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SONHOS, ETERNOS SONHOS!

Genival Torres Dantas
GENIVAL TORRES DANTAS*

Inicio dos anos 70, século passado, cheguei a São Paulo, Capital, exatamente em 26 de junho de 1973, um frio de doer até a alma, o sol encoberto pelas nuvens, a garoa insistia em molhar os casacos que protegiam os transeuntes, para os menos avisados e migrantes recém chegados, o meu caso, só restava tomar bastante café ou chocolate quente, bebida tradicional na cidade para aquela época.

Comecei a me acostumar com os números absurdos que aquela terra produzia e representava. A maior concentração de salas de espetáculos da América do Sul; os melhores teatros, referência especial para o Teatro Municipal de São Paulo. Museus, dentre eles o Museu do Ipiranga. Bibliotecas, destaque para a Biblioteca Mário de Andrade.

Os estádios de futebol como Estádio do Morumbi do Pacaembu, o Palestra Itália e o da Portuguesa, são referências para os torcedores paulistanos.

O Autódromo de Interlagos, com suas corridas internacionais, juntamente com o Jockey Club de São Paulo e seus desfiles de modas em dias de corridas, permeiam a mente dos admiradores do esporte espetacular.

A melhor e o maior centro de gastronomia, uma mistura de cozinhas, nacionais e internacionais. Vem satisfazer o paladar dos admiradores e apreciadores de um bom prato.

O ponto preferido dos migrantes nordestinos, era na esquina da São João com Ipiranga, local que representava encontros e desencontros para os jovens saudosos das suas terras e sua gente

Ali próximo fica a praça da República, onde aos domingos, os artistas plásticos e artesões ainda expõem suas obras, à venda, ao grande público comprador e admirador do belo.

Lembro-me bem de uma pesquisa da época, a cidade tinha em torno de 8 milhões de habitantes, nela existia uma loja de departamento, o Mappin, não há mais, tinha 8 milhões de carnê, esse número correspondia a 5 carnês para cada habitante economicamente ativo.

O centro financeiro estava se mudando da rua xv de novembro para a avenida paulista, local que se modernizava com a inauguração, 1974, da primeira linha do metrô Jabaquara/Santana, se transformando no maior centro financeiro da cidade, e o metro quadrado mais caro do município.

Hoje com 458 anos, comemorado dia 25 último, São Paulo continua desafiando os números. O IBGE aponta 11.244.369 habitantes, dados de 2010, 7 milhões de automóveis. Na educação o IDH atingiu o número 0,919, elevado, considerando os padrões do Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento (PNUD), superado apenas pelas cidades de Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Vitória e Belo Horizonte.

Na economia São Paulo é imbatível, tem o maior PIB das cidades brasileiras, a décima no mundo, dados de 2005. A sexta em números de bilionários, dados de 2011. Em São Paulo está sediada a BM&FBovespa, Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo, a bolsa de valores oficial do Brasil, a maior das Américas e a segunda do mundo.

Por tudo isso e muito mais, São Paulo é, sem dúvida, uma cidade inesquecível, com seus casarões, edifícios, ruas e avenidas, seus migrantes e imigrantes que tanto honram a terra que os adotou como seu segundo berço, além dos seus filhos notáveis ou não, mas trabalhadores, que fazem de São Paulo a locomotiva da nossa nação.

São Paulo é um samba chamado Sampa, do seu filho adotivo, (Caetano Emanuel Viana Teles Veloso), o baiano Caetano Veloso – 07/08/1942; uma Saudosa Maloca, vendo passar nos trilhos da saudade o Trem das Onze, do homem de Valinhos mais paulistano que conheço, (João Rubinato, o próprio Adoniran Barbosa- 1910/1982); simplesmente Paulicéia Desvairada, ou Desvairismo, do seu filho, poeta, romancista, músico, historiador, crítico de arte e fotógrafo, Mario Raul de Morais Andrade (Mario de Andrade – 1893/1945).

*Pombalense e Empresário em Navegantes SC.
SONHOS, ETERNOS SONHOS! SONHOS, ETERNOS SONHOS! Reviewed by Clemildo Brunet on 1/29/2012 06:43:00 AM Rating: 5

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