POMBALENSE SIM, POMBA-LESA NÃO.
Francisco Vieira |
FRANCISCO VIEIRA*
Quão desagradável foi à surpresa ao me deparar com o injusto comentário sobre Pombal postado por Clilson Júnior em seu blog no qual qualificou de POMBA-LESA os filhos da “terra de Maringá”.
O texto, repleto de inverdades e insinuações, desprovido da mínima qualidade literária e recheado de termos ordinários, retrata sua mediocridade e seu baixo nível cultural. Na verdade revela atitude tendenciosa, para satisfazer o ego ferido de políticos mal sucedidos e
inconformados com os resultados das últimas eleições. A propósito, um desrespeito de quem a todo custo almeja assumir os destinos do município, mesmo contrariando a decisão democrática de um povo que finalmente soube quebrar as amarras da submissão escolhendo pelo voto livre uma gestora cujo trabalho tem atendido aos anseios da população e prioridades do lugar.
O comentário, no mínimo inoportuno, foi uma tentativa à toa de macular o brio do nosso povo e enodoar nossa história, costumes e tradições. Contrariando a ideia de que o silêncio é a melhor resposta brado aos quatro ventos minha indignação o que representa a revolta dos pombalenses. Silenciar jamais, pois calar é omissão, atitude própria dos covardes.
O texto desconhece nossa grandeza dimensional e a importância de nossa gente. Seu autor ignora que Pombal nasceu sob a égide cristã manifestada na devoção a Nossa Senhora do Rosário. Não sabe que o município apresenta três datas: fundação, emancipação e elevação, para estar mais presente na história. Que se exalta na hospitalidade de seus filhos acatando a todos, mas sabe repudiar a injustiça e o preconceito dos insensatos. Que se sente imortalizada na Lenda de Maringá, decantada na composição de Joubert de Carvalho e difundida nos versos de Leandro Gomes de Barros, criador da literatura de cordel e Belarmino de França. Que se orgulha de filhos ilustres como Celso Furtado, Rui Carneiro, Plínio Fontes, Antonio Elias de Queiroga e Rafael Carneiro – entre outros - trinca de juízes que foram presidentes do Tribunal de Justiça do Estado. Que suas ruas e casarões seculares serviram de palco para a produção de “Fogo: o salário da morte”, primeiro filme longa metragem produzido na Paraíba. Enfim, de famílias ilustres que se irmanam ante as necessidades do lugar. Tudo isso e muito mais justifica o valor de Pombal que o jornalista tenta inutilmente subestimar.
Em suma, uma atitude preconceituosa e descabida onde a hostilidade se evidencia de forma agressiva, discriminatória e caluniadora já que as falsas afirmações em desrespeito a população assim se caracterizam não poupando sequer seus colegas de profissão. Quem assim procede desrespeita o princípio da igualdade entre os povos por desconhecer que o amor ao próximo é fundamental na construção da harmonia.
Espero que estes argumentos possam suprir sua deficiência de conhecimentos sobre Pombal. Propositadamente sugiro que leia nossos escritores como: Wilson Seixas, Verneck e Paulo Abrantes, Jerdivan Nóbrega, Inácio Tavares, Severino Coelho e outros onde certamente encontrará subsídios necessários para arrepender-se de tamanha ridiculosidade É possível aprender pelos menos que: quem muito fala muito erra; aquele que diz o que quer ouve o que não quer e quem diz o que não sabe não sabe o que diz.
Por todas as razões aqui elencadas fica o meu repúdio ao tempo em que reafirmo: POMBALENSE SIM, POMBA-LESA NÃO.
Pombal, 09 de junho de 2013.
*Professor, ex-diretor da Escola Estadual “João da Mata”, ex-secretário de administração do Município de Pombal.
POMBALENSE SIM, POMBA-LESA NÃO.
Reviewed by Clemildo Brunet
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6/09/2013 11:38:00 AM
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