio, como também de rebeldia e resistência, hoje os
dias também não são fáceis.
Atualmente os dias são de incertezas, de
insegurança, de medo, de corrupção, de incredulidade, de quebra de autoridade e
de guerras. Os dias são do crime organizado, seja decorrente do tráfico de
drogas, da milícia, do roubo de cargas, do estouro de carros-fortes e caixas
eletrônicos, dos crimes cibernéticos, da propina que destrói o Estado, enfim,
há uma sensação de que vivemos dias de podridão podre.
Parece que há um descontrole em inúmeros
aspectos que circundam a vida dos homens do Século XXI. O tempo é de escuridão.
A fome se espalha pelo mundo, enquanto as grandes potências só medem forças,
fomentam guerras, espalham bombas que sacrificam inocentes e
Os dias são da tão decantada
“democracia”, onde a violência assassinou em Pernambuco no mês de março de 2017,
17,6 pessoas por dia, totalizando no final do mês mais de 500 homicídios,
número maior do que a guerra da Síria matou no mesmo período. Os dias são de
terroristas, de conflitos religiosos e de um consumismo desenfreado.
Mas os dias ainda são de esperança de
que o amor e a fé prevaleçam, que o homem possa compreender que só através do
diálogo, da renúncia, do perdão alcançará a paz, irmã da felicidade.
*Escritor
pombalense e Juiz de Direito
onaldorqueiroga@gmail.com
Os dias são assim
Reviewed by Clemildo Brunet
on
5/08/2017 11:01:00 AM
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