banner

DEUS CONTINUA NO SEU TRONO! OS SEUS SÃO SEUS!

Eli Medeiros

Por Eli Medeiros

Na última semana, tomei conhecimento de problemas sérios no seio da Igreja e que provocam, às vezes, escândalos a desiludir alguns, a afastar outros e, graças a Deus, a fortificar aqueles a quem Deus elegeu. A Bíblia nos ensina que é necessário que venham os escândalos, porém adverte que ai daqueles por meio dos quais eles vêm.
Fiquei a pensar: quantas vezes são necessárias as advertências e juízos de Deus para que haja verdadeiro arrependimento? A Bíblia nos noticia a respeito daqueles que diante da demonstração clara do poder de Deus chegaram a reconhecê-Lo, de pronto, embora, logo em seguida, tenham esquecido Seu domínio. Levados pelo orgulho e envolvimento que o poder lhes trazem, voltaram a provar do amargor do desprezo ao Deus que tudo comanda.
Embora reconhecendo sua fraqueza num primeiro momento, e segunda vez parecendo aceitar sua submissão Àquele que tudo pode e faz, voltaram a ensoberbecer-se, sendo objeto da reprovação divina. Lembro-me com clareza o que ocorreu a Nabucodonozor. Num primeiro momento, reconheceu que inexistia Deus como o Deus de Daniel. Promoveu os amigos de Daniel, por influência deste, sabedor da bênção de Deus sobre eles. Entretanto, num segundo momento, os condenou à fornalha ardente, insuflado por seus súditos mais próximos, em manobra de auto exaltação, revelando o orgulho natural do poder. Uma vez mais, reconheceu, entretanto, que Deus semelhante aos amigos de Daniel não existia e assim fez questão de anunciar em seu Reino ser o Deus dos amigos de Daniel o verdadeiro Deus.
Todos esses acontecimentos e verificações incontestes da manifestação do Deus vivo não foram suficientes para evitar a humilhação de Nabucodonosor. Perdeu ele a capacidade de raciocinar, vivendo entre as feras do campo, submetido ao orvalho do campo e à vida animal até que recobrou sua condição humana, por misericórdia de Deus. Exaltou a Deus, após todos os juízos de Deus sobre si.
O filho de Nabucodonozor deve ter sido testemunha de todos os acontecimentos envolvendo seu pai. No entanto, nenhuma mudança em seu proceder ocorreu. Por conta disso, o julgamento de Deus sobre o filho de Nabucodonozor foi repentino, urgente e fulminante: medido, pesado, foi achado em falta! Seu reino teve fim na mesma noite em que se apavorou com revelação de Deus.
A Bíblia faz referência a Deus como conhecedor dos nossos caminhos. Que reação nos acomete quanto somos confrontados ante a violação da SUA vontade? A vida de David nos informa, com precisão, como agem os que Deus elegeu. Não há tergiversação. Não há protelação. Não há desculpas. Há reconhecimento de culpa. Há confissão de pecado e há, sobretudo, arrependimento.
Quando o confronto não produz arrependimento, estamos diante do perdido. Aí, há desculpas, explicações, justificativas e apontamento de culpados, naturalmente fora do confrontado pecador a justificar a ação de sua fraqueza e queda. A Bíblia nos diz que o que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia (Prov. 28:13).
Com certeza, acredito nisso, sendo essa a situação dos que eleitos são, segundo o soberano propósito DAQUELE que a tudo e a todos governa, o confronto os fará reconhecer a falta, humilhar-se perante Deus, e deixar sua prática pecaminosa voltando-se para trilhar o caminho do qual se desviou. Não há deliberada intenção de acusar os confrontadores ou explicar as ações pecaminosas como se corretas fossem elas. Embora estejam sujeitos às fraquezas humanas, os homens de Deus são vitoriosos em Cristo, pela convicção de que Deus redime os que lhe são preciosos, escolhidos, sendo-lhes misericordioso e benevolente.
O que nos garante a Misericórdia de Deus? Jesus Cristo. O que nos certifica essa demonstração de amor? A reação daqueles por Deus alcançados: confissão e abandono do pecado. Fora disso, a demonstração é o contrário do que a respeito dos eleitos a Bíblia nos cientifica.
Há desculpas, acusação dos confrontadores, acobertamento da verdade. Quando, ao final, considerados vitimizados por “perseguidores” se afastam ou agem como se injustiçados tivessem sido, configura-se o que nos alerta o Texto Sagrado: se afastaram porque nunca foram dos nossos. Não há arrependimento! Não há abandono do pecado! Há desculpas e manutenção da ação faltosa, sem mudança do estado pecaminoso. Deus tenha piedade daqueles que assim se comportam. Deus se apiede de nós e permita que os escândalos no seio de Sua igreja revelem e fortaleçam os que são Seus.
*Advogado e Presbítero da Igreja Presbiteriana do Brasil em São Luiz - Maranhão
DEUS CONTINUA NO SEU TRONO! OS SEUS SÃO SEUS! DEUS CONTINUA NO SEU TRONO! OS SEUS SÃO SEUS! Reviewed by Clemildo Brunet on 8/06/2018 05:03:00 AM Rating: 5

Nenhum comentário

Recent Posts

Fashion