Dez anos da morte de Padre Sólon, hoje é feriado em Paulista
Publicado em: sexta-feira, 3 de junho de 2016 Por: Fala-PB
2017/Onze Anos da morte de Pe. Solon...
2017/Onze Anos da morte de Pe. Solon...
A cidade de Paulista
celebra neste dia 03 de junho, os 10 anos de falecimento do Padre Solon Dantas
de França, por esta razão, é feriado no município e as repartições públicas
municipais não funcionarão. A feira livre acontecerá normalmente
Uma missa será
celebrada ás 19 horas na Igreja Matriz de São José, local onde estão sepultados
os restos mortais do saudoso Padre.
Quem foi padre Solon?
Salete Laurentino tem a
resposta;
BIOGRAFIA DE Pe. SOLON
No dia 04 de julho de 1935, no Sítio
Várzea da Serra, nascia Solon Dantas de França. Filho do poeta Belarmino de
França e Emerentina Dantas de Sousa. No dia 30 desse mesmo mês, foi batizado na
Igreja de São José, em Paulista, pelo Pe. Valeriano Pereira.
Em 10 de março de 1946, das mãos de Frei
Bruno, Solon recebeu a Primeira Eucaristia. E no dia02 de setembro daquele
mesmo ano recebeu o sacramento da Crisma, celebrada pelo então Bispo da Diocese
de cajazeiras Dom Henrique Gelain.
Iniciou seus estudos no Sítio Várzea da
Serra, na casa de seus pais aos 10 anos de idade e como professor teve o Senhor
Victor de França. Depois passou a estudar no Sítio Córrego do Velame com o
Senhor Luiz de Apolinário, e concluiu o ensino primário no Sítio Barro Branco,
com o Senhor José Jerônimo Neto na casa de Massilon Bananeira.
Já, aos 19 anos de idade, mais
precisamente, em 12 de Novembro de 1954, ao participar de uma missa em
Paulista, Deus usou Dom Zacarias Rolim de Moura, Bispo diocesano, naquele
momento, como instrumento de chamado, convidando o jovem Solon, para morar no
seminário de Cajazeiras, ao que, ele aceitou, e no dia 27 de fevereiro de 1955
ingressava no seminário, sendo recebido pelo Pe. Luiz Gualberto de Andrade,
então reitor do Seminário. Ali, ele ficou até 1961. E assim, começava sua
caminhada, escutando à voz do Mestre a dizer: “… Vem e segue-me!”.
Aos vinte e cinco anos de idade, foi
transferido para o seminário Provincial de Fortaleza/CE, permanecendo até o ano
de 1966. Sua primeira tonsura (admissão ao clero) realizou-se aos 12 dias do
mês de Janeiro de 1965, celebrada pelo D. Zacarias Rolim de Moura auxiliado
pelo Mons. Oriel Antônio Fernandes (vigário de Pombal – PB), e já, no ano
seguinte recebeu as duas ordens menores aos 10 de janeiro, na catedral de Nossa
Senhora da Piedade em Cajazeiras – PB, e também ali, recebeu mais, as duas
ordens últimas menores aos 08 de janeiro de 1967, passando a ser chamado
minurista. Foi quando ficou na sede da Diocese para concluir os Tratados de
graça e Sacramentos em Moral e Teologia, ministrados por D. Zacarias, Mons. Vivente
Freitas, Pe. Gervásio Queiroga e Pe. Walter Strapaguelti.
No dia 08 de dezembro de 1967, Pe.
Solon, recebia o subdiaconato, na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios em
Catolé do Rocha-PB; em 12 de janeiro de 1968 na paróquia de Nossa Senhora da
Piedade, celebrava-se o seu Diaconato.
No dia 10 de Julho de 1968 foi ordenado
Sacerdote, pela imposição das mãos do Senhor Bispo Diocesano, também
responsável pelo seu chamado, Dom Zacarias Rolim, na Matriz de São José de
Paulista. Cumpria-se, assim, a promessa do salmista “Tu és sacerdote
eternamente, segundo a ordem de Melquisedec”.
Pe. Solon, celebrou sua primeira missa
às 17:00 horas, do dia 15 de Julho, na Igreja de Nossa Senhora da Piedade.
Exatamente 1 ano depois, No dia 15 de Julho de 1969, assume como pároco da
Paróquia de Nossa Senhora do Bom Sucesso em Pombal e também. Como administrador
da Paróquia de São José em Lagoa, Paróquia de São José em Paulista e São
Sebastião em São Bento e, ainda, por diversas vezes, assumiu a administração da
Paróquia de Santa Rita de Cássia, em Coremas e da Paróquia de São Pedro em
Pombal.
Pe. Solon foi Professor de Português,
Educação Moral e Cívica no seminário de Cajazeiras. Em Pombal, foi professor
nas escolas estaduais Arruda Câmara e João da Mata, do Colégio Josué Bezerra,
foi diretor do Orfanato Nossa Senhora de Fátima, da Escola Paroquial São
Vicente de Paula, Diretor Fundador da Creche Pequeno Príncipe e Diretor do
Hospital e Maternidade Sinhá Carneiro.
Levou, também, até Pombal as Faculdades
de Ciências Contábeis e Agronomia. No entanto, ele dirigiu por poucos meses
estas Faculdades, pois, em decorrência de problemas de saúde, foi afastado de
suas atividades, tanto paroquiais quanto administrativas.
Em nossa terra, Pe. Solon, deu início à
construção da Maternidade Yayá Queiroga, trouxe a Agência do Banco do Brasil,
trouxe água saneada pra cidade, através da CAGEPA, a primeira banda marcial da
cidade, construiu o Hospital e Maternidade “Emerentina Dantas”, dando o direito
aos nossos filhos de não nascerem em terras estranhas. Construiu a Casa do
Estudante “Belarmino de França”, oferecendo aos filhos de agricultores da zona
rural um teto que os abrigava durante seus estudos, construiu a Escola
Paroquial “Cândido de Assis Queiroga”, possibilitando à nossa gente o direito
de estudar, construiu a Creche “Robson de Araújo Veras”, o Centro de Pastoral
“Nova Betânia” (hoje, Centro de Recuperação para dependentes químicos), a Praça
São José, ao lado da Igreja Matriz, diversas passagens molhadas no Rio
Piranhas, para melhorar o acesso à zona rural.
Quando ainda era muito difícil a
comunicação por telefone, conseguiu para o Município vários postos da TELPA –
Telecomunicações da Paraíba, interligando e levando a comunicação a muita
gente.
Quando energia rural era coisa de
grandes proprietários, ele favoreceu os mais pobres, conseguindo eletrificação
para suas pequenas propriedades e moradias.
Também se preocupava com a participação
social do seu povo, por isso, trouxe a festa do Rosário e tantas outras
manifestações culturais para festejar com sua gente.
E como último legado, exercendo o seu
direito de cidadão, usando sua influência como homem público e, como sempre,
pensando no bem comum, não pediu para si, regalias, nem luxo, nem poder, mas
sim, uma Comarca para nossa terra, e nos veio o Fórum Leandro Gomes de Barros.
Era o último presente deste grande homem à terra que o viu nascer.
Exerceu seu sacerdócio trazendo a
igualdade do Evangelho para a vida dos menos favorecidos.
Foi o maior líder político de sua terra,
sem exercer nenhum cargo. É difícil definir ao certo, Pe. Solon. Visionário?
Lutador? Sonhador? Como todos os que vão à frente do destino de sua gente, um
homem cheio de esperanças, também, um SOFREDOR! Muitas vezes aplaudido, outras
vezes, criticado e machucado. Porém, uma coisa se sabe, diante da luta, das
ingratidões e mesmo do sofrimento, ele nunca perdeu a altivez e nem a
dignidade.
Em 2006, atendendo ao último chamado de
Deus, Pe. Solon nos deixou e foi habitar junto ao Pai celestial, aquele que
tantas vezes invocou em suas orações.
Quem conviveu com Pe. Solon, teve a
graça de conhecer um homem de coração bondoso e generoso, um sacerdote que não
deixou morrer seus sonhos de menino. Um homem que ajudou a muitos construírem
seus próprios sonhos. Muitos jovens, não somente de nossa terra, receberam
verdadeiras graças das mãos de Pe. Solon: foram muitas bolsas de estudos,
moradias em locais por ele administrados, oportunidades de emprego e muitas
outras ajudas.
A conduta moral e espiritual desse
grande líder, ainda moldará e inspirará muitos jovens de nossa terra. E, como
está escrito no Sl. 39: “A sua memória não desaparecerá; seu nome será repetido
de geração em geração… Enquanto viver terá maior nome que mil outros e quando
repousar, será feliz”.
Por: Fala-PB
Dez anos da morte de Padre Sólon, hoje é feriado em Paulista
Reviewed by Clemildo Brunet
on
6/03/2017 06:43:00 AM
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