O REI POBRE NOS FAZ RICOS
Rev. Clodoaldo Brunet |
“Onde está o recém-nascido o Rei dos Judeus?
(Mt.2
Governava a Judéia nesses dias, o rei Herodes, o
Grande. Homem sanguinário, que no temor de perder o trono elimina todos os seus
adversários inclusive as criancinhas de Belém. Ele, diferente de Jesus, nasceu
num palácio, para manter-se vivo na memória do povo resolveu investir em magníficas
construções, a mais importante delas foi à reedificação do Templo de Salomão. Herodes
queria impressionar com seus edifícios.
Jesus, o rei dos
judeus, nasceu nos dias do Rei Herodes, numa pequena cidade, o lugar de seu
parto foi numa estrebaria, pois não se achou casa que o acolhesse, seu berço
uma manjedoura, aquilo que nós chamamos de “coxo”, lugar onde pomos a comida
dos animais; a morada de sua infância até
a idade adulta a pequena Nazaré, de onde se dizia que não podia sair algum profeta, desse vilarejo foi dito por Natanael: “ De Nazaré pode sair alguma cousa boa?” ( Jo1.46). Todavia, na pequena Nazaré Ele dá início ao seu ministério terreno.
a idade adulta a pequena Nazaré, de onde se dizia que não podia sair algum profeta, desse vilarejo foi dito por Natanael: “ De Nazaré pode sair alguma cousa boa?” ( Jo1.46). Todavia, na pequena Nazaré Ele dá início ao seu ministério terreno.
Apesar disso, o
mundo estava diante de uma riqueza inigualável, o Emanuel, que significa Deus
conosco (Mt.1.23). Era diferente dos reis deste mundo, sua riqueza estava na
própria pessoa e mensagem. De agora em diante, a humanidade teria palavras de
consolação e esperança. Uma experiência singular, não se tratava apenas de um
grande homem, mas de um homem perfeito, o Deus que se fez homem. João o evangelista chamou essa experiência de
a encarnação do verbo, cheia de graça e de verdade ( Jo. 1.14). O Credo Niceno ( 325 d.C ) afirma sobre Ele: “...Deus
de Deus, Luz de Luz...” Quando alguém
outro dia perguntou-me se Ele era Deus, não tive outra alternativa se não
confirmar a fé dos antigos. A semelhante conclusão chegou o grande escritor
inglês C.S. Lewis, um ex-ateu no seguinte raciocínio:
"UM HOMEM QUE
FOSSE MERAMENTE UM SER HUMANO E DISSESSE AS COISAS QUE JESUS DISSE, NÃO SERIA
NEM UM GRANDE MESTRE DE MORAL...” ele seria um lunático ou, então, seria o demônio do
inferno. Você tem que fazer a sua escolha! Pode descartá-lo como um louco, ou cuspir
nele e matá-lo como se fosse um demônio; ou então, pode cair de joelhos e
chamá-lo de Senhor e Deus. Não me venha com qualquer tipo de baboseira
paternalista, dizendo ter sido ele algum mestre de moral. Ele não nos deu essa
alternativa. E nem pretendia dar”.
No Natal adoramos ao Rei
que nos trouxe a verdadeira riqueza, o Emanuel, o Deus conosco. Adorá-lo por
sua bondade em distribuir aos pobres de espírito as suas riquezas espirituais. O teólogo João
Calvino (1517) disse que para dar-nos das bênçãos celestiais, Jesus nos propôs
uma permuta: “Recebeu a nossa pobreza, e nos transferiu a suas
riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder;
assumiu a nossa mortalidade, e fez a nossa a sua imortalidade; desceu a terra,
e abriu o caminho do céu; fez-se Filho
do Homem, e nos fez filhos de Deus”.
O Rei que nos faz
ricos era pobre, não possuía as riquezas deste mundo, mas tesouros espirituais. Deixou-nos o caminho da fé como
meio de recebê-los, poderia ter escolhido outra forma, mas é a vontade do Rei,
a fé, aos que tem fé neste Natal, Ele promete fartá-los de bens espirituais.
Lucas, o médico amado disse: “Encheu de bens os famintos e despediu vazios os
ricos” (Lc.1.53). Aos homens de fé um
feliz Natal e venturoso ano novo.
Coluna:
Opinião página 04 Jornal Alto Sertão/dezembro 2014
*Clodoaldo
Brunet Pastor Presbiteriano em Cajazeiras PB.
pastorbrunet@hotmail.com
O REI POBRE NOS FAZ RICOS
Reviewed by Clemildo Brunet
on
12/24/2014 05:25:00 AM
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