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EUA no ponto de inflexão com sanções que antecedem a guerra do fim do mundo

João Costa
João Costa*
Na história dos conflitos, sanções econômicas são atos de guerra, uma vez que as antecede. O conflito armado é o passo seguinte. Quem sanciona detém poder de pressão, de agressão e intimidação contra países mais fracos, sem capacidade de defesa ou dissuasão. Tem sido estes os passos dos Estados Unidos como potência imperialista, que ultimamente tem aplicado sanções econômicas ao Irão, República Democrática da Coreia, Síria, Líbia, Cuba de forma longeva e, agora, a Venezuela. Ao abrir conflitos em várias frentes, os EUA estão chegando ao ponto de inflexão – côncava para baixo.
No que se refere às sanções econômicas dos Estados Unidos à Rússia e China, essas se encerram nos limites da guerra econômica nos âmbitos de propriedade industrial, reserva de mercados de gás e petróleo, rotas de comércio e influência. Nos dois casos – contra países com capacidade de defesa e de ataque, como China e Rússia e os demais, a política e a agressividade empurram os Estados Unidos para o isolamento. Os EUA não mais lideram as nações – as intimidam.
Os estrategistas norte-americanos ainda acreditam e seus falcões de guerra apostam suas fichas na capacidade do país em travar guerras em várias frentes: Oriente Médio, Ásia e no front europeu com a Rússia e a Turquia onde uma aventura militar em que os EUA só poderão contar com apoio irrestrito apenas dos Inglaterra – de há muito um reino capacho, mas com apetite de saques econômicos e de recursos naturais como uma hiena.
Novo imperialismo
Um artigo recente escrito por Thierry Meyssan (jornalista-investigativo sobre grupos de extrema-direita)  e traduzido no Brasil por Ricardo Cavalcanti-Schiel, contextualiza a atual estratégia da Casa Branca, onde o Cézar dos tempos atuais, apenas enxerga seu poder de destruir e ameaçar com “fogo e fúria” países não-alinhados. Segundo ele, os EUA estão no limite e que os estrategistas norte-americanos adoram comparar o poder dos Estados Unidos com o do Império Romano.
“No entanto, os romanos aportavam segurança e opulência aos povos que conquistavam e integravam; construíam monumentos e racionalizavam suas instituições”. Ao contrário, o neoimperialismo norte-americano que “não tem nada a aportar, nem aos Estados “estáveis” nem ao que ele considera mero reservatório de recursos naturais”, analisa.
Meyssan acrescenta ainda que esse neoimperialismo “ele planeja tão apenas extorquir os primeiros e destruir os laços sociais que sedimentam os últimos. Ele sequer deseja exterminar esses últimos, mas apenas fazê-los sofrer de tal modo que o caos em que vivam convença os Estados “estáveis” a não ir buscar neles recursos naturais senão sob a proteção das forças militares dos Estados Unidos”, adverte ele sobre o pensamento estratégico norte-americano.
Ásia – tensão fora do controle
No plano militar, na Ásia, só em menos de três meses de preparação para a agressão militar que os EUA preparam contra a República Democrática da Coreia, a Marinha norte-americana se envolveu em vários acidentes causando a morte de mais de uma dezena de seus próprios marinheiros, a ponto de causar insegurança nos seus aliados, Japão e Coreia do Sul. Em decorrência, a Marinha dos Estados Unidos decretou uma "pausa operacional" global da sua frota após acidentes graves com  seus navios. Analistas militares desconfiam de preparação ineficaz no manejo de alta tecnologia da frota naval, estresse ou mesmo ineficiência do vice-almirante Joseph Aucoin foi afastado do comando da 7ª Esquadra.
Visto que os norte-coreanos demostram capacidade de defesa e de transformar a península coreana e o Japão num inferno nuclear, é mais provável os Estados Unidos voltem suas baterias contra o Irão, isto na incerteza, pois o regime iraniano também já dispões do  capaz sistema de defesa antiaéreo S-300, mísseis de longo e médio alcance, armas  químicas e talvez nucleares, arsenal suficiente para a dissuasão.
Contra a Venezuela, apenas ameaçam bastam, pois países serviçais e alinhados como o nosso e a Colômbia, ajudam a asfixiar o regime venezuelano. Lembrando que em novembro, a convite do Brasil, tropas norte-americanas vão desembarcar na Amazônia brasileira para manobras militares-conjunta, cujos propósitos e necessidades causam dúvidas e apreensão

*João Costa é radialista, jornalista e diretor de teatro, além de estudioso de assuntos ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br
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