A Corrida Começa de Fato e de Direito

Genival Torres Dantas

Genival Torres Dantas*

 

        Nesse último dia do mês (30), as definições de cada grupo marcam a arrancada para as eleições de outubro próximo. Claro que os ajustes feitos para esse início de campanha têm validade apenas para o primeiro turno em se tratando de eleições para o executivo. Os dois principais concorrentes, Dilma Rousseff (PT), situação, e o Aécio Neves (PSDB), oposição, conta com nove partidos de apoio cada um dos concorrentes, a diferença é a quantidade de representantes no Legislativo Federal, de cada partido de apoio, gerando doze minutos de horário de televisão para a composição PT, e

seis minutos para composição PSDB.
          O terceiro concorrente chamado de alternativa às repetições crônicas, para alternâncias inconsistentes, Eduardo Campos, PSB/Sustentabilidade, leva na sua campanha cinco partidos aliados, resultando num tempo de televisão de dois minutos, muito pouco para quem é ainda um ilustre desconhecido para o eleitor brasileiro.
        Outros oito partidos saem disputando a eleição, isolados e com apenas até 1 minuto de televisão, dados ainda a confirmar pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), uma tomada de iniciativa, muito mais para marcar presença, ou tirar voto de alguma coligação em benefício de outra, sendo essa vitoriosa terá um custo a ser cobrado e pago na próxima legislatura.

        Toda essa movimentação deverá ser efetivada até 05/07, próximo, ratificando o informado e o aceite do TSE, para que fiquem oficializada as candidaturas registradas. Para o segundo turno, se ocorrer, novas composições se farão, apenas duas frentes, as mais votadas, vão para o debate e assim concorrer aos cargos, tanto para Governador dos Estados, quanto para Presidente da República.

       Por enquanto tudo está no campo das conjecturas, muitos estudos, contas feitas em cima de expectativa inconfiáveis, promessas sem lógicas e esperanças nos sonhos de cada um. É uma fase de muito desgaste, a reação do eleitorado e seu direcionamento vão depender muito do emocional e do grau de confiabilidade que cada coligação conseguir atingir a grande massa, essa vai definir o futuro da nação.

       O grande problema é saber se temos em quem confiar, as manobras e negociatas para atingir ou continuar no poder é algo tão escandaloso que cada corrente parece mais um pangaré revestido com indumentárias próprias aos momentos específicos, concorrendo ao título do mais espalhafatoso e ridículo da festa dos fantoches.

       Enquanto as caravanas não comecem a tocar e cantar a vitória, como sempre acontece em cada eleição em nosso país, vamos assistindo pela TV, como prêmio do circo itinerante, e nos esforçando para comer o pão nosso de cada dia que nos compete, pois o campeonato não é para brasileiro comum, mas para os abastados da corte e da burguesia internacional.

NA MIRA DA COPA       

O embate primeiro é dos europeus contra os africanos, assim como foi o segundo, grande jogo no segundo tempo, o primeiro tempo foi sofrível. A França derrota a Nigéria por 2x0, prevaleceu à experiência dos franceses adquiridas nos últimos torneios, inclusive como o Brasil tem sido freguês deles,  em duas quartas de finais dos campeonatos em 1986 e 2006 fomos desclassificado por eles e perdemos a final de 1998, por essas razões o Estádio Mané Garrincha, Brasília/DF, era uma plateia de brasileiros apoiadores dos nigerianos.

      Nem mesmo assim foi suficiente para levar os africanos a um resultado favorável, praticamente foram atropelados, no segundo tempo, pelos franceses. Agora eles vão para as quartas de final enfrentara a seleção da Alemanha , num jogo que já há uma grande expectativa no campeonato pela rivalidade entre as duas seleções.

    Para a Alemanha ir para as quartas de final, teve que superar a Argélia, outra equipe africana, que lutou muito, forçando o jogo ir à prorrogação e ganhando o respeito da torcida que vibrou com sua atuação. Infelizmente prevaleceu a equipe mais bem preparada física e tecnicamente e o resultado de 2x1 terminou sendo justo para a equipe da Alemanha.

    Convém ressaltar, a Arena Beira-Rio, Porto Alegre/RS, onde o jogo foi realizado, inicialmente a maior torcida era da Alemanha, na proporção que o tempo passava os torcedores iam passando a torcer pela Argélia, sentindo a franqueza da equipe junto a sua adversária. Uma característica forte nesse campeonato está sendo o público torcer pelo time mais fraco, uma tendência normal dos brasileiros, ficar sempre do lado dos mais fracos.

*Escritor e Poeta

dantasgenival@hotmail.com