Quando o silencio indaga e compromete
Genival Torres Dantas*
Estamos
atravessando um momento político de extrema gravidade, não apenas internamente
como no âmbito mundial. Há uma dicotomia, discutida entre as principais
lideranças, da esquerda socialista e o socialismo moreno, contra a direita
capitalista democrática. Essa situação, que não é nova, tem exaltado os nervos
dos seus protagonistas, exacerbando o discurso radical, transformando-o em
notória falta de tino, fomentado disparates movidos ao ódio, determinando
delações, jogando sobre terra toda envergadura moral consubstanciada pelo
comportamento social, tanto do delator como do delatado.
Essa
metamorfose figura na mais alta camada do mundo político e empresarial,
qualificando-os de mecenas às avessas, quando as partes são alinhadas na mesma
pauta da extremada criminalidade, portanto, portadores de perigosas
personalidades criminosas.
Convivemos
e faz algum tempo, hoje colocados sob questionamentos, três casos emblemáticos.
O primeiro trata-se do assassinato do ex-prefeito de Santo André/SP Celso
Daniel, quando o antigo operador do mensalão, recentemente, em depoimento ao
Ministério Público de São Paulo, prestado no Departamento de Investigações de
Homicídios do Estado de Minas Gerais, Marcos Valério Fernandes de Souza,
operado do mensalão, incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na
morte do prefeito em questão, além de outras pessoas já de conhecimento
público, citados em outras delações.
O
segundo caso e que não sai da mídia, é o assunto do ex-assessor, Fabrício
Queiroz, do então deputado estadual pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro, hoje
senador da República, sem uma solução que venha com uma resposta aplausível e
que justifique tanta morosidade na condução do processo, tanto pela polícia
como a Justiça.
Nesta
data o Jornal “O Estado de São Paulo”, traz reportagem sobre os atuais
movimentos do Queiroz, deixando claro o seu protagonismo nos bastidores da
política, tanto na Câmara Federal, como no Senado, ou seja, no Congresso
Nacional. Se há operação de salários divididos entre políticos e assessores não
deu para fazer essa interpretação, apenas que é uma célula necrosada, porém
viva.
Após
treze meses da facada do Adélio Bispo em Jair Bolsonaro, então candidato a
presidente da República, o tempo passou, o autor do atentado foi dado como
inimputável, portanto, com algum problema de saúde mental, não houve recurso
por parte da vítima, Jair Bolsonaro, atual presidente da República. O caso continua
em banho-maria, nada se fala a despeito desse caso, nem mesmo a imprensa tão
atuante nessas situações, principalmente quando envolve autoridades, situa-se
ausente como quem cala consente.
Quero
crer que a opinião pública merece um pouco mais de consideração das autoridades
competentes e com as informações objetivas e circunscritas ao pé da letra, sem
senões, objetivas e verdadeiras, como devem ser ditas as informações prestadas
por quem de direito.
*Poeta, Escritor e Jornalista
Quando o silencio indaga e compromete
Reviewed by Clemildo Brunet
on
10/29/2019 05:41:00 AM
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