Novo normal do País: STF assume que não é o que imaginávamos que fosse: Supremo
João Costa |
João
Costa*
No novo normal do país, seguindo a
receita para instauração do caos, o Supremo Tribunal Federal, recusou-se a ser
Supremo, confirma o que o Brasil já desconfiava: não arbitra, compartilha; e
declara abertamente que não possui poderes ditos plenos agora de forma
explícita e que ele, o STF, só será o que diz ser, dependendo de quem comete o
ilícito; logo Relativo Tribunal Federal – Lula a ele se referiu como pusilânime
e o voto minerva revelou ser menos que isso.
A decisão do Supremo vai de encontro a
um acordão político para que se evite o agravamento da crise com o Legislativo.
O senador de Minas Gerais, um dos líderes do golpe que derrubou a presidenta
Dilma; empurrou o país para o estado de crise profunda de destruição da
democracia e estrangulamento da soberania, graças à parvoíce geral da Nação,
aparece como beneficiado direto pela
decisão dos juízes do STF. Fosse outro, o resultado seria o mesmo? Alguém
acredita que o Senado afastará aquele que atende pela alcunha de “mineirinho”,
segundo as denúncias de corrupção a que ele responde?.
Assistimos ministro declarar que o STF
tem adotado “o direito constitucional da malandragem, que permite que a mesma
norma sirva para um e para outras situações diferentes”, para mais adiante
outro ministro elevar ainda mais a arrogância do Judiciário ao repetir o mantra
de que “a Constituição é aquilo que o Supremo diz que é”. Isso para quem
acredita ainda na vigência da Carta de 1988.
Sejamos sinceros. A sociedade
criminalizou a política porque conduzida e feita por inúmeros e declarados
criminosos; esta mesma sociedade politizou o Judiciário, porque assiste a
maneira como notáveis da República se tornam ministros do STF; e agora o
Judiciário toma partido, ao declarar que não possui poderes supremos para
combater e punir crimes cometidos pela casta instalada no Congresso
Nacional.
Sejamos sinceros outra vez: a decisão
do STF surpreende apenas aos parvos que enxergam ou acreditam em isenção do
Judiciário nos dias atuais.
A máxima “a lei é para todos” é só
nome de filme, pois a lei é para todos desde que nesse todo, não estejam
incluídos todos aqueles já considerados inimputáveis – a classificação é por
casta, poder aquisitivo e político.
Poucos que entendem de Direito, sabem
ao menos que a lei e seus representantes formam a terceira parte que arbitra
contenda entre duas outras partes. O que o Supremo fez, foi abrir mão de ser a
terceira parte para entregar a decisão do caso a uma das partes - o Senado
versus sociedade. Ou, o Judiciário seguiu o partido.
...E vira piada nacional do tipo: de
agora em diante, cabe ao PCC autorizar processo contra traficante.
*João Costa é
radialista, jornalista e diretor de teatro, além de estudioso de assuntos
ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br
Novo normal do País: STF assume que não é o que imaginávamos que fosse: Supremo
Reviewed by Clemildo Brunet
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10/13/2017 05:17:00 AM
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